Uma pesquisa envolvendo o mundo da pesca e camping de Goiás detectou variações e aumentos nos produtos relacionados com as férias. Confira:
Artigo publicado em www.goiasagora.go.gov.br
Julho é mês de férias e muitos consumidores vão aproveitar a temporada do Araguaia, ou outros destinos do Estado. Para garantir economia e bem-estar, quem for acampar deve organizar adequadamente suas “tralhas”, bem como os produtos de primeiros socorros necessários para manter a saúde e proteção, além de ter que se preocupar também com a saúde do bolso. De acordo com o levantamento do Procon Goiás, esses produtos estão, em média, 11,5% mais caros se comparados com o mesmo período do ano passado.
Para ajudar o consumidor a economizar, o Procon pesquisou os preços de 95 itens, desde o dia 29 de junho até o dia 4 de julho, em 13 lojas especializadas na venda desses produtos, além de ter preparado uma série de orientações.
Aumento médio anual chega a 11,50%
Considerando os produtos idênticos que tiveram os preços pesquisados tanto o ano passado quanto esse ano (2015 e 2016), o aumento médio anual apurado pelo Procon Goiás foi de 11,50%. No entanto, considerando o aumento individual de alguns produtos, houve registro de até 34,20% de aumento.
A caixa de anzol 5/0 MS com 100 unidades (Ref. 4330), por exemplo, era vendida em julho de 2015 por um preço médio de R$ 16,49 e atualmente está custando, em média, R$ 22,13. Aumento de 34,20%.
Outro produto com aumento considerável foi a linha de anzol de 120 metros, 0,50 mm, da marca Araty, que passou de R$ 9,31 no ano passado, para R$ 11,48 neste ano. Elevação de 23,33%.
A barraca Coleman para três pessoas (LX3 – 3,8 kg) também está entre os produtos com aumento superior à média anual. Em julho de 2015 era vendida a R$ 276,24, agora está sendo comercializada num valor médio de R$ 316,65, ou seja, aumento de 14,63% de um ano para o outro.
Outros aumentos:
12,83% – colchão casal inflável com bomba – Mor – 1,91 x 1,37 x 22 cm, passando de R$ 82,95 para R$ 93,59;
1,41% – repelente loção – Off – 200 ml, passando de R$ 26,97 para R$ 27,35;
11,49% – molinete sports – Prisma – 2000 / 5 rol, custava em média R$ 70,60 no ano passado e atualmente está sendo vendido a R$ 78,71.
Algumas variações entre menor e maior preço
Para a apuração dos percentuais de variações entre menor e maior preço são priorizados os produtos idênticos, ou seja, mesma marca e modelo. Isso é necessário para que seja demonstrada ao consumidor a variação de preços real entre o mesmo tipo de produto. No caso de alguns produtos, como as barracas, mesmo se tratando da mesma marca e mesma quantidade de pessoas, há variados tipos de modelos.
A maior variação de preço verificada pela equipe de pesquisa do Procon foi do colchão multiuso de solteiro, inflável, com bomba, da marca Náutica, tamanho, 1,87 x 0,77 x 23 cm. De um comércio para o outro pode aumentar até 142,07%. Os preços encontrados estão entre R$ 59,90 a R$ 145,00. O repelente spray – Off – 200 ml, foi encontrado ao menor preço a R$ 19,90 e o maior a R$ 34,00, variação de 70,85%. A caixa de anzol – 6 MS – Caixa com 100 unidades (Ref 4330) teve oscilação de preços entre R$ 5,40 a R$ 9,50, ou seja, variação de 75,93%.
Outras variações de preços:
123,43% – linha 100 metros – Araty – 0,70 mm. Menor preço a R$ 8,28 e maior preço a R$ 18,50;
107,83% – vara para carretilha evolution – C 701 – MH 20-40 – 2,13 m. Encontrada ao menor preço de R$ 134,15 e o maior a R$ 278,80;
80,90% – molinete Dawa – Sweepfire – 2500 / 2 rol – menor preço a R$ 110,50 e maior preço a R$ 199,90;
144,19% – caixa térmica – Coleman – 28 lt – menor preço a R$ 129,00 e maior preço a R$ 315,00;
20,37% – colete salva vidas – camuflado – 110 kg. Menor preço a R$ 54,00 e maior preço a R$ 65,00.
Atenção aos itens essenciais
O objetivo do órgão de defesa do consumidor é orientar quanto o preço dos produtos para garantir economia e contribuir na garantia de conforto e segurança de quem vai aproveitar o mês para sair de viagem aos destinos mais procurados nessa época do ano: o Rio Araguaia. Por isso procuramos o auxílio dos gerentes de empresas do ramo de camping e pesca e, também, da assessoria de comunicação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás para elaborar um check list com alguns dos itens que não devem faltar na mala. Além de redigir uma série de orientações para a prática de camping e pesca visando a segurança e o bem-estar dos consumidores.
Fazem parte do check list os seguintes itens:
-lanterna;
-repelente para o dia todo;
-camisa branca de manga longa para pescar durante o dia e se proteger do sol;
-protetor solar;
-barraca de qualidade e que comporte um número maior de pessoas que o planejado;
Caso decidam sair para pescar durante a noite, escolham um local próximo ao acampamento, lembrando que é essencial que seja correnteza acima, porque havendo problema técnico na embarcação, poderão retornar ao acampamento utilizando os remos;
São essenciais equipamentos de primeiros socorros e medicamentos de emergência como: antidiarréicos, antitérmicos e digestivos;
Para as pessoas que preferem ficar nos acampamentos se refrescando nos rios a atenção deve ser redobrada, já que aumenta consideravelmente o número de afogamentos nessa época do ano;
Procurem um lugar para o banho levando em consideração a força da correnteza e a profundidade;
Em acampamentos que tenham crianças, a orientação é que as mantenham em locais rasos e acompanhados de responsáveis maiores de idade que saibam nadar;
Em rios e lagos, os meios de transporte como canoa e lancha são equivalentes aos carros nas cidades, por isso, além de ser crime, é orientado aos pilotos que não misturem direção e bebida alcoólica;
Orientações gerais aos consumidores
A palavra de ordem do momento é economizar, já que as variações de preços entre produtos idênticos é bastante expressiva. O ideal é fazer orçamentos em pelo menos três estabelecimentos e fracionar a compra entre eles.
Fique atento e procure aproveitar as promoções comuns nesta época. No entanto redobre a atenção, pois há casos em que com a grande demanda, muitos fornecedores podem elevar os preços de seus produtos. Eles aproveitam dos consumidores que, com pressa, não fazem a pesquisa de preços.
Evite comprar produtos sem procedência (comércio informal) e que não emitem nota fiscal, como ambulantes e camelôs. O preço pode até ser mais vantajoso, mas a quantidade e a qualidade do produto podem estar comprometidas e terá dificuldades para reclamar sobre o produto nos órgãos de defesa do consumidor.
relatório da pesquisa
planilha de preços