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ESCLARECENDO ALGUMAS DÚVIDAS SOBRE BATERIAS E CARREGADORES >>

Vários fatores, às vezes de pequena importância aparente, podem afetar ao longo dos anos, o desempenho de um sistema de banco de baterias.

A leitura de tensão, corrente de flutuação, densidade e nível do eletrólito e temperatura, permite a obtenção de informações a respeito do estado dos elementos da bateria.

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Um relatório, deve ser preenchido em todas as manutenções, para registro dos dados colhidos e interpretação dos mesmos. Assim pode-se perceber se o sistema está sofrendo algum problema através dos meses.

A periodicidade da manutenção deve ser realizada levantando alguns critérios como:
importância da estação;
demanda de energia;
quantidade de baterias;
índice de falhas do fornecimento de energia comercial;
idade das baterias;
existência de GMG (Grupo Motor Gerador);
consumo de água.
Porém o convencional adotado é a manutenção mensal.

Aplicando a Manutenção

Este tópico, tem por objetivo, estabelecer e orientar, sobre procedimentos de manutenção preventiva em baterias ácidas estacionárias.

Com o auxílio de um densímetro, deve-se retirar a leitura da densidade do eletrólito, dos elementos.
Os elementos possuem, na maioria das vezes, um orifício, que possui uma tampa, para introdução dos densímetro. Quando a bateria não possuir este orifício, a válvula do elemento deve ser removida para a realização da leitura.
A prática de equalizar a densidade dos elementos, por intercambio de eletrólito é prejudicial e não deve ser usada.
Após o término das leituras dos elementos de um banco, antes de se realizar a leitura de um outro banco, deve-se lavar o densímetro, para que não haja contaminação dos elementos.
Em baterias seladas, a leitura do eletrólito não é aplicada, pois a mesma possui um gel pastoso, assim como a adição de água e leitura da temperatura dos elementos.

O eletrólito não é um ácido e sim uma solução aquosa que possui ácido, na sua composição, assim o contato com a pele deve ser evitado, se isso ocorrer, basta lavar o local do contato. Dessa maneira sempre deve haver água e bicarbonato de sódio (que neutraliza o efeito do ácido) próximo aos técnicos de manutenção.

Através do processo de eletrólise (transformação da energia química em elétrica), ocorre à diminuição da água dos elementos, que depende do número de descargas da bateria. É evidente que ocorre uma evaporação da água, mas o consumo de água está relacionado às reações químicas.

Assim o nível do eletrólito deve ser sempre mantido entre os níveis máximo e mínimo indicados nas laterais dos vasos dos elementos.

A adição de água deve ser feita abrindo-se a tampa da válvula e com o auxílio de um funil e uma jarra, ambos limpos.

A água a ser adicionada, deve ser livre de impurezas, assim a água da torneira não serve, pois possui flúor e demais produtos aplicados pela distribuidora de água.

A água deve ser destilada. Algumas estações possuem um aparelho ligado a uma torneira, que realiza a deionização da água, deixando-a em adequadas condições para a aplicação em baterias.

A bateria em flutuação ocorre um borbulhamento mínimo e conseqüentemente a gaseificação deve ser imperceptível. O borbulhamento mais acentuado na flutuação é indício que os elementos estão com defeito ou a tensão de flutuação está acima da especificada.

A bateria em carga de equalização, apresenta um borbulhamento que se acentua desde o início.
se algum elemento não borbulhar igual aos restantes do banco, é indicio de curto-circuito entre as placas;
se algum elementos borbulhar prematuramente ou intensamente, é provável que exista sulfatação das placas ou impurezas no eletrólito.
A leitura da temperatura dos elementos, também deve ser realizada, com o auxílio de um termômetro, inserido no eletrólito, em dois elementos do banco, selecionado ao acaso.

Quando submetida ao regime de Tensão de Flutuação, ocorre uma pequena circulação de corrente na bateria, por volta de miliampères, dependendo da quantidade de baterias, capacidade e idade do banco. Mas sua monitoração é importante, para detectar possível aumento da corrente, podendo ser diagnosticado com antecedência algum problema em algum elemento, que possa danificar o banco ou prejudicar o sistema.

A leitura da tensão do banco deve ser realizada em tensão de flutuação, com uma queda máxima permissível de 0,5V em relação à tensão do sistema de retificadores.

A leitura individualmente de todos os elementos, deve ser realizada e anotadas, para verificando se não ocorrem grandes diferenças entre os elementos, que não deve ser maior que 0,04V da média da tensão do banco (somatória das tensões dividida pelo número de elementos).

A tensão das baterias seladas é corrigida pela unidade de supervisão, devido à temperatura colhida pelo transdutor de temperatura instalada no banco de baterias.

A compensação de tensão por temperatura, ou seja, o sistema de flutuação possui uma variação inversamente proporcional à temperatura ambiente da bateria, havendo um acréscimo da tensão de flutuação quando ocorre uma queda da temperatura ou ocorre o inverso quando a temperatura aumenta.

Esta relação pode ser dada pela seguinte equação, admitindo por exemplo uma bateria OPzV da Saturnia que tem uma relação de 0,03V/°C:
Vflutuação = (2,23*n° elementos)+(0,03* (25-temperatura_atual)):
para temperaturas abaixo de 25°C

Vflutuação = (2,23*n° elementos)-(0,03* (temperatura_atual-25)):
para temperaturas acima de 25°C
A verificação da formação de corrosão (“zinabre”) nas barras interligadoras deve ser verificada. Se este item não for tratado, pode haver a abertura do banco pela barra corroída. Assim, se constada à corrosão, o banco deve passar por uma limpeza das barras, adotando-se o seguinte procedimento:
Um banco reserva, ou definitivo, deve haver em paralelo;
O fusível da bateria deve ser aberto;
Cuidadosamente (para não ocorrer um curto-circuito),deve ser retirada todas as barras de interligação, limpando-as com uma escova de aço, retirando toda a graxa e impurezas. A utilização de produtos químicos, como lauril, por exemplo pode ajudar na limpeza;
Após todas as barras serem limpas e secas, deve-se aplicar uma camada de graxa antioxidante nova;
Em “Banho Maria” a graxa deve ser aquecida, quando deixar de ser pastosa, a barra deve ser mergulha rapidamente, para não haver excesso e montada novamente no sistema.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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