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Responder a: Expedição Baumeister Patagonia 2016 – MaCamp

#72051
Odair Teixeira
Participante

Previously on Lost…. Dust and Tupperware in the Wind

Passamos a cidade de Neuquén e seguimos em direção a Piedra de Aguila. Já havia anoitecido e o vento forte já estava enchendo o saco. Olhei para o tanque de combustível e vi que se aproximava a reserva. Pensei em parar para abastecer, mas como queria ganhar um pouco mais de chão, resolvi deixar na reserva, para então esvaziar as bombonas de diesel S10 que havia abastecido lá em São Borja. Taí uma tolice que eu fiz. Deveria ter enchido os 60 litros das bombonas reserva e 20 litros de gasolina da bombona reserva do gerador em Santa Rosa ou um pouco antes. Carreguei 80kg de peso extra por milhares de km sem necessidade. Além do que, o gerador gasta muito pouco e um tanque dura quase 20 horas rodando sem parar. Como a noite eu desligava o gerador e ficava só nas baterias, um tanque de 14 litros dava para mais de 2 dias.
Parei o comboio em uma área perto da Usina de Deutério, (quem não sabe o que é Deutério, joga no Google). O Dardo havia me comentado que por ali havia sido instalada a planta para produção de água pesada. Como estava escuro, não consegui ver nada, principalmente pela poeira que o vento levantava. A Wig foi descer da Hilux e o vento levou o Tuperware vazio dos lanchinhos. O serviço de catering vai ter que se adaptar, e os passageiros e tripulantes vão ter que se contentar com os serviço low cost low fare, com barrinhas e bolachinhas.
Enquanto esvaziava as bombonas no tanque da Hilux, lembrei da historia do Dardo arrumando o tanque de agua do Guanaco com vento jogando areia nos olhos.
Eu havia pensado em levar uma pequena bomba para fazer a transferência de combustível, mas achei melhor não levar, já que as bombonas tinham um bico rosqueável para facilitar a transferência. Mas fazer a transferência de 1 bombona de 20 litros em casa, na garagem, sem vento, sem areia, sem carretas passando com luz de sobra é uma coisa. Fazer a transferência de 3 bombonas com vento patagônico, areia, no escuro é outra coisa.
Terminado o perrengue da transferência, seguimos viagem mirando chegar em Piedra del Aguila. Mas já estava ficando tarde e em conversa telefônica com o Dardo (conversamos muito durante a viagem, já que tinha que torrar os minutos comprados do chip Claro Argentino) achei melhor parar logo depois, afinal, o trecho de Piedra del Aguila para frente consistia numa mudança radical do visual, e fazendo isto durante a noite, perderia a chance de ver uma paisagem muito linda.

Resolvemos parar numa Estacion de Servicio 24h YPF na cidade com o nome mais lindo do trecho: PICUN LEUFU, logo esta que eu zoei a viagem toda. A Wig não conseguia guardar o nome da cidade e indiquei uma associação PICÃO TEUFURO. Pronto, ninguém esquece mais.

Abasteci, conversei com o frentista que me recomendou estacionar ao lado do posto, em um estacionamento reservado, protegido do vento. Neste dia o cansaço pegou. Já era 11 da noite e pedi pra Wig preparar uma jantinha especial. Tomei algumas AMSTEL, jantamos, tomamos um banho e cama!
Na manhã seguinte acordaríamos cedinho para a última perna, mirando Villa La Angostura e encontrar nossos amigos.

Na manhã seguinte antes de zarpar, tirei esta foto do comboio

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