A AUTONOMIA DO MOTORHOME

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Acampar à Seco. A autonomia de um motorhome. Primeiramente temos de ver o que significa acampar à seco… essa expressão é uma tentativa de traduzir dry camping usada pelos americanos quando quarem passar a idéia de um veículo de recreacão estacionado e habitado mas sem contar com nenhum recurso externo ligando-o a uma rede de energia elétrica, de água ou de esgoto… assim, o veículo ali está de forma autônoma… e nestas condicões pode permanecer um certo tempo… Este tempo vai depender de duas coisas básicas. Primeiro, da capacidade de armazenagem, ou de estoque (de energia eletrica, gás, água potável, tanque de esgoto, etc). E segundo, do quão conservadores forem seus ocupantes.
Essa é uma forma muito econômica de se viajar e que nos permite tanto acampar em lugares selvagens, como na beira de uma estrada vicinal, ou em qualquer lugar sem dependermos das facilidades da rede pública de abastecimento ou da estrutura de um camping organizado… Resumindo. Acampar a Seco significa ter água e energia para se permanecer por alguns dias (em alguns casos até semanas) acampados por aih… Podemos dizer que uma autonomia de um ou dois dias é um tanto baixa, uns 5 ou 10 dias seria muito boa, e algo como 15 dias ou mais certamente exigiria mais espaço de armazenagem, muito mais peso para transportar, implicando ainda em gasto de combustivel e um maior investimento inicial.

Ficado evidente então que se deve estimar bem o consumo médio por habitante, para podermos ter uma idéia do tamanho da nossa autonomia… então, neste momento podemos começar a pensar em meios de economizar cada um dos nossos insumos… vamos lá?

Água. Um dos nossos maiores consumos de água é o hábito bem brasileiro do banho diário. Então, nada mais adequado do que ver como poupar neste ítem. Nos navios da Marinha, que também não têm água farta, usa-se um procedimento muito simples: tira-se a roupa, abre-se o chuveiro, molha-se todo o corpo, e fecha-se a água. Feito isso, usamos o xampu e nos ensaboamos. Por fim, nos enxaguamos. Simples. E com a mesma eficiência do banho que tomamos na nossa casa de tijolos. Quer numeros? No banho de marinheiro gasta-se entre 4 e 6 litros de água por homem, e entre 5 e 10 por mulher, enquanto no banho tradicional o consumo gira entre 20 e 50 litros. Uma outra forma de economizar é com as louças… podemos usar pratos e copos descartáveis… e mesmo o que precisa ser lavado pode-se economizar substabcialmente, por exemplo, se no prato que acabou de ser usado passarmos um papel toalha ainda antes que os residuos sequem… isso vai proporcionar menos tempo, mais facilidade, e menos água na limpeza… E mesmo quando o motorhome possui máquina de lavar roupas, podemos acumular a roupa suja e deixarmos para levá-la à lavanderia…
Eletricidade. Duas dicas. É muito importante que a bateria do veículo seja usada exclusivamente para o carro, e jamais –  jamais mesmo – para a casa sob pena de ficarmos em apuros se o fizermos. Em geral não temos uma única bateria para a casa, mas um grupo delas conectadas entre si de forma a aumentar nossa capacidade de armazenamento, e dependendo do tamanho, do consumo, e do espaço disponível de duas a quatro são suficientes.

Mas, quando precisamos recarregar nosso banco de baterias como fazemos? Temos várias alternativas, vamos falar das mais simples e baratas, para as mais complexas e caras.

1.Um jeito fácil é, através de uma chave que conectamos nosso banco de baterias ao alternador do carro, de forma que enquanto viajamos estamos repondo os elétrons gastos.

2.Outra maneira é nos conectarmos por um certo tempo à uma rede elétrica de uma casa ou camping, neste momento, além de fornecer energia para nossa casa-sobre-rodas o fará também para um carregador de baterias abastecendo ao nosso banco de baterias.

3.Também é comum que os motorhomes tenham disponível um pequeno gerador elétrico, que quando for ligado distribuirá energia da mesma forma que uma concessionária.

4.Menos comum, e com custo inicial alto, mas que depois de instalado tem custo zero encontramos os painéis solares fotovoltaicos como os da Kyocera http://www.solarbrasil.com.br. que são ótimos em regiões ensolaradas como em geral é o Brasil, sua desvantagem, além do custo, fica por conta dos dias nublados e chuvosos quando sua capacidade se reduz significantemente.

Assim, dependendo de nossa demanda, do quão conservativos formos, e, evidentemente, do tamanho do nosso bolso podemos optar por um ou outro esquema, não sendo nada incomum iniciar-se apenas com o básico, e gradativamente ir-se acrescentando sistemas mais complexos.