Campistas Ainda Permanecem no Camping de Salvador
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Faltando pouco mais de 15 dias para o prazo de desocupação dado pela prefeitura de Salvador, campistas ainda permanecem no Camping Ecológico de Itapuã. São 23 famílias que não estão dispostas a sair da única área de camping da Capital baiana.
Publicado em diário oficial em 1º de setembro de 2015, o decreto 26.407 estabeleceu o fechamento do camping municipal de Salvador para que a área seja vendida dado seu alto valor comercial. Os campistas fixados ali teriam 60 dias para a total desocupação, o que ainda não aconteceu passados 45.

A Secretaria Municipal da Fazenda, que alegou que o camping estaria sendo utilizado para moradia fixa de uma minoria pretende vender a área e promete aplicar o dinheiro em melhorias na área de saúde. O camping já pertenceu ao CCB no passado, mas atualmente estava sendo gerido pela associação dos próprios campistas residentes ali. Alegam os moradores que a fixação se fez necessária já que o poder público abandonou  a área. Os 72 associados pagam de R$ 300,00 a R$ 400,00 por mês para manter o espaço que também é aberto aos campistas em trânsito na cidade. São pagas despesas como energia, água, funcionários e impostos. Segundo os frequentadores nenhuma contrapartida é dada pela prefeitura.

Para quem visita o camping de barraca ou veículo de recreação é cobrada uma taxa diária de R$ 10,00 a R$ 25,00 para contar com duas baterias de banheiros, lava-louças, cantina, segurança, água e luz, além de cozinha coletiva e acesso direto à praia no estilo “Pé na Areia”.

Enquanto a SEFAZ (Secretaria da Fazenda) alega que foram feitas reuniões de discussão antes do anúncio de despejo, a ACS (Associação de Campistas de Salvador) nega. Já sobre a alegação da prefeitura sobre comercialização de Lotes, a ACS defende que ali apenas se comercializam os equipamentos (trailers e anexos).

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O Portal MaCamp tenta contatos com os representantes do camping sem grande sucesso de retorno, enquanto está questionando a ABRACAMPING se há alguma intenção de apoio à causa. A redação entende que uma área de camping na Capital baiana é de suma importância para o campismo do Brasil e se existir qualquer tipo de domínio particular da área, este deve ser combatido com gestão e não simplesmente suprimir a opção de hospedagem.

Marcos Pivari


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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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