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Entre as muitas atrações da Austrália, observar a vida selvagem é um passeio indispensável, afinal estamos falando da terra-mãe dos cangurus, onde a fauna e a flora do novíssimo mundo se revelam preciosamente preservadas e integradas à beleza de suas praias.

♣Notícia veiculada no Portal UOL-VIAGEM - Fotos: Rafael Alvez

O Parque Nacional Booderee – termo que, num dialeto aborígene, significa ‘baía da abundância’ – é um pedaço de terra que contorna a baía de Jervis e faz jus ao seu nome. O parque abriga mais de 200 espécies de pássaros, exuberante mata nativa, praias intocadas e, claro, uma grande população de mamíferos saltitantes. A ausência de ‘civilização’ é praticamente total, o que completa o clima de paraíso do pedaço.

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Foto: Rafael Alvez (Uol Viagem)

Lugares assim geralmente são difíceis de acessar ou custam caro para chegar e ficar. Não é o caso do Booderee. Além de ser estar perto de Sydney (190 km), o acesso ao parque é barato – por apenas 11 dólares australianos (o equivalente a aproximadamente R$ 32, segundo valores convertidos em 18/02/2016) o visitante pode pernoitar num camping de estrutura, limpeza e preservação impecáveis.

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A diária dá direito a um espaço para armar o acampamento, ao uso das grelhas para cozinhar e acesso a banheiros com água quente. Os australianos são mestres na arte de criar acesso aos seus biomas de maneira responsável e universal, por isso eles detêm o status de maiores e melhores campistas do mundo. Então, mesmo aqueles que não estão acostumados com esse tipo de acomodação podem se arriscar sem medo de ser feliz.

Donos do pedaço
Dentro do camping os cangurus é que mandam. Com suas cabeças pequenas, orelhas grandes e caudas longas, eles aparecem a toda hora, geralmente sozinhos ou em duplas, e mostram-se bastante acostumados com a presença de humanos. Como não são carnívoros, não se interessam muito pelos churrascos feitos pelos “campers”, embora não deixem de observá-los a poucos metros de distância. Com cautela e movimentos suaves, dá para chegar bem perto deles. Alguns visitantes mais ousados chegam a afagá-los.

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Foto: Rafael Alvez (Uol Viagem)

As fêmeas, medindo cerca de 1,2 m, são facilmente reconhecidas por serem menores do que os machos e por levarem seus bebês (ou Joe, como dizem na Austrália) em seus marsúpios (ou bolsas). O hábito é fundamental para que o canguruzinho se desenvolva no seu primeiro ano de vida, já que eles sempre nascem imaturos. À noite os cangurus cinzas, espécie mais comum no sudeste da ilha, continuam rondando os acampamentos e se fazem notar madrugada adentro graças ao impacto de seus pisões no solo. Mas não se assuste: são raríssimos os registros de que eles tenham se atrevido a incomodar alguém.

O Booderee é um verdadeiro parque de diversões natural para quem curte a vida ao ar livre em contato direto com a floresta e o mar. Além dos marsupiais, outra espécie abundante por essas bandas é o “rainbow lorikeet”, um tipo de periquito nativo da Austrália que interage com as pessoas de modo bastante despachado. Basta uma migalha de pão para atrair um bando desses passarinhos que mais parecem saídos de um desfile de carnaval de tão coloridos que são.

Também vale a pena gastar algumas horas no belíssimo jardim botânico, cujo catálogo de flores e plantas reúne 460 espécies nativas, muitas delas manipuladas a milhares de anos pelos aborígenes, o povo nativo da Austrália. Há uma trilha de 3.7 km que dá uma volta completa no jardim. Uma visita a este santuário não é completa sem que se explore as praias e as águas da baía de Jervis. Este é um dos melhores picos do hemisfério sul para se observar baleias da espécie jubarte, que entre junho e julho cruzam a baía a caminho das águas mais amenas do norte.

Já as praias são um capítulo à parte. Banhadas por águas cristalinas, elas têm um tipo de areia bem fino, cor de neve. Uma delas, a Hyams, foi eleita recentemente pelo Guiness Book como a praia de areia mais branca do mundo. Outra praia imperdível é a Murrays Beach. A baía de Jervis é um dos lugares mais perfeitos da Terra para se desligar do mundo dos homens e entrar num contato intenso com a natureza, uma experiência fascinante que alimenta a alma de qualquer viajante.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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