O protagonista desse projeto arquitetônico é um antigo moinho de vento, cujas peças estão sendo usadas como estrutura para o assentamento de um camping, na Bélgica.
(matéria de Gabriela Machado – http://style.greenvana.com)
Quem elabora o projeto é o escritório holandês 2012Architecten, que apenas se envolve em ideias engajadas com arquitetura voltada para a sustentabilidade. Uma das premissas é reutilizar, nas criações, materiais que iriam a caminho de ferros-velhos ou incineradoras.
A área natural de 12 hectares onde o camping está sendo elaborado é propriedade da Fundação belga Verbeke, voltada para vivências de cultura e ecologia em meio à natureza. Três pás do moinho serão alinhadas, abrindo caminho para um espaço coberto por lona. Em uma dessas estruturas, três pequenos dormitórios serão criados. Outra estrutura similar criará um espaço central onde estarão as facilidades do camping.
Peças estruturais do moinho em forma de tubo foram usadas como entradas para os dormitórios. O espaço terá banheiros secos, chuveiros e fogões solares. A equipe responsável estimou que a reutilização das lâminas do moinho evitou a emissão de trinta toneladas de CO2 na atmosfera.
A proposta é que o camping seja autossuficiente. O escritório vê a técnica do reúso como uma estratégia integrada de design chamada de “superuso”. Esse conceito se aplica tanto a projetos de construção civil, como a sistemas de fornecimento de energia, recursos humanos, água, deslocamento e cultivo alimentar.
O 2012Architecten desenvolve estratégias para as cidades criarem sinergia entre diferentes recursos estruturais considerados sem utilidade e o ambiente urbano. Esse conceito é chamado de “recyclicity”, ou algo como“reciclacidade”, em português.