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Quem reboca trailer sabe os reais perigos de um “pêndulo”. O movimento repetitivo, ritmado e progressivo do reboque de um lado para outro pode levar a acidentes fatais, mas só de acontecer o início do fenômeno já pode ser aterrorizante. Não é preciso ser um trailer. Qualquer reboque pequeno com peso mal distribuído já pode provocar o pêndulo. A AL-KO fez questão de nos enviar seu novo modelo de estabilização que serve em qualquer reboque. Os resultados foram surpreendentes e de antemão já adiantamos: Vale o investimento!

O pêndulo não é um acontecimento que ocorre apenas nas formas mais rudes. Pequenas instabilidades provocadas pelo reboque, pelo asfalto ruim, ventos laterais ou ultrapassagem de caminhões muito grandes já podem gerar desconfortos ao dirigir. A combinação de vários desses fatores pode levar ao pêndulo até mesmo em conjuntos com pouco potencial. O centro de todo o movimento está exatamente na bola do engate. A articulação que torna possível os movimentos desencontrados do rebocador e reboque fica por conta exatamente da chamada “munheca” – dispositivo que agarra a bola e torna livre o movimento.

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O Estabilizador AKS da AL-KO, chamado popularmente por nós de “munheca AKS” vem para trazer esta segurança. Com a função fundamental de agarrar a bola sem soltá-la e permitir os movimentos de curvas, de subidas e descidas e também manobras, faz isso com um recurso extra. Torna estes movimentos mais lentos através de quatro pontos de “agarre”. Nada mais são do que lonas de freio que entram em contato com a bola na intensidade proporcional à alavanca reguladora. Quando pêndulos ou mesmo pequenas instabilidades ocorrem, estes movimentos são retardados pelo atrito da munheca na bola e são quase que instantaneamente remediados.

Graxa na bola: Uso comum para evitar atrito e desgaste.

O AKS: Trata-se de uma munheca tradicional do tipo “automática” que possui alavanca de desacoplamento e que se prende à bola sozinha sem se soltar. Igualmente ao modelo da AL-KO, possui até mesmo um mostrador que indica o correto acoplamento. Recobrindo toda a peça, uma alavanca com design bem moderno dá a escolha da função estabilizadora. Toda levantada, não age de nenhuma forma deixando o conjunto de acoplamento idêntico aos comuns. Abaixando-se a alavanca, dosa-se os dois níveis de “agarre” da bola para a estabilização. Além da função principal, o sistema emborrachado em todas as posições reprime o contato de metal com metal protegendo a bola e a munheca de desgastes, atritos e até mesmo dispensando a famosa aplicação de graxa. Importante: A graxa é altamente proibida neste dispositivo, já que tiraria totalmente a função de atrito. (OBS – O uso de graxa nas munhecas comuns, é defendida por alguns usuários, apesar de não ser recomendado)

NA ESTRADA: Não fizemos nenhum teste de laboratório. Não precisou. Possuímos um conjunto bastante estável para pêndulos. Uma Mitsubishi Pajero Sport de mais de 2.000kg que reboca um KG 330 de 1.500kg. O conjunto não entra em pêndulo, mas sofre pequenas oscilações com asfalto irregular, enormes caminhões e ventanias na estrada. Durante uma viagem de 1.100km, fizemos uso de dois sistemas de anti-pêndulo. O primeiro, um sistema americano paralelo ao acoplamento (que será objeto de outro review em breve) fez bem a função de estabilização, mas tirou a ação do freio inercial do trailer. No segundo deslocamento, pudemos testar o sistema AKS em trechos de condições adversas. Neles, toda a oscilação sofrida, era suprimida quando a alavanca do AKS era abaixada.

MANOBRAS: É sempre recomendável que se libere a alavanca do AKS na hora de fazer manobras. O “agarre” neste momento apenas provocaria grande resistência na articulação em um momento em que nenhum perigo de estabilidade pudesse ocorrer. Até mesmo um esforço extra no sistema de engate poderia ocorrer em ângulos desfavoráveis. Até mesmo em trechos em marcha a frente, mas com muitas curvas e pequena velocidade é mais recomendado o alívio do sistema.

CAMPISTAS CONVENCIDOS: Se você é um caravanista que tem convicção de que seu conjunto é estável, lembre-se que nem tudo é o que parece. Basta renovar seu sistema de rodagem, suspensão e freios para ver que seu sistema antigo não era grande coisa. Assim aconteceu quando trocamos nosso antigo sistema de suspensão e freios originais da Karmann Ghia já com seus 27 anos de idade pelos novos da AL-KO. Descobrimos que praticamente não tínhamos freios e nem suspensão. O mesmo aconteceu quando achávamos que nosso conjunto era suficientemente estável e livre de pêndulo. Realmente pelo carro pesado e o trailer leve e pequeno não chegamos ao pêndulo, mas que há instabilidade sempre há. São grandes caminhões, pistas onduladas, velocidade maior e diversos outros fatores que levam ao balanço do conjunto. Neste quesito o AKS reduziu bastante instabilidades evidentes.

EMBALAGEM: Na caixa do AKS já vem tudo que é necessário para a substituição. A furação é a mesma de toda a linha de munhecas da marca e também coincide com uma enorme gama de marcas similares. Os parafusos mais longos já vêm junto, pois a munheca é mais grossa que as comuns. Também acompanham duas medidas de adaptadores para tubos mais finos de ponta de engate. O Manual de instruções possui também a versão em Português e a montagem é bem simples. É importante atentar para a correta posição da coifa guarda-pó que acompanha o produto e de deixar os pequenos furos para baixo, pois servem para drenar a água que possa entrar no êmbolo do freio. O modelo enviado pela AL-KO foi o AKS 3004 para 3.000kg. Há também o modelo AKS 3504 para 3.500kg que também acompanha um sistema de trava com chave.

PREÇO: Não foi divulgado o preço do AKS no mercado

REVIEW – PRODUTO e Local: Este equipamento foi enviado pela AL-KO que confiou no know-how do MaCamp para testar seus produtos na seção de Reviews. Os testes principais foram feitos na BR-101 entre o Rio Grande do Sul e Paraná e BR-116 entre Curitiba e São Paulo e também na rodovia Rio Santos.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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