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Com muita pressa de chegar e localizar um lugar para montarmos nosso “QG” em Roma. Vínhamos parando e perguntando por algum camping ou estacionamento, que ficasse bem localizado. Preferencialmente, próximo ao centro e com transporte fácil. Olha, a dificuldade para se obter alguma informação dos italianos, é bárbara. Demonstram uma má vontade e uma rispidez que chega à beira da má educação mesmo. Desistimos de insistir nisto e voltamos à velha fórmula. Apenas, queríamos ganhar algum tempo, mas estava ocorrendo o contrário. Nossa primeira opção foi pelo catálogo que indicava um estacionamento próximo à rodovia em que estávamos. E era gratuito. Andamos alguns quilômetros, chegamos ao local e não rolou. Muito feio aquele lugar. Seguimos para a próxima opção. Que bárbaro, que belo… Encontramos um camping perfeito. Baratíssimo. Havia local para manutenção do carro, próximo a supermercado e próximo a ponto de ônibus ou trem. Era o que necessitávamos. Só não possuía banheiros. Mas afinal, estávamos num motor-home. Sem problemas…
Era meio da tarde ou um pouco mais, quando acabamos de nos instalar após voltarmos do supermercado. Compramos os mantimentos necessários para passar o tempo que ficaríamos na cidade. A nossa surpresa foi ver que o valor dos vinhos, era absurdamente barato. Além da frutas e queijos, também. Claro, que às vezes esquecíamos que se pagava em euros. Dá nada… Vamos comer bem! Neste super, havia tonéis aonde se abasteciam de vinho as próprias garrafas a um preço irrisório. Lembrei-me que o mesmo ocorria na Espanha, mas lá, com o óleo de oliva.
Prontos para o início do passeio compramos os passes do trem, no quiosque do próprio camping, aonde recebemos todas as informações necessárias para se deslocar pela cidade e, também, algumas sugestões para turismo além de cuidados a serem tomados ao se andar por lá. Roma tem certa fama de assaltos e pequenos roubos aos turistas, mas nada ocorreu conosco enquanto permanecemos lá. Deve ser pela quantidade de imigrantes que circulam por toda parte: indianos, árabes, africanos, chineses e outros mais. Dirigimos-nos ao ponto do trem. Estávamos indo ao centro, para fazer um reconhecimento geral e aproveitar para visitar o Vaticano naquele final de tarde. O trem que pegamos era meio caído perto de outros que já havíamos visto ou outros que atendiam a outros bairros de Roma. Mas, seguimos sem maiores problemas. Na Europa, grande parte dos meios de transporte não tem cobrador, ou seja, você possui o bilhete e você mesmo faz a validação em aparelhos que estão dentro do veículo. Se quiser viajar de graça, pode. Mas, não é o correto! Eventualmente, podem surgir fiscais exigindo os bilhetes válidos para aquela viagem. Não cabe o mico, não é mesmo?! Porém, muitos desses imigrantes viajavam sem bilhetes.
Chegamos ao final do ponto, e nos deparamos com a imensa estação central de trens e metrô de Roma. Que loucura! Se já não estivéssemos calejados de enfrentar a multidão, fácil, fácil, nos perderíamos. Ao se chegar a esse tipo de lugar, grandes e com muita gente, tire uma foto ou grave na sua memória um local específico: restaurante, loja ou nome de rua, para depois saber voltar e saber onde está ou onde fica a saída… hehe Fomos logo ao balcão de informações para pegar um mapa da cidade e suas atrações. Tivemos certa dificuldade em nos livrar de cambistas e vendedores de pacotes de turismo que circulavam por ali. Preferimos comprar no balcão, sempre! Pelo burburinho parecia uma Meca… De posse do mapa da cidade e do mapa do metro, traçamos nossa rota até o Vaticano. Até chegar ao ponto correto da linha de metro que iria ao Vaticano, andamos um bocado dentro daquela estação gigante. Fomos descendo e descendo até chegar ao ponto que iríamos embarcar. Antes, tivemos que passar pelas máquinas e comprar os bilhetes, mas já estávamos craques neste quesito, também. O melhor é dominar essas questões básicas o mais rápido possível, para que não tomem muito tempo a cada vez. Esta demora ou o próprio embaraço pode chamar a atenção de alguém que esteja à espreita para cometer algum assalto ou roubo. Tem que se estar sempre muito ligado! Ademais, para não ser um alvo tenha como hábito usar roupas leves e normais, calçados confortáveis, pouco dinheiro ou espalhado pelos integrantes do grupo dentro de pochetes internas à calça, uma mochila com muita água, lanches e um belo bom humor para fazer todos os passeios programados ao dia. Pronto!
Quando saímos à superfície novamente depois de termos viajado de metrô por algum tempo, nos deparamos com uma Roma diferente, mais organizada, charmosa e limpa. Fomos caminhando por algumas quadras até chegar à bifurcação aonde daria para a esquerda a Basílica de São Pedro e para a direita para o museu do Vaticano. Fomos até a praça para ver se ainda dava tempo para visitar a basílica. Incrivelmente, era gratuita a entrada. Seguimos até que… Problema! O atendente de terno preto impediu que minha filha entrasse para visitar a igreja. Ela estava usando um short que na visão do guarda, estaria curto de mais. Geralmente, não se permite entrar de short ou de ombros a mostra em igrejas ou locais religiosos na Europa, principalmente, na Itália. Ela e mais algumas pessoas ficaram de fora. Entramos no intuito de averiguar que tal era o monumento, para que planejássemos um retorno no dia seguinte. Enquanto isto, minha esposa observava que algumas pessoas usavam lenços amarrados na cintura para cobrir o short. Ela decidiu voltar para comprar um, nas tendas que existiam próximas dali e eu fiquei tirando algumas fotos pelo interior da basílica e vislumbrando aquela maravilha de ostentação de poder gigantesco, concentrados num só lugar. Como demoraram muito para voltar, decidi sair. Elas não haviam mais conseguido entrar porque o horário havia se encerrado. Bem, tínhamos que voltar no dia seguinte para ver aquilo tudo com mais calma. Aproveitando o cair da noite, ficamos por ali mesmo para observar como ficariam a Praça de São Pedro e Basílica todos iluminados, para apreciar os efeitos. Depois de algumas fotos e querendo aproveitar mais um pouco decidimos nos dirigir até a Fontana Di Trevi. Com o mesmo interesse de vê-la à noite também. Dito e feito! Um show! O local estava lotado e todos disputavam um cantinho cumprir a tarefa de jogar uma moedinha pelo ombro e, juntamente, fazer um pedido. Uma festa! A quantidade de solteiros nesta tarefa era um absurdo… Haja cotovelos!

Deusdeth Waltrick Ramos

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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