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Campismo não é só lazer

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  • #45677
    Pelagio
    Participante

    Pessoal, estou aqui em Portugal com um olhar atento ao campismo europeu. Porisso faço essa afirmação. Turismo é indústria, como tal necessita de investimentos do Estado na infra estrutura. Qualquer cidade importante por aqui tem pelo menos um camping (com classificação por estrelas atribuída pelo Estado) e estacionamentos alternativos para RV, eu disse E, tem os dois ou mais. Já não é mais verão, e ainda vemos centenas de RV rodando por aqui. Portanto reafirmo minha convicção de que o Estado tem que proporcionar esta infra estrutura além de todas as outras. Aqui na Europa é um compromisso da comunidade européia.

    #54542
    Ronald Ataulo
    Participante

    Pelagio, infelizmente estamos anos luz atrasados em tudo aqui no Brasil, seja na educação, saúde, segurança, infraestrutura e tudo mais.. Tire fotos e poste aqui para nós apreciarmos…

    #54563

    Eu ainda me mando dessa pocilga! Vou morar na Europa

    #54565
    Junior ABC
    Participante

    aqui não têm o básico como o Ronald disse, lazer é luxo!

    #54571

    Grenn…. vc tá falando do campismo ou do teu time do coração??? hahaha

    #54670
    Pelagio
    Participante

    Eu acho que nos faltam convicções e participação política, temos que chutar as canelas e cuidar dos nossos interesses.

    #54617
    Edintruder
    Participante

    Amigos, se queremos mudanças, elas devem partir das partes interessadas. Eu sou antigo em campismo, mas nunca fui um exemplo de dedicação. Eu hoje procuro fugir da bagunça das cidades com conforto, segurança, comodidade e ECONOMIA. A questão é o que podemos fazer para contribuir? O que nos falta exatamente? Divulgação? Popularização? Redução de impostos para trailers e equipamentos associados? Obrigatoriedade de campins em regiões turísticas? Pedágios mais baratos? Sempre podemos contribuir de alguma forma, se pudermos apontar cirurgicamente o que pode beneficiar o campismo, basta catar algum político interessado nos nossos votos…

    #54627
    leandrovaranda
    Participante

    Tocou num ponto interessante. As empresas de campings (sim, o camping é uma empresa de hospedagem, assim como uma pousada) tiveram seu lucro reduzido na época que ficou proibido tracionar um trailer sem uma carteira de habilitação na categoria E ou na categoria D se tivesse um motor-home. Com isso tiveram que diminuir o investimento em melhorias e propaganda (imagine que, quando não existia internet, as divulgações eram exclusivamente por televisão, rádio, revistas, etc., para ser achado em todo o Brasil não era fácil), sem investimentos as estruturas deterioraram, que gerou mais perda de clientes. Acrescente a isso o fato dessa geração preferir um jogo no pc a uma aventura real e temos um mercado desmotivado, sem incentivos. No meu entender para a engrenagem da economia desse setor voltar a girar, o camping precisa ser atrativo para mais pessoas, gerando mais renda e mais investimentos nos campings, que voltariam a fazer mais propaganda e incentivar o espírito aventureiro das pessoas, já que, o camping não é somente uma forma barata de viajar (considerando o uso de barracas), mas sim uma forma mais prazerosa de fujir do estresse do dia a dia. Seria cíclico, mais pessoas, mais divulgação, custos mais diluídos, promoções, divulgação boca a boca, mais pessoas. Como a maioria das pessoas não quer abrir mão do conforto, a primeira coisa que procuram é um trailer ou um motor-home e de cara se deparam com preços assustadores, impossíveis para a maioria. Mas então o que poderia ser feito? Talvez alguma política de incentivo a campings que preservem a natureza, oferecendo desconto em taxas e impostos. De alguma forma tornar atrativo para um empreendedor querer ir para este tipo de negócio e, os que já existem, não fecharem as portas (porteiras). Assim como alguma política de desoneração do custo de um veículo de recreação, para chegarmos em preços razoáveis a classe média. Temos um ministério só para cuidar do turismo, alguma medida já deveria ter sido tomada para fomentar esse tipo de recreação e acabar com esse PRÉconceito ruim dos que acham que acampar é ser privado de conforto.[hr] Desculpem se ficou longo o texto, empolguei um pouco depois do debate eleitoral de ontem :P

    #54603
    ricardo holland
    Participante

    Acho que precisamos abordar tb. os altos impostos e a ganancia dos produtores de RVs, que fecharam as importações para vislumbrar estratosféricos lucros, sem estes veículos nunca teremos uma estrutura de acordo nos campings, que cada vez mais destinam as áreas as barracas,

    #54610
    Edintruder
    Participante

    Leandro, gostei da tua explanação, mas podemos começar uma divulgação em programas de TV. Podemos enviar vários e-mails para o Auto-esporte, por exemplo, Fantástico e etc, sugerindo reportagem sobre esse estilo de vida que “está se popularizando no Brasil” e que lá fora é comum. Se conseguirmos mobilizar bastante gente, com certeza a matéria vai ao ar. Daí é tentar repetir o feito em vários canais para a coisa dar o segundo passo. O mais difícil o Marcos Já fez, que é abrir esse belo canal de integração. Querem apostar que se uma matéria vai ao ar apresentando os amigos aqui do fórum a procura por trailers aumentará? Isso é que faz o mercado, basta darmos um empurrão para a mídia olhar para os campistas. Ricardo, partilho das tuas ponderações aos valores, porém basta pesquisarmos sobre as marcas de acessórios para camping, como Nautica, Trilhas e rumos, Mor e outras, qualquer produto é muito caro. Uma barraca aqui no Brasil que custa R$300,00, nos free shops de fronteira custam R$80,00! É difícil abrir um mercado competitivo pagando impostos abusivos, aluguéis exorbitantes e burocracia ímpar. Daí com uma procura esparsa, esse material fica muito direcionado da classe média-alta para cima. A opção da importação que poderia viabilizar, se torna tão cara quanto o produto já importado. Experimenta tentar comprar no e-bay qualquer equipamento para um trailer, daí pesquisa o similar no Brasil e descobre-se que o frete e os impostos geram um ônus de 180% ao preço do produto, não compensando mais a importação… Acho que são tantas dificuldades que se tentarmos mobilizar algo, os primeiros resultados positivos aparecerão daqui há 5 anos pelo menos.

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