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Não é de hoje que o MaCamp encampa uma iniciativa de boas práticas para caravanistas no uso das vias públicas. Há alguns anos o crescimento da cultura de moradia ou acampamento desordenado de estacionamentos, calçadas, bolsões e locais irregulares é o maior fator responsável pelas proibições que se multiplicam nos municípios brasileiros.  Ontem, ganhou notoriedade na mídia um dos maiores exemplos nacionais do que não deveria acontecer no segmento. O bolsão de estacionamento da orla de Atalaia em Aracaju foi esvaziado neste primeiro de julho diante de agentes da prefeitura e os telejornais, após muitas notificações ignoradas. Gatos na luz, uso de áreas externas e até mesmo uso de pets como segurança foram destaque nos argumentos do município.

A Orla é da capital do Estado do Sergipe. No trecho conhecido como “Havaizinho”, um bolsão de estacionamento público para carros que visitam a praia de Aracaju foi descoberto por caravanistas há muitos anos. Logo os pernoites breves deram lugar às más práticas daqueles que, em viagem, acampam ocupando a área externa, ou também daqueles que resolvem transformar o veículo de recreação e o local de uso público em moradia permanente. Não demora e um “gato” é feito na luz do poste para alimentar o motor home que não possui nem de longe capacidade de se auto alimentar apenas com suas placas solares. A ligação clandestina logo se transforma em um ponto comum de ligação dos demais viajantes que acabam cometendo crime sem nem saber. O cenário já era pauta para muitas discussões, já que haviam veículos cujos ocupantes já “moravam” ali há mais de quatro anos. A água também era usada clandestinamente e o esgoto despejado nas vias pluviais que seguiam “in natura” para o mar ou córregos.

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A Empresa de Serviços Urbanos de Aracaju realizou uma ação de esvaziamento do bolsão de Atalaia com a justificativa de obras de reforma no local. Segundo o representante Bruno Moraes – presidente da Ensurb, o estrago durante as ocupações foi grande principalmente na parte elétrica, onde será reforçada a segurança para evitar novas violações. Não foi preciso reforço policial onde os usuários foram deixando o local tranquilamente. Segundo Bruno, além de viajantes e moradores, haviam trailers e motor homes de moradores da cidade que ali estavam para servi-lo em finais de semana. Uma kombi sequer possuía motor. Ele também reforçou que a ocupação das áreas externas dos RV’s era demasiada, com uso de churrasqueiras e até varais. Contou também que cães eram presos do lado de fora para fazer a “segurança” dos “moradores” que inclusive causaram ocorrências com transeuntes.

Notificações já estavam sendo feitas há meses, mas muitos ocupantes insistiam em ignorá-las. Uma vergonha para a modalidade, o caravanismo como prática perde imensamente com este tipo de repercussão. A importância do turismo itinerante onde o indivíduo leva consigo o seu próprio abrigo fica mal falado pela população em geral, além de sofrer com leis e proibições que aumentam a cada ano. O MaCamp há anos incentiva REGRAS DE BOAS CONDUTAS para que o caravanismo não perca a chance de desfrutar do que lhe é de direito, sem ferir ou alterar o espaço e a tranquilidade de munícipes e comerciantes locais.

Você pode conferir o vídeo na íntegra, cujos frames deste artigo foram retirados.

 

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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