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Neste último final de semana de setembro de 2023, tivemos o prazer de, como convidados, participar do curso LEAVE NO TRACE (Milla Expedições & Kampa) ministrado pelos Instrutores Millena Pitanguy, Alexandre Palmieri e Bruno Negreiros na Serra do Papagaio. O curso voltado principalmente para a modalidade montanhista, é se suma importância para o campismo de forma geral, inspirando e educando os praticantes não só em áreas naturais, mas como em áreas urbanas onde o caravanismo tem crescido enormemente.

O curso da Leave No Trace Center for Outdoor Ethics visa formar instrutores do nível 1, além de disseminar os sete princípios das boas práticas de mínimo impacto do ser humano no ambiente natural. Esta abordagem foi desenvolvida para proteger e preservar áreas selvagens e naturais, garantindo que gerações futuras também possam desfrutar desses ambientes naturais intocados.

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Os princípios fundamentais do movimento “Leave No Trace” incluem:

  1. Planeje e prepare-se com antecedência: Planejar adequadamente sua viagem ao ar livre, considerando fatores como condições climáticas, regulamentos locais e equipamento necessário.
  2. Viaje e Acampe em Superfícies Duráveis: Evitar causar danos a vegetação e solo frágeis, ficando em trilhas designadas e áreas já perturbadas sempre que possível. Nem sempre superfícies que pensamos serem duráveis, são mesmo.
  3. Descarte de Resíduos Adequadamente: Levar todo o lixo produzido de volta para casa e adotar o princípio de “não deixar vestígios” ao sair de uma área. Lixo também envolvem de pequenos restos e migalhas de comida, restos de uma lavagem de louça até mesmo à destinação final (urbana) de um Shit Tube.
  4. Deixe o que Encontrar: Evitar coletar ou danificar plantas, rochas, animais selvagens e outros elementos do ambiente natural. Não fazer fogueiras em áreas onde isso seja proibido ou possa causar danos. Mesmo brincadeiras como totens de pedras podem causar impactos.
  5. Minimize o impacto e uso de fogueiras: Se permitido, fazer fogueiras em locais designados, usar fogareiros e seguir estritamente as regulamentações locais para evitar incêndios florestais. Saber equilibrar as reais demandas da relação entre “necessidade” x “ritual”.
  6. Respeite a Vida Selvagem: Manter distância dos animais selvagens e não alimentá-los, já que a interferência humana pode prejudicar seu comportamento natural. Alguns atos de carinho que parecem inofensivos, podem modificar brutalmente a fauna e até a flora local.
  7. Seja Cortês com Outros Visitantes: Respeitar a tranquilidade e a privacidade dos outros aventureiros ao ar livre, reduzindo o ruído e compartilhando trilhas e espaços com cortesia. Até mesmo em momentos de relação de autoridade, ou mesmo ao chamar a atenção de um colega ou desconhecido, a cordialidade e conversa se mostra infinitamente mais eficiente do que uma “bronca”

Apesar dos exemplos e ensinamentos práticos do curso as vezes parecerem exagerados ou não parecerem tão necessários em locais com menores graus de intocabilidade, as boas práticas nos dão mais visões para outros exemplos e ocasiões. Muitos são os impactos e mesmo conceitos que não nos damos conta até aprender. Daí a necessidade de segui-los à risca. Outro grande valor do movimento é que não se fazem por apenas REGRAS, mas sim por PRINCÍPIOS que podem e consideram questões de exceção, tradição e mesmo costumes locais.

O Curso exercitou também as habilidades de ensino, onde cada participante ministrou uma aula sobre os sete princípios e mais três temas, sempre seguido de uma interação e réplicas de todo o grupo, além das considerações dos três instrutores que complementavam os temas.

Assim como em todas as oportunidades de “Acampar”, pudemos fazer grandes amizades, ótimos networkings e vivencias momentos incríveis desde a base, durante a trilha e no local de acampamento e atividades. O tempo foi nosso amigo, chovendo apenas em parte da noite e em algumas horas em que fizemos apresentações sob a tarp. Lindas noites de Lua cheia, vaga-lumes e aquele barulho da cachoeira correndo bem ao lado.

Só temos a agradecer a organização impecável e todos os ensinamentos que levaremos para o mundo em prol do meio ambiente e também disseminando e buscando aplicá-los e inspirarmos as modalidades de camping de lazer e do caravanismo.

      

Fotos: Alexandre Palmieri (Kampa) / Marcos Pivari

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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