Na semana passada, um estrangeiro que acampava no Parque de Campismo de Monsanto em Lisboa-Portugal, viu um jovem saindo de sua barraca com algo na mão. Ele percebeu que haviam furtado uma extensão elétrica de dez metros, um adaptador do sistema elétrico europeu para o americano e ainda uma pequena extensão transformadora de energia trifásica para monofásica. Desconfiando que fosse o mesmo rapaz que tinha visto pouco antes, foi até a barraca dele e constatou que o suspeito estava ligando seus equipamentos, momento em que decidiu confrontá-lo. O jovem então sacou uma arma que carregava na cintura e o ameaçou. A vítima fugiu e procurou a portaria para denunciar o ocorrido. A Polícia foi acionada.
Os agentes foram até a barraca do suspeito e, adotando todas as medidas de segurança, ordenaram que ele saísse, já que havia fortes indícios de que estivesse armado. A ordem foi obedecida. Durante a revista, encontraram a arma escondida na cintura, debaixo das roupas. Apesar de ter aparência e peso semelhantes a uma arma de fogo utilizada pelas forças de segurança, tratava-se de uma arma de ar comprimido. Com a autorização do suspeito, foi feita uma busca na barraca, onde foram localizados, além do material elétrico furtado que já estava em uso, duas botijas de gás, recargas de munições para a arma de ar comprimido, 90 porções de haxixe e 830 euros em notas de baixo valor.
Segundo a polícia, tudo indica que o jovem, de 22 anos, havia montado a barraca no camping para vender drogas aos frequentadores, aproveitando-se da sensação de segurança e da proximidade de potenciais clientes, sem que precisassem sair do local para se abastecer. Ele foi preso em flagrante, apresentado à Justiça em audiência de custódia e ficou sujeito a Termo de Compromisso de Identidade e Residência, além de estar proibido de frequentar o Parque de Campismo de Monsanto e a região de Benfica.