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Acervo Karmann Ghia (Manual não Oficial) >> Por Eneias Polini

As lâmpadas do sistema de sinalização de tráfego são comandadas pelo veículo rebocador (ou tracionador) em um circuito independente do circuito elétrico de uso interno. A fiação deste circuito é instalada externamente e fixada sob o assoalho do trailer. A  conexão  elétrica  entre  o  trailer  e  o  veículo  rebocador  é  realizada  através  de conector  de  sete  pinos,  padronizado  de  acordo  com  normas  internacionais (conhecido como Conector de Reboque Tipo 12N12 – usado por 95% dos trailers e reboques). As normas internacionais para a ligação do trailer com o veículo rebocador foram originalmente criadas pelo DIN13 (o padrão de códigos), e depois acatadas pelo ISO14. Portanto, não aceite a desculpa de alguns eletricistas automotivos que afirmam não haver um padrão: existe sim e não é novo. O ideal é que o sistema esteja protegido por fusíveis (o que quase sempre não acontece).

Observações importantes:

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•  Conforme a norma ISO-1724, os trailers mais recentes utilizam todos os sete pinos (pelo menos deveriam).
•  Em reboques mais antigos (notadamente antes de 1999, quando foi atualizada a norma),  há  uma  configuração  de  cinco  fios  através  de  um  conector  de  sete pinos.
o  Nestes casos, excluir a conexão para as luzes da direita (58R) e luzes de neblina (54G) e ligar todas as luzes (de sinalização) conjuntamente no pino de luzes da esquerda (58L).
o  Em  veículos  de  fabricação  alemã  não  é  recomendável  fazer  essa alteração (juntar 58R e 58L na 58L).
•  De acordo com a norma DIN-72552, o pino 54G foi inicialmente destinado ao controle dos freios elétricos nos reboques15.

o  Desde  então,  o  pino  2  (54G)  tem  sido  usada  para  uma  variedade  de outras funções, diferentemente da intenção inicial:
+ 12 V permanente (ligado à bateria do reboque).
Faróis de neblina traseiros.
Luz de marcha a ré.
+ 12 V com bloqueio através da chave de ignição.
No Brasil, como costumeiramente buscamos poupar serviço, tempo e material:
•  Não  é  feita  a  separação  das  luzes  de  sinalização  por  lado  do  reboque (direita/esquerda).
•  Não temos reboques com luzes de neblina (pelo menos nunca vi).
•  Raramente utilizamos o fio de massa (- 12 Volts): deixamos que o próprio engate proporcione essa ligação16.
•  Portanto, quase sempre não utilizamos os pinos 2 (54G), 3 (31) e 5 (58R).
Deveríamos  começar  a  atentar  para  a  padronização  da  ligação  dos  veículos rebocador/rebocado.
12 Para veículos e reboques funcionando em 12 Volts.
13 Deutsches Institut für Normung e.V., ou simplesmente DIN (em português: Instituto Alemão para
Normatização)  com  sede  em  Berlim  é  a  organização  nacional  na  Alemanha  para  padronização,
representante da Organização Internacional para Padronização (ISO) no país.
Conectores DIN são um exemplo de muitos padrões criados pelo DIN que se espalharam para todo o
mundo.  Trilho  DIN  é  outro  grande  exemplo,  muito  utilizado  na  montagem  de  painéis  elétricos,
utilizado para fixação de contatores, disjuntores, etc. Há atualmente cerca de trinta mil padrões DIN,
cobrindo todos os campos tecnológicos. Alguns padrões ISO foram criados a partir de padrões DIN
anteriores, como DIN 476 para tamanhos de papéis, de 1922, que introduziu o tamanho A4, e que foi
adotado como padrão internacional ISO 216 em 1975.
14  A  Organização  Internacional  para  Padronização  (em  inglês:  International  Organization  for
Standardization;  em  francês:  L’Organisation  Internationale  de  Normalisation),  popularmente
conhecida como ISO é uma entidade que congrega os órgãos de padronização/normalização de 170
países.  Fundada  em  23  de  fevereiro  de  1947,  em  Genebra,  na  Suíça,  a  ISO  aprova  normas
internacionais em todos os campos técnicos.
Embora popularmente se acredite que a expressão “ISO” é um acrônimo de “International Standards
Organization”, na realidade originou-se da palavra grega “?s??” (“isos”), que significa igualdade. Evita-
se com isso que a organização possua diferentes acrônimos em diferentes idiomas, já que em inglês
o acrônimo seria IOS (International Organization for Standardization), em francês OIN (Organisation
internationale  de  normalisation),  e  assim  por  diante.  A  escolha  do  nome  “ISSO”  reflete  assim  o
objetivo da organização, ou seja, a padronização entre as diversas culturas.
No Brasil, o órgão signatário para ISO é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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