Liberdade de Fazer Turismo e Ser Turista
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Em artigo escrito especialmente ao jornal da Fethesp, cuja edição se deu voltada ao campismo, o Portal MaCamp buscou defender o campismo como forma livre de turismo onde o indivíduo pode ingressar na prática sem a dependência de pacotes, reservas e agências. Ele é dono de seu roteiro.
Um país tropical de dimensões continentais com mais de 9.000km de litoral, diversos ecossistemas e diferentes climas. Este é o potencial do Brasil para o campismo. Forma de turismo de alto grau de contato com a natureza que permite que o indivíduo possa ser inserido com maior facilidade no turismo e ainda possa atingir lugares aonde outras formas de hospedagem não chegam.

O campismo pode ser uma forma barata de se fazer turismo, mas Não necessariamente e nem sempre. O estilo de vida como qualquer hobby pode tornar até mais cara forma de viajar, porém com tanto prazer no seu uso que acaba sendo predileto. Há barracas de R$ 50,00 e de R$ 6.000,00. Ambas representam a casa… o abrigo… o lar levado a qualquer lugar. Seus proprietários quando vizinhos se tornam grandes amigos. Aprendem uns com os outros. Compartilham. Suas crianças são criadas de forma livre aprendendo a respeitar a natureza, o próximo e seus domínios sem que sejam necessários muros ou cercas para isso.

O turista aspirante pode aprender a ser livre de agências, pacotes ou excursões. Com baixo custo dos seus primeiros itens de camping poderá escolher seu destino, planejar seus passeios e quase sempre estar livre das reservas antecipadas. Conta com seus vizinhos para obter as dicas dos melhores passeios e de como chegar e quem procurar. Pode preparar seu próprio alimento seguindo seus rituais e dietas de saúde. A qualquer momento que desejar, poderá consumir absolutamente tudo o que um turista considerado “normal” consome. Se estiver bom pode ficar mais tempo. Se estiver ruim, segue viagem e busca outras paragens.

Campismo é algo que entra na alma. Não importa se em turismo familiar ou de aventura. Talvez a única forma de abrigo em expedições a pé se torna também a forma de descanso, proteção, pouso e também de contemplação da natureza vista de dentro de seu porto seguro: sua casa, inserida no contexto.

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Montanhismo, escalada, ou simplesmente esportes de aventura levam o campismo no seu íntimo como forma de pouso e mesmo sendo algo secundário ao propósito da prática, acaba por seguir os mesmos rituais de montagem, equipamentos e técnicas de manuseio.

O campismo familiar também está muito presente no cenário turístico brasileiro desde os anos 1960. Por falta de equipamentos turísticos ou não, este teve seu ápice nos anos 1970 e 1980 tendo decaído nas próximas duas décadas por diversos motivos. Atualmente este formato novamente ganha crescimento em suas duas formas principais: Campismo nômade (Barracas) e Carvanismo (Trailers, Motor Homes, Campers e Carretas-barraca). O primeiro em ampla maioria.

O Brasil possui inúmeros parques Nacionais, Estaduais, Naturais e Municipais. Cada um poderia possuir uma área básica para camping com banheiros e delimitação. Tal forma de hospedagem pouparia diversas tentativas de desmatamentos e tantas ocorrências de construções que levam a eternos e infindáveis processos de remoção ou regulamentação.

A quem deseja ingressar no campismo não deve ter medos nem preconceitos. Assim como qualquer esporte, há equipamentos bons e ruins de preços bem diferentes. A barraca sem dúvida é o principal. Vale uma boa pesquisa, escolha e um pequeno teste dentro de casa para conferir se está completa e como será seu espaço. Acessórios complementares fazem parte folcloricamente da tralha, como saco de dormir, colchonete, lanterna, fogareiro e lonas extras. Lembre-se dos itens de higiene pessoal, primeiros socorros, papel higiênico, roupas e calçados, toalha, comidas, sal, açúcar, repelente e protetor solar. Leve muita água e dose seus alimentos. Não esqueça pratos, talheres e panelas. Sacos de lixo também são fundamentais. Se for ligado em tecnologia, não esqueça máquina fotográfica, pilhas, memórias e gps. Pesquise bastante e nunca deixe de fazer amizades nos campings e sempre aprender mais.

Escolha seu camping visando o nível de freqüência e a época do ano. Há campings no litoral, na altitude, capitais e interior. Pondere as chuvas que é a maior causa de desistência da vida campista – não por azar, mas sim por despreparo. Para o primeiro acampamento procure campings mais estruturados e não lotados. Descubra o que a natureza reserva em seu íntimo acolhedor.

Acampe! Seja um Campista de Alma.

Marcos Pivari


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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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