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Nesse local tinha muita gente fazendo o mesmo. Curtindo o por do sol ao som de alguns performistas clássicos, barrocos e outros de música instrumental moderna. O som estava muito bom além de eclético. Queríamos ficar ali a noite toda. Mas, estávamos com fome e cansados novamente… Preferimos a luta, para achar um lugar e passar aquela noite. Fomos retornando ao centro e vimos uma placa de camping, que continha o símbolo clássico que sinalizava estacionamento para motor-home e local para deságüe. Paramos para ver. Muito bom! A atendente falava o português fluentemente, havia morado em Recife por algum tempo. Percebi que ela mudou completamente o seu comportamento ao falar comigo. O fato de sermos brasileiros nos propiciava situações interessantes. Pena que o preço somente para passar a noite ficou muito alto. Decidimos seguir adiante. Próxima parada foi escolhida por sugestão do catálogo de campings. Tentávamos primeiramente com ele, por nos dar uma idéia do lugar, do preço e a sua composição de oferta. Programamos as coordenadas e nos fomos. Após alguns quilômetros adiante, decidimos parar e dar uma volta pelo coração da cidade, a pé, antes de seguir. Como disse antes, vale a pena passar uns dois ou três dias inteiros em Florença. Jantar na Piazza Della Signoria, saborear um “gelato” ou passear pelas suas ruelas para descobrir os encantos de estar numa cidade onde passaram e viveram importantes nomes das artes e arquitetura. Descobrimos por acaso um labirinto dentro de um forte repleto de lugares muito legais, museus e restaurantes. Parecido com o “pelourinho” de Salvador. Caminhamos por sobre a ponte “Vecchio” e fomos ao palácio que leva o mesmo nome. Mesmo a noite, ele estava aberto para visitação. Cansados, decidimos que iríamos ficar na cidade durante a manhã seguinte, para podermos visitar os demais lugares. E voltamos a seguir o trajeto que tínhamos traçado no GPS, anteriormente. Depois de algum tempo o nosso cicerone nos indicava para entrar numa cancela escura, entrada de uma propriedade, para seguir adiante. Ficamos céticos. Mas, preferimos confiar novamente. Entramos e seguimos por uma estrada de chão batido, muito estreita. A escuridão nos remetia a pensamentos absurdos. Mas, mesmo assim, seguimos em frente. A seguir, nos deparamos com um palacete. Curioso! A meia luz e na penumbra, estacionei o carro. Tentei encontrar alguém e nada. Decidi dar meia volta e sair dali o quanto antes. Os pensamentos estimulados por aquela cena nos faziam lembrar de algum filme de terror…  Quando comecei a manobrar o carro, olhei mais ao fundo e avistei outros motor-homes parados no pátio que ficava atrás do palacete. Opa! Tem chance… Os pensamentos obscuros se afastaram e fui com o próprio carro até mais próximo. Havíamos encontrado o que procurávamos… Pimba! Estacionei, já tendo afastado aqueles pensamentos ruins, me dirigi a pé até o palacete novamente, para ver se encontrava algum atendente. Esperando não me deparar com um vampiro… hehehehe Entrei pelos fundos. Meu Deus! Que coisa surpreendente e encantadora o visual pelo interior daquele lugar. Os detalhes do piso em seus mosaicos, das paredes com mármore “Carrara” e do teto eram fabulosos, para tudo aquilo ser apenas um camping. Descobri que, além disto, era um albergue (Hostel). Que coisa hein?! Imagine o que se passa despercebido da gente… Quantos lugares iguais a este devem existir e que não conheceremos… Além de tudo isto à nossa vista, tinha internet e o valor era bem razoável. Ficamos, que dúvida?! Estacionei, engatei a luz para alimentar o motor-home. Tomamos banho e saboreamos uma bela janta regada a vinho e queijo. Nacionais, é claro! Tudo para economizar…

Deusdeth Waltrick Ramos

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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