São várias as modificações efetuadas pelos proprietários buscando um melhor desempenho da SAFARI.
FORNO DE MICROONDAS
Troca de Forno/fogão originall Semer por fogão simples de duas bocas marca Built e adaptação de móvel com gaveta para talheres.
JANELAS BASCULANTES
Melhor ventilação – Há quem diga que as janelas traseiras basculantes prejudicam a refrigeração do motor em viagens, já que pode obstruir a entrada.
Apesar de apresentarmos a janela da cama alta de abrir, como modificação, podemos constatar, vide foto abaixo, publicada na REVISTA CAMPING 1991, que a Karmann Ghia chegou a fabricá-la já com este adicional.
KIT GÁS
-Perda de potência
-Perda de espaço interno
-Maior peso do conjunto
SUPORTE PARA MOTOS
Fixado nas extremidades das longarinas onde se prendem os pára-choques da safari. Carrega lanternas e placa (não lacrada) já que as do veículo são obstruídas pela moto.
SAPATAS DE FIXAÇÃO
Dispositivos semelhantes a macacos que equipam trailers. Servem para evitar o balanço do conjunto quando parados nos campings. O movimento das pessoas no interior do trailer provoca o balanço já que a Safari possui suspensão. Originalmente não possui o acessório. Não utilize para nivelamento com veículo, pois irá quebrar. Apenas apoio.
RESERVATÓRIO DE ÁGUA SERVIDA – 63L
Solução para o problema da ausência de caixa de água servida (água oriunda dos ralos das pias e box) São três tubos de 21L totalizando 63 L de capacidade. Há espaço para mais um.
CORTINAS DO BOX
Solução para não molhar o banheiro e o sanitário portátil.
TORNEIRA SEPARADA DA PIA
A instalação da torneira fixa da pia do banheiro, torna a ducha também fixa na posição de banho. Um registro de pressão torna-a independente.
ARMÁRIOS ADICIONAIS
Instalação de dois armários utilizando-se dos cantos externos do banheiro.
AR CONDICIONADO TIPO SPLIT
Instalação do sistema split de 7.000 BTU’s utilizando o bagageiro para o compressor.
RODA VIRADA
Maior dirigibilidade
RODAGEM DUPLA
Maior dirigibilidade
Pedágio mais caro
MARCADOR ÁGUA
Medidor de combustiível do Fusca para medir o nível da água.
MAIORES INFORMAÇÕES – RODAGEM DUPLA
Uma das maiores reclamações sobre a Safari é mesmo a sua dirigibilidade. Com suas dimensões aumentadas e um peso acima do normal para uma Kombi, é freqüente o balanço e a falta de aderência do conjunto ao asfalto em velocidade máxima. A karmann Ghia não realizava modificações na mecânica da Kombi assim como sistema de rodas e suspensão. Para resolver o problema, alguns campistas proprietários de Safáris modificam a rodagem do veículo para o sistema de duplo rodado, igual dos caminhões.
Algumas Safáris possuem adaptações com rodas comuns e outras com rodas de caminhões 608D (raio 16’’) devidamente cortadas e adaptadas ao aro original da Kombi (raio 14’’). De um jeito ou de outro, é preciso a utilização de prolongamentos de bicos de válvula para que não haja dificuldades na calibragem. Há quem diga que a adaptação sacrifica os rolamentos originais, porém há relatos da ausência deste tipo de problema por parte de alguns campistas. Os proprietários satisfeitos com a adaptação relatam a eficiência e a segurança do conjunto nas curvas, pistas molhadas e principalmente nas retas em velocidade máxima (80km/h – segundo o fabricante) já que há uma área de aderência maior. O famoso “efeito pêndulo”, que faz com que o veículo balance muito devido à altura em relação aos ventos, parece ser minimizado.
Os pontos negativos podem estar no maior consumo de combustível, maior gasto com desgaste de pneus, já que agora são em um número de seis e principalmente com o pedágio, já que com o rodado duplo, passa a ser considerado como eixo comercial, ou seja, paga o dobro da tarifa du uma safari original.
Dentre os pontos positivos, além dos já citados, está o fato de não haver a necessidade de parada no momento em que um pneu fura, já que pode rodar até um próximo posto ou borracharia.
Já, segundo alguns campistas, a experiência pode ser frustrante. Em rodovias em más condições, o que é freqüente no Brasil, o rodado duplo ao entrar em contato com as valas ou sulcos (canaletas formadas pelas rodas de caminhões pesados no asfalto) faz com que o veículo perca o controle de dirigibilidade. O fato de um dos pneus estar na depressão do sulco e o outro acima do mesmo, provoca a desestabilidade.
Há de se pensar bastante, conversar com os colegas e conhecer as diferentes modificações para se chegar à conclusão de fazer ou não a adaptação. Escolher uma oficina de confiança e materiais de qualidade ajudarão bastante.
Para os que não são a favor da adaptação, mas procuram uma solução para o problema, poderá pensar no caso de uma roda de “tala larga” onde melhorará a eficiência de estabilidade sem perder a originalidade nem a tarifa comum de carro de passeio nos pedágios.