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A unidade do CCB (Camping Clube do Brasil) da Capital do Rio de Janeiro (RJ-10 Recreio dos Bandeirantes) teve hoje a sua parte da entrada demolida. Começando pela Torre tradicional da associação, seguido pela recepção e do prédio da administração, todo um lote que abrange aquela parte do terreno do camping foi, pelo que levantamos, perdido na justiça. Como sempre, os campistas e associados foram pegos de surpresa, pois tais ações judiciais e processos de penhora não chegam ao conhecimento dos usuários até as últimas consequências. Logo pela manhã, tratores, caminhões e funcionários já aguardavam na frente do lote para a desocupação e demolição. O Camping continua aberto e funcionando.

Imagem triste, onde o símbolo dos campings da rede CCB – A Torre de entrada – é derrubada pelo trator.

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Segundo nota da presidência, Uma empresa chamada Fenix haveria arrematado o lote (provavelmente em leilão de penhora), onde o CCB vinha resistindo em juízo. Tentaram embargo e em 6 de junho de 2023 conseguiram um mandado para tomar posse e demolir as instalações. Segundo a nota, ainda prometem ações na justiça, o que acaba se fazendo comum aos demais casos de perdas de outras áreas do CCB.

Segundo levantamentos prévios de informações, a entrada e saída do camping funcionarão pela pista esquerda (antiga saída), pois esta não estaria na área do lote arrematado.

Em grupos de usuários e associados, muitas mensagens de críticas e lamentações, apontando principalmente a falta de transparência da administração em não tornar públicos os casos deste tipo, que apenas vêm a tona depois que o fato já foi consumado. Conversamos com moradores do camping que sequer faziam ideia do que estaria acontecendo: “chega dar uma dor no coração! Imagina o que não vão construir alí?” – disse um campista.

O CCB ainda possui 12 áreas “ativas”, das mais de 70 que já fizeram parte da rede. Aracaju-SE foi a última a fechar no início do ano juntamente com o de Canela-RS. Algumas delas em péssimas condições. Outras ainda se destacam pelas localizações privilegiadas e frequentadas pelos campistas assíduos.

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

9 COMENTÁRIOS

  1. Uma pena essa situação do CCB…
    Não soube se reinventar, apesar de alguns campings ainda serem exemplos.
    Estive no CCB de Setiba, em Guarapari – ES. O camping está super bem cuidado, banheiros limpos, praia maravilhosa.
    Até quando?!

  2. Passei momentos incríveis nesse camping! A colônia de férias era melhor . Muito triste não entender como pode estar acontecendo essa destruição do CCB.

  3. A diretoria do CCB é um câncer, enquanto estiverem lá perderemos mais e mais espaços históricos
    E sobraram as memórias. O CCB por meio de seu estatuto construiu uma blindagem aonde ninguém consegue ser oposição, tudo para manutenção da corja que lá se apresenta. Em meio ao processo de crescimento e expansão do campismo no Brasil, principalmente com período pandemico, o CCB como sempre rema contra e perde seu espaço histórico. Sou apaixonado pelo projeto, porém este ficou em memória pelos seus idealizadores.

    CCB tem solução, só precisa de uma administração seria e que de fato olhe pelo campismo.

  4. A morte lenta do campismo no Brasil já era mais do que sabida.
    Diárias caríssimas devido a elitização dessa atividade, onde camping virou “glamping”, equipamentos com preços nas alturas que afugenta o público fiel e “raiz” que hoje migrou para curtir férias e feriados em chácaras de aluguel ou mesmo abandonando o campismo.
    Enfim, um corpo que agoniza num país onde acampar deveria ser uma atividade democrática, acessível e que alimentaria o turismo de suas localidades de forma gigantesca pois um único camping pode abrigar centenas de pessoas num único dia.
    Infelizmente hoje grande parte dos campista se resumem em pessoas famintas por likes e fotos para suas páginas digitais, não valorizam o local onde estão, não interagem com a cultura local, nenhuma simpatia pelos “vizinhos”. Tudo isso aliado aos preços nas alturas, fechando as portas para que exista interesse de frequentar esse ambiente.
    Antes que alguém venha me julgar aqui dizendo que não entendo do que estou falando sou, ou ainda sou, campista a quase 30 anos e vejo com extrema tristeza o campismo morrendo no Brasil.

  5. A perda não é só dos campistas, é de todos cariocas, pois quem tem a minha idade, sabe que esse camping faz parte da história de nós, CARIOCAS, quantas vezes dormíamos ali, para surfar ao nascer do sol, e muito triste, mesmo sendo Corretor de imóveis, ver, um local histórico, ser refém da ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA, ” CHAMO ISSO, DE COVARDIA.
    SAUDAÇÕES.

  6. Uma pena ver a historia do CCB morrer aos poucos. Quanta coisa boa vivida no Rj.08 que ainda agoniza nesta triste trajetoria ladeira abaixo da Rede . Tão ma administrada . Que mesmo ao caos continua com precos ABSURDOS .

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