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No final do mês passado o site oficial do ministério do turismo perdeu mais uma chance de valorizar um dos grandes potenciais brasileiros para o turismo de natureza. O Brasil está  cada vez mais sedento pelas atividades ao ar livre e ao turismo de contemplação que busque a educação pela preservação da natureza. Mas conta com o total despreparo do próprio órgão que deveria fomentá-lo. Um artigo publicado no turismo.gov fala de acampar com o errôneo conceito norte americano, citando até mesmo alguns locais onde não entram barracas e reafirma que o país não possui mais do que 40 áreas para acampar.

Já não é de hoje que o campismo não é reconhecido pelo governo brasileiro. Após o fiasco da preparação para a copa de 2014 no quesito “camping” o ministério do turismo afirmava que existiam menos de 40 campings no país. Isto porque se baseia no fracassado CADASTUR, que em décadas não conseguiu reunir mais do que 40 estabelecimentos em seus registros. Na ocasião prometia organizar melhor o receptivo para as olimpíadas dali dois anos, o que obviamente não aconteceu. Três anos depois, o Ministério continua afirmando existirem não mais de 4 dezenas de campings no país e apresenta a atividade como culturalmente são conhecidos os acampamentos de férias norte-americanos.

Infográfico do artigo: Itens Cruciais Para Um Acampamento de férias

Acampar é fazer turismo levando seu próprio abrigo. Na modalidade nômade que utiliza a barraca ou no caravanismo que utiliza o veículo de recreação como “lar” itinerante, conta com os estabelecimentos dotados de delimitação, segurança e banheiros como instalações básicas, podendo contar com inúmeros atrativos internos como complemento. Já os chamados “acampamentos de férias” contam com barracões ou alojamentos que visam as atividades recreativas e educacionais que geralmente traduzem uma programação de férias para a criançada. Historicamente muito comum nos EUA, estão também presentes no Brasil, mas se trata de uma modalidade bem diferente do campismo como essência.

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De acordo com o artigo intitulado como “Acampar é sinônimo de amor pela natureza!” o campismo é entendido pelo órgão máximo do turismo do país como o sistema de acampamento de férias, citando em primeiro lugar dentro de sua gama do Cadastur, um estabelecimento que sequer recebe barracas ou veículo de recreação.

O Brasil ganha a cada dia mais campings. Só no Guia do MaCamp já são mais de 2.500 cadastrados, sendo que todos os dias novos estabelecimentos surgem sob a enorme demanda atual. É certo que muitos não possuem licenças ou CNPJ`s, mas é preciso entender que muitas comunidades, como de pescadores no litoral por exemplo, têm o camping como um complemento de renda que traz benefícios ao turismo do local, além de proporcionarem a preservação da natureza. O MaCamp sempre se colocou e continua se colocando à disposição dos órgãos governamentais para auxiliar neste melhor entendimento e direcionamento.

Ilustração de “camping” no artigo do ministério do turismo.

Confira o print do artigo abaixo:

fonte:www.turismo.gov.br/%C3%BAltimas-not%C3%ADcias/8018-acampar-%C3%A9-sin%C3%B4nimo-de-amor-pela-natureza.html
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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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