Neve e Trailer: Guanaquito na Patagonia!
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Dia 06/11/2014: Partimos cedo de Lago Puelo, com uma chuva leve que nos despedia nostalgicamente, após aqueles belos dias passados por aquelas latitudes…e assim, suavemente e sem pressa, o Guanaquito, empreendeu o retorno, um pouco triste, mas carregado de lembranças dos magníficos dias vividos por lá. Subimos devagar o “Cañadón de la Mosca”, atravessamos na frente de Villa Mascardi, e quando passamos na frente da entrada para o Camping Los Baqueanos, gente, deu uma vontade de voltar para o Camping…até parecia que o Guanaquito estava freando para ficar por lá… e então, escutei o Guanaquito falando “vini mim, saudades, que sou facinho!”..é, ele tem esse lado sertanejo de ser, mesmo eu colocando no som Willie Nelson & Johnny Cash, Billy Joel, Dire Straits, etc., para ele se re-educar…hmmm, sei não, vou ter que chamar meu irmãozinho Odair de novo, para tocar Pink Floyd no violão embaixo do toldo dele até tomar jeito… Fizemos uma parada em Dina Huapi, nas proximidades de Bariloche, para almoçar umas milanesas perto do mirante do lago Nahuel Huapi, onde paramos mais tarde para as fotos de praxe. Embora não mais estava chovendo, após passar por Bariloche, o vento se fazia sentir, em especial na represa de Collón Curá, em Corral de Pedra, o que nos obrigou a passar bem devagar, não sem antes ter visto se os caminhões de caçamba alta ou se os ônibus de dois andares atravessarem sem problemas; caso contrario, se eles balançassem demais, nós pararíamos e esperaríamos diminuir o vento. Mas, a Deus graças, o vento, se bem era forte, não atingia uma velocidade perigosa para o Guanaquito, e até paramos para algumas fotos no local; o problema que em na imensa maioria das vezes que passei por lá, o vento sempre sopra a 90° em relação à estrada e ponte, e como sabemos, um Trailer, além de leve, oferece uma superfície grande ao vento, fazendo as vezes duma vela de navio, e por isso, é tão importante o Centro de Gravidade (CG) do Trailer, ser o mais baixo possível, ou seja, todo o mais pesado dentro do Trailer, tem que ser estocado o mais baixo que puder; os tanques de água e detritos, ajudam bastante, se estiverem cheios, justamente por estar situados nas partes mais baixas dum RV. Fizemos a subida devagar até Piedra del Aguila, embora o temperatura da Frontier se mantinha normal como se estivesse rebocando num lugar plano e sem aclive (gostei muito de este motor, é mesmo forte), e paramos para dormir num posto em Picún Leufú, na Prov. de Neuquén, após um percurso de aprox. 430 kms. Como chegamos cedo, tivemos tempo de pedir, com todo respeito, água, energia e pouso, para os frentistas, ao que eles permitiram e, claro, demos uma boa gorjeta pela gentileza dos mesmos; um bom banho, jantar gostoso, e a dormir, que amanha queremos chegar de tarde em Bahía Blanca, Prov. de Buenos Aires. Percurso do dia: https://goo.gl/maps/yoi2c Detalhe da ponte Collón Curá, em Corral de Piedra: https://goo.gl/maps/VvJSx Fotos: Dina Huapi, na entrada de Bariloche.
Na frente do mirante de Bariloche na Ruta 40. 
No acostamento em frente do mirante. 
Chuva sobre Bariloche. 
A chuva vem chegando. Foto de Alcenio. 
Placa advertindo sobre ventos fortes. 
Guanaquito em Corral de Piedra. Foto de Alcenio. 
Ondas no embalse Collón Curá por causa do forte vento. Foto de Alcenio. 
Dá para ver pelas roupas do Alcenio, a força do vento. 
Guanaquito em Corral de Piedra. 
Continua… Dr. Green wrote:hahahahaha a carequinha do Alcenio com essa meia duzia de cabelinhos voando parece o coqueiro da placa hahahahaahahahStephan, voce é quem está falando! Se eu opinar, apanho! :desconfiado:
:-/
:D:D Abraços! Dardo.[hr]NasEstradasdoPlaneta wrote:Linda viagem. Lindas fotos.Buenas Carlos Roberto, Gleidys & Fredy! Obrigado, também gostei muito do “blog” de vocês, com excelentes relatos e fotos. Grande abraço! Dardo.
Dia 07/11/2014: Acordamos cedo no posto de Picún Leufú, e após um rápido café, de novo na estrada! Como sempre, a passagem pela cidade de Neuquén foi um pouco demorada, e fomos almoçar perto de Coronel Belisle, um vilarejo no médio do caminho, que tinha uma ruazinha paralela à nossa estrada, e era bem arborizada, o que nos permitiu almoçar na sombrinha. A viagem transcorria sossegada, e embora a paisagem, na maior parte do caminho é bastante desértica, nós viajávamos tranquilos, curtindo as cidadezinhas que passavam ao longo do para-brisas, com esporádicas paradas para ir no banheiro e conferir temperatura de pneus e rolamentos. Já perto de Algarrobo, uma pequena e simpática cidadezinha a mais o menos 90 kms. de Bahia Blanca, nosso destino, acontece duma camioneta HiLux se emparelhar com a nossa, buzinando, e os ocupantes, um casal, gritar para nós “está pegando fogo”! Na hora, olhei nos espelhos se não vinha ninguém (vai que fosse uma armadilha para roubar à gente!), e saio para o acostamento. A HiLux, parou na nossa frente, e vem o casal correndo e com um extintor na mão da mulher….claro que pulei da Frontier e corri para ver o Guanaquito, que a Deus graças, estava inteiro, só tinha decapado um pneu! Conversando com o casal, aconteceu de eles ver o comboio na estrada, e como eles também tem Trailer em Bahia Blanca, ficaram detrás da gente, admirando o Diamante; nesse justo momento, soltou a banda de rodagem do meu pneu #4, o traseiro direito, e eles viram a poeira da expansão do ar, e a fumaça da borracha queimada no atrito com o asfalto, e pensaram que estava pegando fogo no Trailer. Bem, podem acreditar que foi muita sorte ou coincidência esse casal tão gentil estar justo na hora que aconteceu o problema, e nos avisar…eu prefiro achar que o Papai do Céu cuida da gente! Agradecemos muito ao casal tão prestativo, e ele ainda queria me ajudar a trocar o pneu, o que não era necessário, pois Alcenio e eu daríamos conta tranquilamente, e eles recomendaram ir uns 300 mts. em frente, onde tinha a entrada, do lado esquerdo da estrada, de uma casa de fazenda, o que fizemos em 3 rodas, pois assim teríamos um espaço muito maior para poder trocar o pneu com segurança; assim foi feito, e eles, após se certificarem que não necessitávamos nada mais, seguram seu caminho,com nossos agradecimentos, de coração…já tinha falado antes em outra das minhas viagens, e pude comprovar, mais uma vez, que o pessoal na Patagonia, está sempre pronto para ajudar a quem for necessário, e se for Rodantero como a gente, nem se fala! Trocamos o pneu, com Alcenio me ajudando e Neiva fotografando, e pudemos constatar que de fato, toda a banda de rodagem tinha soltado…é, os pneus duraram só 35.000 km., o que embora bastante rodado, ainda tinham metade da vida útil por diante; inclusive, o #3, traseiro esquerdo, estava mais quente que os restantes, e o pneu que tinha trocado na ida, entre Santo Tomé e Gualeguychú, que era um usado da nossa Kombi, estava perfeito! Pude comprovar também que o Diamante é muito estável, pois não deu para perceber que tínhamos ficado só com 3 rodas…provavelmente, em algum momento iriamos ver nos retrovisores a fumacinha do pneu queimando no asfalto (por isso é tão importante estar sempre olhando nos espelhos como está o comboio), mas, de fato, a estabilidade do Diamante é excelente; ponto para a Turiscar! O pneu que colocamos, nosso 2do. e último estepe, era um “0 Km” da nossa Kombi, o estepe da mesma, que nunca tinha rodado, e que quando trocamos os pneus da Kombi, colocamos 4 novos, e os 2 da frente, os melhores, ficaram como estepe da mesma, e um para o Guanaquito, mais o estepe que nunca tinha rodado. Então ficamos com pneus dum lado da Kombi (lado direito), e no lado esquerdo, os pneus que tinha comprado para o Guanaquito quando comprei o mesmo. Bem, devagarinho, chegamos no Aeroclube, no inicio da noite; um banho demorado, uma excelente janta, e a dormir, que amanhã temos que pesquisar preços e tipos de pneus… Percurso do dia: https://goo.gl/maps/JBMxQ Fotos: Todas as fotos, excepto as duas primeiras que eu tirei, foram obtidas por Neiva.
Continua…
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