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O Campismo sofre pela primeira vez uma Comissão Parlamentar de Inquérito -CPI. A instauração foi protocolada no mês passado por seis vereadores de Avaré-SP que questionaram e denunciaram irregularidades em um encontro de um grupo realizado entre 21 e 24 de setembro de 2023. O camping público municipal foi fechado naquele final de semana para o evento privado, contrariando segundo os denunciantes, as regras básicas que deveriam passar por um processo de licitação. Além do público da cidade não poder acessado o ponto turístico, os valores praticados das diárias teriam sido maiores que do costume tabelado. As oitivas da CPI do Camping podem ser acompanhadas pelo público em geral de forma presencial, ou ainda pelos canais digitais da Câmara. Campistas afirmam também que mesmo em datas posteriores, a portaria do camping também cobrava o valor diferente da tabela.

 

O que dizem os jornais: A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), composta pelos vereadores Tenente Carlos Wagner (Presidente), Marcelo José Ortega (Relator) e Leonardo Pires Ripoli (Membro), está conduzindo uma investigação séria sobre denúncias de irregularidades no Camping Municipal de Avaré. Segundo as acusações, o Secretário Municipal de Turismo, Márcio Danilo dos Santos, teria elevado os preços das diárias para barracas, kombis e motorhomes sem aparente decreto ou autorização legal. Um comunicado afixado na sede da administração do Camping indicava a ausência de autorização para o aumento dos preços. De acordo com informações obtidas no portal oficial da Prefeitura, o Decreto nº 3.471 estabelecia os preços das diárias em valores específicos. Entretanto, durante um evento de um grupo fechado, foi cobrado um valor fixo de R$ 50,00 por diária para todos os equipamentos, em um pacote de R$ 200,00 para os quatro dias do evento. A denúncia ainda alega que os pagamentos dos campistas foram realizados através de transferências PIX para contas bancárias de terceiros, ao invés de serem depositados na conta da prefeitura. Além disso, relatos indicam que 87 campistas efetuaram pagamentos em dinheiro vivo diretamente para uma pessoa específica, em valores diferentes dos estipulados pelo decreto. Outra preocupação levantada na denúncia é a suposta discriminação enfrentada pelos campistas de Avaré, que teriam restrições para usufruir do Camping Municipal. Um print de uma mensagem em um grupo  mostra que apenas aqueles que adquiriram o pacote de quatro dias tiveram acesso a um show realizado na sede do camping, espaço público. Estes elementos levantados indicam uma possível parceria entre a Prefeitura de Avaré, através da Secretaria Municipal de Turismo, e uma empresa promotora de eventos, aparentemente sem a realização de processo licitatório, concessão ou autorização para explorar o espaço do Camping Municipal. Há também a suspeita de que terceiros possam ter recebido os pagamentos dos campistas em suas contas bancárias, o que levanta a possibilidade de caixa dois. A CPI segue investigando minuciosamente todas as denúncias para esclarecer os fatos e garantir a transparência e a legalidade na gestão pública do município de Avaré.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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