A despedida Mundial da Kombi será realizada no dia 08/12/2013 no estacionamento da Volkswagen da Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo. O evento em tom de despedida é uma realização do Sampa Kombi clube e pretende reunir centenas de Kombis de variados modelos.
“Faremos um grande evento e todas as Kombis farão parte dessa exposição. Cheguem até as 9h da manhã para garantir o lugar para a sua Kombi. Vamos ficar até às 16 horas neste evento especial em homenagem às preciosas. Serão 200 vagas para a exposição e já temos 70 inscritos”, afirma Eduardo Gedrait, um dos organizadores da exposição.
Parar por quê?
Não será por falta de vontade do fabricante. Os engenheiros da Volkswagen não conseguiram posicionar freios ABS e air bag na Kombi, o que significa que estará em desacordo com a legislação brasileira daqui há um ano. Criada na Alemanha, começou a ser fabricada em 1950 e no Brasil em 1957, o utilitário multifuncional atingiu uma produção de 1,5 milhão em 2011. O fabricante – no Brasil – não confirma, mas não nega o fim da produção, e alega não ser a primeira vez que se depara com impasses técnicos.
A Kombinationfarhzeug, em português “veículo de uso combinado”, foi projetada no pós-guerra não somente por alemães, mas por um oficial das forças de ocupação inglês Major Ivan Hirst – a Alemanha perdeu a 2ª guerra mundial-, pelo engenheiro alemão Alfred Haesner e por um holandês, Ben Pon, que desenhou o projeto em 1947. A primeira versão vendida ao Brasil, em 1950, tinha apenas 30 cavalos, quatro marchas não sincronizadas e sistema elétrico de 6v, alimentado por dínamo. Segundo Hirst, a Kombi foi concebida no dia 23 de abril de 1947 e Haesner assumiu a produção. Em 1948, com a fábrica novamente sob controle da Alemanha, os primeiros protótipos rodavam pelas ruas, revelando o primeiro mini-furgão do mundo.
Fama internacional
A Kombi conquistou a simpatia de motoristas de diversos países, recebeu nomes curiosos como “Pão de forma”, em Portugal, “Papuga”, na Polônia, “Bulli”, na Alemanha, “Perua”, no Brasil e “Bus” nos EUA. Ela faz parte da história de muitas famílias brasileiras e é o ganha pão em setores como o dos transportadores de mercadorias, fretamento escolar e de funcionários, ou ainda lanchonetes móveis (caldo de cana). Atualmente, o Brasil é o único país com a produção ativa desde 1996, quando parou de ser fabricada em outros países.
O mercado externo procura pelo veículo brasileiro. Desde 2000, um fabricante de motor homes da Inglaterra compra de 100 a 200 Kombis anualmente. Um fabricante brasileiro, instalado na grande Joinville, passou a produzir um modelo similar para recreio, a Kombinet. O empresário Plínio Cesar diz que pensou em fabricar um motor home com preço mais popular. “O cliente me traz a Kombi e faço a montagem por R$34 mil, incluindo a mudança necessária na documentação, senão é alteração de características do veículo e dá problema”, diz ele, que vende a Kombinet para São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Santa Catarina.
Por James Klaus
Veja como foi a despedida da Kombi
Foto: https://www.facebook.com/ABit2low/photos |
Fotos:Carmelita e Emílio Figueroa |
Fotos:Carmelita e Emílio Figueroa
A safari da Karmann Ghia do Brasil, que foi o primeiro motor casa fabricado em série no Brasil, segundo o grupo de Safaristas do Brasil que mantem o registro das safaris fabricadas, não se tem noticias de mais que 600 exemplares pelo mundo.. Esse motorcasa era fabricado na década de 70 com a Chassi da Kombi furgão e Standart e teve sua ultima unidade fabricada em 1995.
Veja o vídeo da Revista.webmotors.com.br/ onde mostra mais sobre esse Motorhome da Karmann Ghia do Brasil chamado de Safari.
Reportagem: Ricardo Sant’Anna
Imagens: Guilber Hidaka, Bibo Bouzaz e Emerson Pena
Produção: Marcio Pereira e Fernanda Vergueiro
Roteiro: Carina Mazarotto
Edição e arte: Anderson Massambani
Editor-chefe: Rodrigo Ferreira