Com Três Gerações de Surfistas, Família Pupo Viaja Europa de Motorhome
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Confira artigo do Globo Esporte sobre a viagem da família Pupo a bordo de um Motor Home pela Europa.
Com três gerações de surfistas, família Pupo viaja Europa de motorhome
Inspirados pelo pai, Miguel e Samuel Pupo representam “Brazilian Storm” e sonham com título mundial. Aos 13, revelação mira WCT ao lado do irmão mais velho e ídolo.

Não existe lugar no mundo em que a família Pupo se sinta tão à vontade quanto no mar. Três gerações de surfistas simbolizam o clã que, de tão fascinado pelo surfe, decidiu “morar” unido por algumas semanas em um motorhome, para percorrer estradas, planícies e planaltos em busca das melhores ondas. O sonho é dar a volta ao mundo mas, por enquanto, eles escolheram a Europa para começar a aventura. O plano antigo, inspirado pelo cinema, acabou se tornando realidade por causa das duas etapas do Circuito Mundial de Surfe (WCT) que Miguel disputou no velho continente, Hossegor, na França, e Peniche, em Portugal. Eles começaram a aventura no dia 23 de setembro e atravessaram a costa europeia surfando em diferentes picos por cidades espanholas, francesas e portuguesas. No ano que vem, eles planejam uma aventura sobre quatro rodas pela Califórnia. No futuro, a ideia é dar a volta ao mundo.

– Eu e o Wagner tínhamos esse sonho de pegar a família e viajar pelo mundo. Quando vimos que o Miguel teria essas etapas, pensamos: “Essa é a hora”. Começamos a viagem pela Espanha, depois fomos para França e Portugal, sempre passando pelas praias porque os meninos vieram surfando. O Wagner é o motorista. Não passamos nenhum perrengue, está sendo tudo perfeito até demais, estamos numa “vibe” boa. Como o Miguel ficou focado nos campeonatos, resolvemos trazer o Renan, amigo do Samuca. Ele também é surfista, mora entre Maresias e o Havaí e está acostumado a essa vida de peregrinação. Estamos curtindo a liberdade de deixar a vida nos levar, sem ficarmos presos a nada. É uma viagem sem fim. No ano que vem, queremos fazer isso na Califórnia. O sonho é dar a volta ao mundo de motorhome – contou a mãe, Jeane.

Surfista profissional por quase 30 anos, Wagner levava Miguel desde bebê aos palanques de competição, onde ele brincava com os atletas e se familiarizava com o esporte. O mesmo aconteceu com o caçula, Samuel, de 13 anos, uma das principais revelações do Brasil. Eles ainda usavam fraldas e nem sabiam andar quando subiram em uma prancha pela primeira vez.

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– O arroz com feijão deles foi sempre do mar, foram criados na base da água salgada (risos). Eles ainda usavam fralda quando subiram na prancha pela primeira vez. O Wagner empurrava, e eu pegava na beira. Surfar mesmo foi quando começaram a andar, na espuminha, com uns três anos. O Miguel brincava nos palanques e, por isso, muitos atletas do Brasil e do mundo já conheciam ele desde bebê, sempre esteve bem adaptado a essa realidade. Agora, fazemos isso com o Samuel através do Miguel. Vivenciando essa proximidade com os profissionais, ele tem uma visão de como é viver do surfe. É lógico que o Miguel tem seu talento próprio e conquistou tudo o que tem por conta disso, mas a gente se orgulha por saber que um empurrãozinho tornou um sonho realidade – acrescentou Jeane.

Atualmente, os pais de Miguel e Samuel têm uma fábrica de pranchas. Wagner trabalha há quase 15 anos como shaper, e os filhos, assim como outros surfistas do Brasil, usam o equipamento produzido pela família Pupo para as competições. O pai era de uma época em que o surfe ainda marginalizado e sempre incentivou os herdeiros a seguir no esporte.

– O surfe evoluiu muito desde a época em que eu era profissional. Minha mãe nunca me viu surfar, não levava a sério a profissão. Meu pai também não. O surfe era muito marginalizado. Hoje, já temos uma geração de filhos de surfistas, e o Brasil vai ser um país de ponta por essas gerações. Os filhos do Miguel e do Samuel já vão crescer em outra realidade. Temos tudo para termos campeões mundiais. Alguém tem que chutar a porta rápido, e o Gabriel vai levar esse título nesta temporada – disse o ex-surfista.

Wagner e Jeane cuidam da vida dos filhos, tanto da parte financeira como da agenda. Uma das principais revelações da nova geração brasileira, Samuel sempre fez da água o seu habitat. Via Miguel e o pai surfarem desde que nasceu e também quis viver do esporte. Fã do irmão mais velho, o jovem de apenas 13 anos não vê a hora de integrar a elite do surfe mundial ao lado de Miguel. O caçula conta que o clã escolheu a Europa para assistir às etapas do Tour na França e em Portugal, e aproveitar para pegar boas ondas.

– Viemos ver o Miguel e surfar, a costa europeia tem altas ondas. Nossa família é puro surfe, vivemos na praia e respiramos o esporte. Fui por esse caminho e até agora está dando certo (risos). Não vejo a hora de entrar para o WCT, espero que chegue rápido. Ia ser demais encontrar o Miguel em uma bateria daqui a uns anos, vamos curtir muito, ia ser um momento nosso. Meu irmão é o meu ídolo. Ele me dá muitos conselhos e fica feliz por ver que eu estou seguindo os passos da família. Torço para ele ser campeão mundial. Meu maior sonho também é esse, ser campeão do mundo. Estou me preparando para esse dia – revelou Samuel, que ainda está no colégio e precisa “correr atrás do prejuízo” por conta da agenda atribulada de viagens pelo mundo.

Os irmãos ainda usavam fraldas quando subiram em uma prancha pela primeira vez. Um dos representantes do “Brazilian Storm” (“Tempestade Brasileira”), apelido dado à nova geração do país, Miguel também sonha com o dia em que estará ao lado do caçula em uma bateria do WCT e torce por todos os brasileiros no esporte.

– A gente subiu a primeira vez na prancha quando estava de fralda ainda. Comecei a surfar quando comecei a andar e a competir com uns sete anos, e o meu irmão também teve uma história parecida. Seria maravilhoso encontrar o Samuca em uma bateria. Torço muito por ele, assim como pelo Gabriel e os outros brasileiros que estão no circuito. O surfe é um esporte individual, mas a gente sempre quer que o esporte cresça no nosso país – disse o surfista, 15 º colocado do ranking mundial, que foi 13º em Peniche e 5º em Hossegor.


FOTO: Carol Fontes
fonte da reportagem:
http://globoesporte.globo.com/radicais/surfe/noticia/2014/10/com-tres-geracoes-de-surfistas-familia-pupo-viaja-europa-de-motorhome.html


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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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