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A não ser que você fuja destas cidades onde quase já não existem portas abertas; a não ser que você escape, pelo menos uma vez por mês, à procura de ar, luz e razão certa, será inevitavelmente esmagado. Ou, como demonstra o arquiteto Sérgio Bernardes, você vai se transformar num velho — se é que o cansaço já não lhe surgiu da forma mais precoce — pois “a falta de planejamento raciona) dentro de uma perspectiva humanística transformou os grandes aglomerados urbanos brasileiros em lugares desrespeitados para o homem como indivíduo”.

Não busque consolo nas estatísticas ou nos escassos números de que dispomos, pois eles serão ainda mais pessimistas. Saiba apenas que em São Paulo pior que no Rio de Janeiro, no Rio pior que em Porto Alegre, em Porto Alegre pior que em Salvador — e assim sucessivamente — a densidade demográfica, associada a um notável despreparo urbano, impossibilita a felicidade do homem dentro da grande cidade. Também não pense em melhorias iminentes porque os recursos hoje aplicados para solucionar problemas já serão insuficientes amanhã para enfrentar o espantoso crescimento demográfico das nossas pobres cidades grandes..

Em 1900, somente a Grã-Bretanha era urbanizada — mostra num de seus trabalhos sobre epidemiologia da habitação, Alexandre Dorozinski — e no ano 2000, a maior parte dos países o será. Nos anos sessenta, cerca de 240 milhões de pessoas vieram se estabelecer nas grandes cidades. Na década de

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70, os especialistas da ONU estimam que mais 450 milhões de pessoas também virão para as cidades. Segundo cálculos prudentes, parece que a população urbana do mundo passaria de 1.330.000.000 em 1970 para 3.090.000.000 no ano 2000, aumento este que eqüivalerá a 1.760 cidades do porte de Marselha ou Porto Alegre (cidades com cerca de um milhão de habitantes atualmente).

Um estudo apresentado no recente Seminário Internacional de Transportes, no Rio de Janeiro, mostra que mais da metade da população da América Latina vive em centros urbanos e que esta proporção crescerá em 73 por cento no ano 2000. No Brasil, a previsão é de que, dentro de 30 anos, os 60 por cento da população viverão em cidades. Já em 1980, prevê-se que 80 milhões de brasileiros estejam radicados nos centros urbanos, com 40 milhões nas dez grandes áreas metropolitanas, sendo 10 milhões no Grande Rio e 15 milhões na Grande São Paulo.

E como vivem essas crescentes e gigantescas populações urbanas? “Um terço da população mundial vive em pardieiros ou alojamentos temporários” responderia o dr. John R. Goldsmith, epidemiologista da Califórnia. E um estudo realizado pelo professor Alberto Guimarães, para quem “a pressa em acelerar o desenvolvimento pode estar acelerando também o processo de degradação da qualidade de vida nas grandes cidades”, mostra ‘que 56,4% das nossas casas não têm luz elétrica; 68,3% não têm água encanada; 44,2% não dispõem de aparelhos sanitários. A população urbana, de maneira geral, so-

fre os problemas da agitação, da poluição de todos os gêneros, do trânsito onde motoristas estão predestinados a “odiar sem guiar”, da solidão, da neurose, da angústia, da depressão, da falta de espaço, de tempo e condições para o lazer, enfim, de meios que possibilitem ao menos uma vida próxima à decência e à dignidade.

Não é de se espantar, portanto, que a procura da liberdade e do ar puro, de mais espaço, de um contato direto com a natureza, leve tantas pessoas a migrar, a cada final de semana ou feriados mais longos, deixando atrás de si as cidades enfumaçadas, as bu-zinas nervosas do trânsito, a paisagem encardida de pilhas e pilhas de concreto. Foi o tempo em que os campistas passavam por um grupo de turistas insólitos.

A PROCURA DE ESPAÇO

Oscar Niemeyer disse certa vez que o processo de humanização das grandes cidades depende, entre outras coisas, da capacidade de cada homem ser dono de sua própria casa e de se movimentar num espaço que lhe pertença. Não é difícil concluir que o homem urbano parece buscar, na prática do acampamento, as sensações de espaço que a cidade, agora mais do que nunca, costuma lhe negar.

O professor Sivadon, através de suas experiências no hospital de Ville–Evrard, na Bélgica, fez a constatação de que o espaço é tão importante para o homem que chega a condicionar sua saúde mental. Um grupo de esquiso-frênicos, empenhados em determinadastarefas, dentro de um local fechado por três lados, trabalhava normalmente enquanto sentisse a “proteção” do quarto lado, aberto. Sivadon observou também que o grupo parava de trabalhar quando a proteção era retirada e recomeçava quando era restabelecida. A pesquisa nos faz imaginar a sorte do homem urbano brasileiro, enclausurado nesses horríveis sobradinhos de subúrbio — cada vez menores e em números que aumentam em progressão geométrica — ou em minúsculos apartamentos nos “espigões” que proliferam mesmo nas regiões centrais.

É previsível, dessa forma, que o camping — tipo de lazer que acena ao homem urbano com uma abertura ilimitada de espaço — se torne uma prática cada vez mais aceita e divulgada. Dispondo de uma barraca ou um trai-ler, o campista substitui as pesadas paredes de concreto por uma cobertura de lona, macia e quase transparente, troca o ambiente abafado dos quartos de apartamento pelo contato com a natureza, e a paisagem vertical das grandes cidades pela horizontalidade dos bosques ou pela visão dinâmica de córregos, rios, montanhas e cascatas.

UM TRÂNSITO QUE ENLOUQUECE

“Guie sem ódio” é a sugestão ingênua da televisão. “Odeie sem Guiar”, a ironia do humorista que apresenta um desenho de um monstruoso engarrafamento de veículos. Os números provam que as campanhas para educação dos motoristas vão-se mostrar incapazes de pelo menos minorar uma situação grotesca: em 1973 morreram no Brasil mais de 30 mil pessoas em acidentes de trânsito. Apenas 10 mil a menos que nos Estados Unidos, um país com 95 milhões a mais de veículos.

É claro que, apesar das campanhas, os nossos 5 milhões de veículos atuais serão elevados, até 1980, para 10 milhões, estimando-se que o número de acidentes aumentará nas mesmas proporções. Não sabemos ainda aonde esses números poderão nos levar, mas na verdade os problemas do trânsito não se limitam aos acidentes: os congestionamentos, a lentidão do tráfego, o barulho, os gases asfixiantes dos escapamentos — enfim, um complexo sistema de sub-problemas que envolvem motoristas e pedestres — estão levando o homem urbano à loucura. Não fosse assim e não teríamos explicação para os casos de violência — que aliás têm se repetido com muita freqüência — em que motoristas se agridem e se matam após uma discussão por questões de tão pouca importância.

O economista Rubens Vaz, no Seminário Nacional de Transportes, mos-

trou-se apreensivo com a previsão de que a área metropolitana de São Paulo terá mais de um milhão de veículos nos próximos seis anos. “Haverá recursos para financiar a construção de vias expressas, viadutos, túneis, elevados, pontes e pistas de rolamento para suportar esse aumento de veículos? Que acontecerá com o ar que respiramos ao dobrar a frota de autos que hoje polui a atmosfera de São Paulo?”

Ainda não podemos responder com objetividade às perguntas do economista, sendo certo, apenas, que nos fins de semana torna-se cada vez mais indispensável que o homem da grande cidade se abstraia dos problemas de um trânsito angustiante. Portanto, ele segue à procura de uma fórmula mágica de lazer, de descanso, que lhe permita superar o “stress” de 5 dias de tensão nas ruas engarrafadas, barulhentas, nervosas e sobretudo desumanas.

Como achar a fórmula de um descanso em que as buzinas tenham o som de canto de pássaro, em que o ronco de motores raivosos tenha um correspondente no barulho de cascatas, em que os solavancos de um carro em primeira marcha sejam representados pelo calmo balançar de uma rede? São todas sugestões que já nem precisam ser feitas ao homem urbano brasileiro, que vem sendo forçado a descobrir os efeitos de paz e tranqüilidade que só um contato com a natureza consegue lhe proporcionar.

ANTES QUE O VERDE ACABE

“Minha gestão como presidente da Fundação Brasileira para Conservação da Natureza foi um verdadeiro fracasso, porque o esforço de alguns não evitou que o desenvolvimento imedia-tista poupasse o corte de pelo menos uma árvore”. O amargo depoimento de Piquet Carneiro, o ex-presidente da Fundação Brasileira para Conservação da Natureza, ao deixar, em maio passado, a entidade, sugere-nos uma pergunta: o que será do homem urbano do futuro se não tiver a opção do campo, de um contato com a natureza?

É evidente que a manutenção do equilíbrio ecológico não significa apenas a garantia futura da mais importante fórmula de lazer, mas corresponde, principalmente, como lembra o próprio Piquet Carneiro, a se evitar uma grave ameaça às gerações futuras. Todavia, também em função do lazer não se pode deixar de ter grave preocupação quando se sabe que um milhão e meio de árvores estãó sendo derrubadas, diariamente, no Brasil.

Se o progresso imediatista é o responsável pela devastação de um país,

também nas grandes cidades não se desenvolve uma política de manutenção e reposição do verde, apesar de urbanistas como Burle Marx reconhecerem que ” o parque, o jardim e os espaços livres têm uma importância fundamental no moderno’conceito de urbanismo, pois as áreas verdes, além de sua função saneadora do ambiente e embele-zadora da paisagem, permitem ao homem da cidade um contato com a natureza e o exercício do lazer contemplativo”.

O que se nota, contudo, é que as poucas áreas verdes que restaram nas grandes cidades vão sendo destruídas, sistematicamente, pelo avanço imobiliário ou pelo avanço industrial. Aumenta, assim, a busca à natureza fora das grandes cidades, até quando, ainda que dessa forma, seja possível encontrá-la.

POLUIÇÃO INVADE TUDO

A possibilidade de encontrarmos, fora dos grandes centros urbanos, a quantidade de oxigênio necessária, mas que negamos todos os dias aos nossos pulmões já doentios, também vai aos poucos sendo eliminada. Os índices de poluição atmosférica, mesmo num raio de 150 quilômetros em torno da Grande São Paulo, estão aumentando na medida em que áreas inteiras, até há pouco tempo reservadas à agricultura, vão sendo industriali-. zadas.

No Rio de Janeiro, a proliferação das indústrias já permite a conciliação absurda de uma paisagem privilegiada com um ar irrespirável, apesar da sugestão reiterada de Piquet Carneiro “para que reservem o Rio para o turismo e deixem as indústrias com São Paulo”. É lógico que o sábio conselho do ecologista — Piquet Carneiro dispõe de um estudo que prova que o calor carioca desaconselha instalação de fábricas, pois os operários não produzem nem o razoável em áreas de temperatura muito elevada — não impedirá a implantação de pelo menos mais uma fábrica numa cidade que, no futuro, não conseguirá conciliar turismo e industrialização.

Medições feitas por um técnico na atmosfera da região central de Santo André, no ABC Paulista, constataram a existência de apenas 19 por cento de oxigênio num ar densamente poluído por desengraxantes à base de fenol, monóxido de cabono, sulfatos, poeiras orgânicas e sedimentares.

Em São Paulo, mais de 30 mil indústrias expelem pelas chaminés seus resíduos numa área de 2.500 quilômetros quadrados. Um cálculo aproximado aponta que 10 toneladas de partículas sólidas se depositam a cada quilômetros quadrados. Um cálculo aproximado aponta que 10 toneladas de partículas sólidas se depositam a cada quilômetro da Grande São Paulo todos os dias, quantidade que se eleva mês a mês e faz repetir, já com certa gravidade, os fenômenos das inversões térmicas^^–‘

A inversão térmica — concentração de poluentes na atmosfera causada pela incapacidade de dispersão dos ventos — é o mesmo fenômeno que matou, de uma só vez, 1.500 pessoas em Londres por asfixia, em 1952. Em 1970, o fenômeno ocorreu pela primeira vez em São Caetano do Sul, causando irritação nos olhos e na garganta, tosse e asfixia momentânea a quase toda a população. Foi quando um técnico previu a repetição do mesmo fenômeno com muito mais gravidade em 1975, caso não fossem tomadas medidas urgentes para controlar a poluição atmosférica. Em São Paulo, nos últimos dois anos, estão ocorrendo inversões sucessivas, que se vão agravando junto com a intensificação da poluição do ar.

Se a poluição atmosférica seria capaz de, por sí só, deteriorar substancialmente a qualidade de vida na grande cidade, existem ainda muitos outros tipos de poluição a incomodar as populações urbanas. O jornal “O Estado de S. Paulo”, em recente reportagem, chama a Capital do Estado de “metrópole de todas as poluições”. A indústria e a população inundam os córregos, rios e até o mar com resíduos químicos e detritos de esgoto. O lixo produzido em escalas alarmantes — cada habitante de São Paulo produz 13 quilos de lixo por dia — polui o solo. O barulho ensurdecedor de buzinas, dos escapamentos, das máquinas industriais causam a poluição sonora, que já atinge, em certos pontos, o perigoso índice de 90 decibéis. Os letrei-ros, cartazes, “out-doors”, placas de uma publicidade indiscriminada e muitas vezes de mau gosto, provocam a poluição visual.

TUDO TRAZ GRAVES CONSEQÜÊNCIAS

A soma de todos esses fatores — falta de espaço, a alucinação do trânsito, falta de áreas verdes, poluição, falta de saneamento e muitos outros problemas — traz conseqüências imprevisíveis à saúde física e mental do homem urbano, que vive sob um processo cada vez mais acentuado de neurose, angústia, depressão e agressividade. No caso do Brasil, torna-se difícil, devido à falta de números e a imprecisão das estatísticas, avaliar as conseqüências que a deterioração da vida urbana traz ao homem.

Baseado em cálculos aproximados, o “Jornal do Brasil” aponta a existência, na Guanabara, de 100 mil alcoólatras
e mostra que a escalada do alcoolismo pode ser situada a partir das internações em hospitais psiquiátricos oficiais. A porcentagem de alcoólatras atendidos na Guanabara passou de 8,17% em 1961 a 19,18% em 1971.

A falta de saneamento básico (na Grande São Paulo ainda há cidades inteiras não servidas por redes de esgoto) causas as epidemias que, no Brasil, têm seu exemplo mais forte no surto de meningite que agora assola as populações urbanas. A poluição atmosférica agrava as doenças respiratórias: em 1971, das 248.474 crianças atendidas nos postos de puericultura de Santo André, 50% sofriam de doenças do aparelho respiratório, provocadas, logicamente, pela má qualidade do ar. Outro estudo recente demonstra que 70% das crianças de São Caetano do Sul sofrem do mesmo mal.

OS CAMINHOS DA AUTODESTRUIÇÃO

O suicídio e as doenças cardíacas são outros dois parâmetros capazes de demonstrar as conseqüências de uma vida agitada, nervosa, poluída e ao mesmo tempo solitária (Só mesmo na prática do acampamento, pode o homem urbano pensar num relacionamento afetivo entre seres humanos, o que é radicalmente tolhido pela indiferença massificante das cidades). Nas regiões do país onde se concentram as maiores populações urbanas, as doenças do coração matam mais do que o câncer e os índices de suicídio aumentam a cada ano.

O jornal “Folha da Manhã”, de Porto Alegre, em junho de 1971 fez um levantamento sobre o problema do suicídio naquela cidade e publicou o seguinte quadro: em cinco meses, de janeiro a maio, ocorreram só na área urbana 24 suicídios consumados, 78 tentativas e 9 prováveis.
A Delegacia de Homicídios regií como prováveis os casos de mc consumada, tidos como suicídio, r sujeitos a investigação.

Sobre as causas mais freqüentes delegado Augusto Rubem Worm c tou: “aparecem, nos casos de suicí e tentativa, sempre duas causas: aparente e a real. Na aparente, a p soa alega, oralmente ou através de c tas e bilhetes, seu desencanto p vida, motivado por fracassos financ ros, insucessos amorosos, desenter mentos familiares, enfermidades f cas e outras. A causa real é o dist bio psíquico que a está acometen É a causa verdadeira”.

O livro “A Dimensão Oculta”, norte-americano Edward T. Hall, dei mina “proxemics” (proxímia) o estu da vida em recintos acanhados e fi sobre a força invisível que afeta a dos nós: “a aglomeração contribui p£ a delinqüência, os desvios sexuais, violência, o crime e a autodestruiçãi E vai mais adiante: “Isso está, liter mente, nos tornando doentes. Os s tomas são o hábito de drogas, as doe ças mentais e uma série enorme doenças relacionadas com a tens nervosa — a hipertensão, a obesidac a úlcera gástrica, a bronquite asmá ca e até algumas formas de cânci Alguém poderá negar, portanto, que agitação, a tensão, a falta de espaç tornam os homens angustiados e so tários nas grandes cidades — sent por isso freqüentemente induzidos i suícídio?

Não fosse, pois, a opção do camp que é capaz de refazê-lo em pouc, horas, ao menos psicologicamente, d< distúrbios que todos esses problem; lhe acarretam, e o homem urbano ní teria condições de resistir. Assim c não resistiu Áureo Medina Barbos 35 anos, casado.

Raimundo José Pinto, corresponde te em Belém do jornal “O Estado c S. Paulo”, contou a história do fim d Áureo Medina Barbosa, “um torneir que perdera o emprego em São Paul e fora para o Norte à procura de tri balho”. No dia 20 de agosto passadc Áureo resolveu desistir: atirou-se d oitavo andar de um prédio em constri ção no centro de Belém.

Mais de duzentas pessoas esperí ram, lá embaixo, durante 5 horas, qu< Áureo tomasse a decisão. E o que < pior: ninguém colaborou para salvar i operário, cujo corpo foi, enfim, espa tifar-se no asfalto.

O que pode ter acontecido à popu lação de Belém do Pará? O que, afinal pode ter ocorrido àqueles populares que chegaram a gritar para que o ho mem se jogasse logo do oitavo andai do edifício, mostrando-se até enerva-dos com a demora do suicídio? É clarc que também ali as portas, “portas por-onde”, estão-se fechando para c homem. E todos eles na verdade não passavam de velhos precoces. Mas se a previsão do arquiteto Sérgio Bemar-des já serve para a longínqua e até há pouco tempo pacata Belém do Pará, você pode imaginar como ela se adapta a São Paulo e ao Rio de Janeiro.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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