Representação e estatísticas sobre o campismo.
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24 de julho de 2014 às 17:01 #45603Marcos PivariMestre
Olá campistas. Vimos abordar aqui um tema bastante polêmico sobre estatísticas do campismo e o único órgão representativo que temos que em nossa opinião não representa o CAMPISMO, mas sim apenas um subsetor deste que é o CARAVANISMO. A reportagem do link abaixo demonstra bem este tema principalmente em dois assuntos chave: Estatísticas do número de campings do Brasil e sobre cadastros envolvendo órgãos governamentais que nem mesmo fazem um bom trabalho no turismo em geral… quanto mais para o campismo. http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2014/07/1490107-confira-dicas-para-acampar-e-evite-ficar-como-os-turistas-latinos-na-copa.shtml Através de uma saudável discussão neste tópico pretendemos embasar um futuro artigo sobre o assunto no Portal MaCamp.
Sobre os dois assuntos já iniciamos alguns comentários: 1- ESTATÍSTICAS: infelizmente não existem estatísticas (nem precisas e nem oficiais) sobre o tema. Infelizmente também todas as reportagens procuram apenas a ABRACAMPING para colher tais informações. A reportagem demonstra que a ABRACAMPING apenas considera “camping” os que recebem os trailers, motor homes e outros RV’s e ao nosso ver esta consideração descarta aqueles que não possuem básica infraestrutura para tal. O Portal MaCamp lista hoje mais de 2400 áreas de camping e mesmo que descartemos as possíveis áreas já extintas, será muito maior do que os míseros 400 campings que a associação declara. Julgamos que a ABRACAMPING deveria ser rebatizada para ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CARAVANISMO, já que parece ignorar o setor do “barraquismo” que aqui chamamos de “campismo nômade”, já que a grande maioria dos campistas do país se configuram com o uso de barracas como equipamento principal de abrigo. Haja vista que tanto “sede” quanto seu presidente se trata de uma fábricante de motor homes e seus diretores são caravanistas. Dos alguns movimentos feitos pelo setor, arriscamos dizer que 100% deles incluem o caravanismo e muito pouco inclui reais focos no barraquismo. Infelizmente nunca um ministério, secretaria ou mídia entrou em contato com o MaCamp para colher dados ou iformações sobre campismo. 2- Cadastro da EMBRATUR. Movimento para buscar a regularização do setor que ao nosso ver só trouxe algo negativo, pois após anos de implantação apenas 36 campings foram cadastrados pelos proprietários e arriscamos apontar alguns erros: a) Julgamos que o governo é que teria que ir atrás dos campings e não simplesmente solicitar em forma de nota (quase que invisível) tal cadastro. b) Possível não-cadastramento intencional, já que existiriam regras duras sobre a estrutura em que muitos não conseguiriam cumprir, além de obrigar tal estabelecimento cumprir burocracias inviáveis para tal, como CNPJ, cadastros municipais e outros. c) Falta de acesso à informação. Prova de nossa reprovação de tal ação se dá pela primeira experiência em menos de um ano daquele cadastramento: – Um camping de Minas Gerais que leu as condições mínimas apresentadas pelo movimento e que de todas apenas realizou uma: [A cobrança por equipamento além da diária] Ocorre que tais interesses feitos pelos caravanistas (que utilizam muito mais da estrutura do camping) acabou por fazer o proprietário do estabelecimento acreditar que a barraca também deveria ser cobrada e no mesmo valos da diária pessoal. Nossa vivência neste camping foi acamparmos em uma barraca iglu onde não havia ninguém para nos receber e por informação externa do camping poderíamos nos instalar pois não haveria atendente no horário. Tivemos que descobrir aonde ficava o disjuntor para acender as luzes a área e os banheiros e descobrir que apenas um havia banho quente (com apenas um chuveiro, sanitário e pia). Apenas no último dia pudemos conhecer o proprietário que nos presenteou com a cobrança de mais uma diária com a explicação de que tal cadastro da Embratur fizera a recomendação. Pagamos e fomos embora. Por último temos que colocar que na lista apresentada na reportagem sobre campings cadastrados da embratur, o citado camping não se encontra. O Portal MaCamp lamenta que tanto trabalho de pesquisa e fomento do campismo não possa ser valorizado e sequer procurado pelos que buscam alguma melhoria ou simplesmente “fazer parecer” algum interesse real. Devemos também pensar em melhorar o campismo brasileiro dentro da realidade em que vivemos ao invés de buscarmos idealizar o que existe lá fora. Na reportagem da Folha de São Paulo existe a afirmação de Jair Galvão, Coordenador do ministério de turismo cujo teor além de vazio (afirma que “não faltam campings) ainda atesta a própria incompetência do órgão, já que afirma a “falta organização” que parte do próprio ministério em ignorar o número de campistas no país. O MACAMP ESCLARECE QUE ESTE NÃO É APENAS UMA CRÍTICA DE INTERESSE BARRAQUISTA, POIS ALÉM DE BARRAQUISTAS SOMOS TAMBÉM CARAVANISTAS (TRAILER) MaCamp Campismo24 de julho de 2014 às 17:47 #52578Ronald AtauloParticipantePivari, penso que ficar aguardando a movimentação de orgãos governamentais é um equivoco. A iniciativa privada organizada tem um poder muito grande. Você tem razão quando diz que a ABRACAMPING tem uma queda pelo caravanismo, até mesmo pelo fato dos envolvidos todos serem do segmento caravanista. Ficar esperando que haja alguma mudança neste senário, tanto da ABRACAMPING quanto do governo, é uma ilusão. É necessário que pessoas empreendedoras e motivadas, liderem os movimentos, como você se propos a fazer com o início desta discussão, e coloquem em prática os desejos dos campistas que você sabe bem quais são. Por vezes o SEBRAE pode ser envolvido para ajudar na mediação. Me recordo quando procurei o SEBRAE para falar sobre o turismo Off-Road e fui muito bem atendido. Não coloquei para frente pois a região da baixada santista, onde moro, não possui este segmento como produto turistico. Existe outra vertente que são as lojas que vendem artigos campistas, por exemplo a DECATLHON. Elas tem interesse direto na venda de artigos, podem ajudar muito em apresentar estatísiticas de venda de artigos, podem divulgar material de apoio, enfim, a iniciativa privada deve envolvida. Basta um líder!!! Acho que este líder é você Pivari…….kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
24 de julho de 2014 às 17:49 #52579PelagioParticipanteUma das vertentes a explorar com vistas ao incremento do campismo, seria a recepção ao campista estrangeiro. A Embratur poderia ser chamada a incentivar a prática, fazendo campanhas publicitárias, mostrando o potencial do país. Mas não basta a propaganda, a Secretaria Nacional dos Portos deveria trabalhar arduamente para agilizar o despacho dos veículos de recreação desses campistas. Porque não ir buscar a expertise dos portos de Montevideo e Buenos Aires, que liberam os Motorhomes em 3 dias ? Porque no Brasil tem que demorar 30 dias ? A realidade de hoje é que esses veículos não chegam aqui, ficam por lá. Com esses carros rodando por aqui poderia haver o efeito da multiplicação interna, veículos tão belos atrairiam o olhar do brasileiro e poderia gerar uma cadeia produtiva com a multiplicação da indústria do camping. Aí entra o Ministério da Fazenda com a desoneração do processo produtivo. O que falta é um compromisso do governo e arregaçar as mangas.
24 de julho de 2014 às 17:52 #52580Ronald AtauloParticipantePelagio, mais uma vez!! Não acredito que devemos esperar mudanças principalmente vindo do governo. É a iniciativa privada que deve se mobilizar, apresentando os campings existentes, criando catálogo do setor, catálogo de produtos, enfim…deve ser mostrado o que já existe, de forma bonita, com uma agencia de publicidade criando o material correto. Somente depois que conseguir organizar o que já temos é que conseguiremos melhorias e incrementos, principalmente comparados ao exterior.
24 de julho de 2014 às 17:57 #52581PelagioParticipanteEu acho que nossas opiniões são complementares, nessa terra brasilis tem que ter política de governo. Aqui a iniciativa privada é essencialmente lobista, veja o que as indústrias de veículos de recreação fazem no DENATRAM, deitam, rolam e sapateiam nas nossas cabeças, aprovando portarias por puro interesse próprio e criando seus monopólios. Um líder é essencial, mas não acredito no empreendedorismo tupiniquim.
24 de julho de 2014 às 18:03 #52582Ronald AtauloParticipanteEu acredito e muito no empreendedorismo brasileiro, embora as pessoas falem de crise, você viu como estaca Campos do Jordão, não cabia mais nenhum carro naquela cidade. E depois as pessoas estão sem dinheiro? Que nada!! O setor de campismo tem um grande potencial e os produtos estão aí, basta ser organizado e apresentado para as pessoas…. com certeza terá cliente para consumir 100% de tudo que for apresentado. Aí depois entra a lei da oferta e da procura, se os empreendedores perceberem que a demanda cresceu, com certeza surgirão novos empreendimentos (diga-se campings).
24 de julho de 2014 às 18:08 #52583PelagioParticipanteO empreendedorismo tupiniquim não está interessado em camping, como todos nós estamos cansados de saber. Mas se o governo abrir uma portinha com possibilidade de incentivo e desoneração fiscal, é bem possível que alguns se interessem em empreender nessa área. Acho uma campanha publicitária nos moldes que você se referiu bem válida e urgente, visando até as olimpíadas, para não passarmos outro vexame como o da copa.
24 de julho de 2014 às 18:15 #52584Ronald AtauloParticipanteQuando eu me refiro ao empreendedor brasileiro, estou me referindo justamente aos proprietários de campings, proprietários de lojas de artigos campistas, proprietários de fabricas de veículos de recreação, enfim… Estou conversando bastante com o Alisson, proprietário da Apolo Trailer e percebo que suas ações de marketing ainda são irrisórias, não atingem o grande público, principalmente um estado como o de São Paulo ou Rio de Janeiro que possui grande massa de clientes potenciais. Esta campanha de marketing que você concorda comigo ser muito importante, na minha opinião só sai do papel se for conduzida pelos empresários do setor, caso contrário….. difícil!!! Patrocinadores podem ser envolvidos nesta campanha como a Petrobrás, Decatlhon, fabricantes de produtos, enfim!!! [hr] Veja que curioso que a ABETA (www.abeta.tur.br) dentre as modalidades do ecoturismo e turismo de aventura, não possui o campismo como segmento. Já participei de reuniões sobre o turismo off-road na ABETA, por qual motivo será que o camping não esta ali dentro, apresentando as empresas do setor?
24 de julho de 2014 às 18:27 #52585PelagioParticipanteAcho que esse gancho do vexame da copa e preparação para as olimpíadas pode render frutos na imprensa.
24 de julho de 2014 às 18:31 #52586Marcos PivariMestreInteressante suas visões. O Ronald cita com sabedoria o emprendedorismo…. mas isto infelizmente fica em segundo plano, pois não dá para o MaCamp investir nisso já que é um trabalho quase que voluntário. Não podemos largar nosso “ganha-pão” para lutar por algo tão dificil. Infelizmente o próprio exemplo de loja que citou nunca se interessou sequer respondendo nossas inúmeras propostas enviadas. Campings então… em mais de 1.000 campings procurados nenhum respondeu….. e tanto que já ouvimos que “seus próprios sites” já bastam. Afinal… é gratis e é pra eles que o guia aponta…. nem sabem das estatísticas. Pelágio também coloca sabiamente que o governo não se interessa por isso…… e talvez para outros interesses. Apenas quando temos lastimáveis ocorrências como no caso da copa, vêm a público fingir alguma intenção, mas sequer fazem a lição de casa e soltam um monte de besteiras. leiam artigo abaixo: https://macamp.com.br/?p=1124 Legal pessoal…. vamos debater muito mais esta idéia. Ao menos um bom artigo no site irá render e que poderá servir para quando alguém se interessar em algo sobre o tema… mesmo que demore.
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