Na manhã seguinte, teve “sessão descarrego” completa. Sim, inclusive a limpeza do depósito de “água negra”. Todos estavam animados. Aproveitei e os chamei para uma demonstração geral dos trabalhos. Desta vez descobrimos a existência, no banheiro do carro, de um pote com sachezinhos para combater o odor deste depósito. Uma maravilha! Além do líquido usado para o desmanche dos sólidos. Esses saches são o complemento da manutenção, com certeza… Pronto! Mais ou menos uns trinta minutos depois, já estávamos no centro de Florença novamente para completar nosso passeio. Fomos basicamente visitar a Basílica Santa Maria Del Fiore ou Duomo, pela beleza arquitetônica. Toda recoberta em mármore verde, rosa e branco. E depois a basílica Santa Croce onde estão sepultados vários renomados como: Rossini, Michelangelo, Ghibert, Machiavelli, Dante e Galileo. Inclusive guarda uma preservada veste de São Francisco de Assis. Ao se caminhar por aquelas ruas, a cada esquina encontravam-se obras de arte ou casas que foram moradias de alguns gênios da humanidade. Também as vitrines de lojas de grifes famosas ou de confeitarias com obras de arte em chocolate. Assim podíamos ir curtindo na pernada, sem reclamações de cansaço. Pois, desta vez, tínhamos estacionado o carro longe do centro, por falta de local adequado. Íamos passando por aquelas ruas estreitas que pareciam túneis, ladeadas por casarões antigos e históricos, que quase nos remetiam à sensação de estar vivendo na idade média, não fosse aquele mar de gente ao nosso redor por onde andávamos. Era tanta gente falando tantos idiomas diferentes que parecia um zunido só. De vez em quando não se escapava de ouvir também um ou outro brasileiro falando. O curioso é que quando nós brasileiros nos encontramos no estrangeiro, eventualmente, evitamos demonstrar que notamos a presença um do outro. Toda aquela brasilidade receptiva, expansiva e simpática some, simplesmente. Ficamos soberbos, subimos no salto. Talvez pensando em o que faz uma criatura dessas por aqui?! Não sei dizer se isso também ocorre com os outros povos. Mas, enfim. Vamos seguir o passeio. Estamos atrasados e temos que achar o caminho a Roma com ou sem boca… Para darmos conta do nosso roteiro.
Deusdeth Waltrick Ramos