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Não resistimos e estacionamos o motor-home a beira-mar. Queria muito tomar um banho de mar. Fazia um dia com céu de brigadeiro. Rapidamente fui avisado, por membros de nossa tripulação, de que não tinha a indumentária necessária para o ato em si. Não fez parte do guarda-roupa para esta viagem. Então, tá! Fazer o que?! Decidi ir caminhar pela praia um pouco. E… Uéi! Olhei para praia e não vi areia. Estranho para mim. Lá algumas das praias têm pedrinhas no lugar da areia. Usam algum calçado ou chinelo para se banhar ou caminhar até um local onde curtirá aquela água azul e pegar um sol. Não rolou a caminhada também. Ficamos por ali andando na calçada mesmo, um pouquinho mais, para esticar as pernas. Não demorou muito e surgiu uma visão estonteante, outra e mais outra… Não parou mais. As mulheres, quase sem exceção, de topless. Mas, que tal?! Eu meio que constrangido diante de minha esposa e filha, disfarçadamente dava uma espiada. Lógico! Pois, se fosse uma praia de “sungaless”, certamente, também, fariam o mesmo que eu…hehehehe Sem o menor pudor, as moças, até as mais velhas senhoras, estavam esbanjando-se ao sol. Verdadeira “Fúria de Tetas” ou seria de Titãs… Sei lá…hehehe Pegamos umas pedrinhas para a lembrança, batemos algumas fotos das beldades, e seguimos.
Quanto mais andávamos pela costa em direção a Cannes, verificávamos alguns hábitos e costumes ligeiramente curiosos. Por exemplo, aonde havia alguma faixa de praia com areia, mais próximo da concentração urbana, o local era tomado por vestiários particulares e, também, por guarda-sóis e cadeiras. Todos arrumados como para um desfile militar. Separados por blocos de cores e modelos, distinguiam seus proprietários.
Em Cannes, vimos que ainda restava algum espaço para sofisticação. Os carros, as ruas, os prédios, a arborização, as esculturas, jardins, os cassinos e os hotéis, pareciam “casinha de bonecas”. Pelas ruas, havia alguns enfeites imitando balas gigantes, onde no papel tinha estampado a bandeira de algum país. Para a nossa surpresa, encontramos a do Brasil. Isto quer dizer que começamos a fazer parte de um novo círculo, dentre os países de primeiro mundo. E é fato, notávamos que muitos tentavam falar ou entender o português, geralmente, em lojas ou restaurantes. Claro! Na tentativa de agradar o cliente. É um início importante de mudança da visão dessas pessoas. E sempre que tínhamos oportunidade, frisávamos de que o Brasil era muito mais do que o carnaval. Belo, grande, eclético e afável. Mas, não tolo… Para que se mantivesse além do interesse, o respeito!

 Deusdeth Waltrick Ramos

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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