Em nosso país tropical, o ar condicionado acaba se fazendo necessário na maioria dos veículos de recreação. De dimensões continentais, não são poucos os locais e regiões que temos também invernos rigorosos, onde a função “quente” é muito bem vinda quando integrada no aparelho. Foi na Preview Expo Motorhome em Canela no último 2019 que pudemos conhecer a nova empresa no ramo do caravanismo brasileiro. A Sanz Clima agora com filial no Brasil, fez questão de enviar o seu mais novo modelo de ar condicionado de teto. O MaCamp topando o desafio, já fez a instalação por nossas próprias mãos e agora publica este review com todos os detalhes.
A SANZ CLIMA: Empresa fundada em Madri em 1956, ganhou o mundo através da proximidade com o cliente, com unidades na Alemanha, Estados Unidos, México, Polônia, Bélgica, Rússia e no BRASIL. A empresa familiar de Pedro Sanz ainda preserva a alma da administração e inovação nos projetos de seus produtos. O Carro-chefe é dos equipamentos de conforto ambiental, como condicionadores, calefação e aquecedores de água que vão de aplicações em ônibus/caminhões até locomotivas e também os Veículos de Recreação.
O AR CONDICIONADO DE TETO: São dois modelos oferecidos pela empresa. Ambos para aplicação em teto com denominações modelo “DREIHA” 2.5 (8.500 BTUs) e 3.5 (12.000 BTUs). O modelo que recebemos foi o de 3.5 com 12 mil BTUs de potência de refrigeração. O diferencial da marca se dá pelo design moderno tanto na unidade externa aerodinâmica como na interna. Ele promete ser silencioso, inclui kit para instalação e pede uma abertura de 36cm X 36cm no teto. Ao todo ele pesa 53kg.
PORQUÊ DE TETO? São muitas as vantagens de se utilizar um ar condicionado de teto. A Primeira sem dúvida é o fato de contarmos com um aparelho construído, projetado e desenvolvido para ser embarcado: Aguentar os solavancos das estradas, poeira e possuir as formas corretas de fixação da máquina no veículo. Outra vantagem é o fato de não ocupar espaços importantes no veículo de recreação, principalmente armários internos ou bagageiros inferiores para o caso de condensadoras. Na parte de dentro, apenas um painel rente ao teto e fora, ocupa uma pouca altura e pequena área externa geralmente vazia. Outra vantagem é que a maioria dos modelos podem ser “dutados” de maneira artesanal. Com apenas uma máquina, pode-se construir dutos pelo teto que sirva a mais de um ambiente. Na maioria dos casos, instala-se um aparelho no centro do motor home, na área de circulação, onde localmente ele serve o beliche e banheiro. Estendidos por dutos no teto, servem o dormitório ao fundo e a sala frontal.
NOSSO CASO: Em nosso motor home não havia qualquer ar condicionado instalado originalmente. Antigamente se utilizava os modelos residenciais “de janela”, mas optamos por não perder os armários aéreos. Mesmo os modelos “Split” mais recentes, seria difícil achar um lugar para a evaporadora que ficaria certamente parecendo “improvisada” e mal localizada, além de serem necessários dois aparelhos, uma para a sala e outra para o quarto. O Ar condicionado do tipo “de teto” é perfeito para o nosso caso. Teto com espaço de sobra e uma única unidade situada no centro da circulação que liga sala, quarto e banheiro “toca” o motor home todo.
UNBOXING: Bem embalado em uma enorme caixa de papelão. O Ar viajou desde o Rio Grande do Sul até Paraty-RJ pela transportadora, mas buscamos em nosso próprio carro na entrada da cidade, já que uma barreira sanitária por conta da pandemia não permitiu a entrada de caminhões. Dentro da embalagem o aparelho estava muito bem acomodado e encaixado na fôrma de isopor, que também acolhia as peças de instalação, manuais (diferentes em quatro línguas) e controle remoto. O painel frontal vem em uma caixa separada.
COMPONENTES: A primeira tarefa foi estudar todos os componentes que vieram na embalagem para depois devorar o Manual de Instruções. Um dica que damos é de nunca sair montando ou instalando nada complexo junto com a leitura do manual de primeira. Sempre que nos chega um “brinquedo” novo, primeiro debulhamos todos os componentes como se fôssemos montar e instalar sem nenhum manual. Depois guardamos tudo e levamos o manual para ler bem longe do aparelho. Isto evita que nos deixemos levar pela empolgação e comecemos a montá-lo daquela forma errada e repentina. Lendo o Manual de forma despretensiosa podemos começar a ter uma percepção do que são cada um daqueles componentes e quais cuidados e ordem devemos seguir. São algumas leituras completas para compreender tudo com mais exatidão. Aí sim podemos nos jogar de alma na instalação. Foi exatamente assim que fizemos com o Ar da Sanz Clima. Inclusive vale uma observação sobre o manual. Bem completo, veio em impressão colorida, o que facilita e torna a leitura mais agradável.
Separamos a máquina externa, o painel interno, kit do controle remoto e as barras de fixação e suporte do conjunto. Ali nada de muito complexo, seria usado apenas nas respectivas etapas da instalação.
Além disso havia um conjunto de parafusos, destinados à fixação das barras de suporte, dos de rosca longa para fixar a unidade externa às barras e também os que fixariam o painel ao conjunto completo anterior.
Também tínhamos ali um conjunto de “gomos” de isopor com flanges metálicas e respectivas espumas de união que servem para compor o “duto” que liga à saída do ar da máquina ao painel. O número de gomos dependerá da grossura do teto do veículo.
Por fim, tínhamos um pequeno KIT de isolamento térmico e agregação dos chicotes elétricos que unem o painel à máquina.
INSTALAÇÃO: Primeiramente estudamos o local da máquina e onde seria feito o recorte do teto. Uma vez cortado não tem mais volta, por isso estudamos a posição exata da unidade externa a fim de não conflitar com os demais elementos do teto do motor home. No nosso caso, o ar condicionado ficou alguns centímetros a frente do que desejávamos, já que a unidade externa pegaria na claraboia do quarto. O local escolhido continha uma antiga e nativa luminária fluorescente que pela razão da posição não seria totalmente ocupada, sobrando espaço para a composição de uma nova menor. Riscado o quadro da abertura que seguia as medidas constantes no manual, partimos para o rasgo da face interna do teto e da estrutura/recheio, deixando apenas a face externa para ser recortada somente na última hora. Assim poderíamos estudar bem e não seríamos surpreendidos por uma chuva.
Após retirado o recheio e também alguns componentes estruturais do teto, fizemos todo o rebordo da mesma estrutura para garantir a rigidez do teto e da base que será fixado o aparelho de ar condicionado. O conduíte da luminária caiu como uma luva para podermos levar até ali a linha 220V que alimentará o condicionador.
Resolvida toda a parte interna, foi hora de escolher um dia ensolarado, já que não contávamos com cobertura para o serviço. Uma bela lavada naquela área do teto antes de passar a serra tico-tico na parte de cima para que toda a vedação não encontrasse problemas. Antes disso demarcamos as quatro extremidades do quadrado do recorte e aí sim a serra trabalhou. A abertura parece bem pequena comparado ao tamanho da máquina toda.
É hora de subir a máquina no teto e posicioná-la no buraco. Quatro elementos pontiagudos no plástico da face inferior ajudam a posicioná-la. Neste momento todo o contorno de uma borracha muito nobre na “barriga” da máquina já está apoiada no teto aguardando para ser prensada fazendo uma vedação tão confiante que sequer pensamos em aplicar qualquer selante.
É hora de parafusar as hastes roscadas não sem antes passar pelas barras de suporte que farão o ancoramento interno e inferior do teto. A cabeça daqueles parafusos de rosca longa possui um encaixe central “philips” que torna mais rápido o trabalho de rosqueamento. Eles são longos e podem ser parafusados até o fundo, pois são exatamente eles que se adaptam à grossura do teto que pode ser de no mínimo 30mm e no máximo de 80mm. Na hora do “aperto”, usa-se o formato sextavado da cabeça do mesmo parafuso para apertar com uma chave de boca ou estrela, prensando a borracha de vedação. Neste momento a unidade externa já está totalmente fixada ao veículo e com toda a vedação que isola o buraco das infiltrações de água da chuva lá fora.
É hora de preparar o painel interno. Primeiro se fixa o primeiro gomo de isopor com a respectiva flange metálica à máquina. Após calculado o número de gomos de acordo com a grossura do teto, é hora de uni-los pelas espumas autocolantes. Aí é o momento de separar o painel do módulo interno que por enquanto está preso apenas pelos ímãs-guia. Este módulo interno é parafusado nas barras de suporte, ficando pendurado o painel externo inferior pelos chicotes de comandos, alimentação e sensores.
O próximo passo é unir os chicotes através dos distintos conectores que não deixam errar nas ligações. Como estes fios e conectores irão ficar num local que será altamente refrigerado e dotado de umidade, é preciso uni-los separadamente com as espumas autocolantes que acompanham o produto. Depois delas, todo o conjunto é isolado termicamente por uma manta aluminizada e presa com abraçadeiras plásticas.
Por último restou o que parecia o mais simples, mas se apresentou mais difícil em nosso caso. Prender o painel externo ao módulo interno. É preciso soltar o sistema de filtragem das tomadas de ar laterais do painel para ter acesso ao local que parafusa este painel às barras de suporte no teto. Como o nosso espaço era mínimo, tivemos dificuldade em arranjar uma chave philips pequenina para conseguir enxergar e apertar os quatro parafusos do painel. Os ímãs que servem de guia ajudam a manter no lugar certo o painel encaixado no módulo interno. Com um pouco de destreza e paciência conseguimos prender os quatro. Missão cumprida, só faltava recolocar o filtro e grelha.
Ultimo passo foi fazer a ligação da alimentação 220V e botar o brinquedo para funcionar.
ALERTA: Uma foto de representação contida na publicidade da Sanz Clima pode confundir o instalador e trazer problemas após o recorte do teto. Isto porque na foto está representado o painel interno acoplado à unidade externa exatamente abaixo do requadro, o que não acontece. Na verdade o duto do vento não está centralizado no painel e assim ele fica mais a frente da projeção da unidade externa. E foi isto que fez com que a claraboia do quarto não deixasse nosso painel ficas exatamente na posição que desejávamos. Estudando, conseguimos identificar esta questão, evitando erros. Tentamos, mas não é possível inverter o sentido do painel, pois há encaixes que limitam esta instalação.
Em uma montagem tosca, mas informativa, representamos mais ou menos a real condição do “casamento” das projeções de ambos os elementos (interno e externo).
FUNCIONAMENTO: Uma das maiores surpresas que tivemos foi o quesito “barulho”. Apesar do fabricante prometer baixo ruído em seu aparelho, esperávamos uma costumeira barulheira vindo deste tipo de aparelho. Porém nos surpreendeu. O ruído é realmente baixo, tendo o som do compressor muito suave e o nível máximo da ventilação com intensidade muito aceitável. Nas velocidades mais baixas, chega-se a nem ouvir o barulho da ventoinha mesmo de perto. O controle remoto comanda quase tudo. Tem inclusive bem mais funções do que no próprio painel do aparelho que já permite acesso aos principais comandos.
PAINEL: O Painel frontal do DREIHA é todo em branco e com design muito moderno e “clean”. O Display digital só aparece quando aceso, em números grandes e fácil visualização. Os seis botões de comando do painel cumprem as funções básicas que dispensam o uso do controle remoto. Da esquerda para a direita temos: 1- “MODE”, que seleciona os cinco modos disponíveis – Automático, Frio, Quente, Desumidificador e Ventilador; 2- “INTENSIDADE DA VENTILAÇÃO”, serve para regular o ventilador nos modos – Baixo, médio, alto e a função Turbo; 3 e 4- “+ e -“, regula as intensidades de temperatura no display entre 16ºC e 30ºC; 5- “LUZ”, acende ou apaga a luz de ambiente embutida no painel; 6- “ON/OFF”, Liga e desliga o aparelho.
Logo acima dos botões digitais citados, há o display numérico e mais quatro ícones de sinalização: 1- “ON”; 2- Alerta de limpeza do filtro; 3- Indicação do modo Frio (Refrigerado); 4- Indicação do modo quente (aquecedor). O sensor do controle remoto está logo ao lado dos LEDs de sinalização.
CONTROLE REMOTO: O controle é bem completo e conta com um display que leva até mais informações do que o próprio painel do ar condicionado. Já acompanha as pilhas para que não se precise sair correndo atrás e um suporte de parede com fixação com parafusos. Seus 4,5cm X 12cm possuem 14 botões que servem toda a gama de produtos da marca e por isso alguns deles podem não ter função. Botões: “ON/OFF”, Liga e desliga o aparelho; “MODE”, alterna entre os modos disponíveis – Automático, Frio. Quente, Desumidificador e Ventilador; “-” e “+”, regula as intensidades de temperatura entre 16ºC e 30ºC; “FAN”, Regula a velocidade do ventilador nos modos – Baixo, médio e alto; “SWING”, regularia a posição das aletas de direção de vento que no caso do DREIHA são manuais e por isso não tem função; “CLOCK”, ajusta o relógio; “LED”, liga ou desliga a luz de ambiente do painel; “TIMER ON”, ajusta o acionamento pré determinado na hora desejada; “TEMP”, Alterna o mostrador de temperatura do painel nas temperaturas programada e nas ambientes de dentro e de fora (No nosso caso apenas informa a temperatura real interna, mas não a externa); “TIMMER OFF”, Ajusta a hora exata que se deseja desligar o aparelho sozinho; “TURBO”, seleciona o modo de performance máxima tanto do modo frio quanto do quente; “SLEEP”, função de desligamento automático noturno; “LIGHT”, liga ou desliga as luzes dos botões do painel e principalmente o display para o caso de atrapalhar o sono. No caso esta última tecla brilha no escuro para facilitar o seu uso “cego”.
LUZ: O painel do Ar Condicionado possui um design bem moderno com botões “touch” e uma iluminação oculta que só aparece quando acesa. O LED que emana uma luz em forma circular branca azulada não oferece iluminação plena, mas é ótima para criar uma penumbra de circulação que serve de guia noturno ou simplesmente decorativa. Ela pode ser acionada tanto do controle remoto quanto do painel e independente do ar estar ligado ou desligado. Em resumo, a iluminação dela é muito bacana, mas não conte com ela para iluminar se ambiente como fonte principal de luz.
FUNÇÃO FRIO: O ar condicionado de teto DREIHA possui sistema de compressor rotativo que refrigera o ar em sistema de circulação. Pega o ar de cima que está mais quente e devolve refrigerado para o ambiente. A função de ventilador complementa o seu rendimento, podendo ser escolhida a gosto. Para o nosso motor home de 6,90m X 2,30m serviu perfeitamente, deixando apenas a parte da cabine sem seu conforto nos dias de sol quente (ambiente mais distante da máquina e todo envidraçado)
FUNÇÃO QUENTE: Uma grande vantagem do ar da Sanz Clima é a chamada “bomba de calor”. Algumas marcas de ar condicionado de teto utilizam resistências elétricas aliadas ao ventilador para fazerem esta função, o que demanda maior consumo de energia e menor rendimento, além de ressecar demais o ar. No caso do DREIHA ele possui uma válvula reversora que inverte o sentido de refrigeração do sistema, esquentando a evaporadora e resfriando a condensadora. É preciso dizer que tanto condicionadores tipo split hi-wall quanto de teto, não são os mais adequados para uso no modo quente, já que desarmam mais vezes devido ao ar quente subir. É por esta razão que os Norte Americanos e Europeus não utilizarem este tipo de aquecimento. Porém em nosso país tropical, a opção quente do ar de teto quebra bem o galho nas oportunidades de clima frio dispensando sistema de calefação.
FUNÇÃO VENTILAÇÃO: O dispositivo responsável por distribuir o ar refrigerado ou quente pode também ser utilizado como ventilador, circulando o ar e trazendo conforto ameno. São três intensidades de vento à escolha.
FUNÇÃO DESUMIDIFICAÇÃO: A função menos falada dos aparelhos de ar condicionado, são talvez até MAIS IMPORTANTES NOS VEÍCULOS DE RECREAÇÃO do que em casa. Isto porque este modo faz a função de retirar a umidade do local, “turbinando” aquele efeito em que se forma água pela mangueira do dreno. Sempre que o ar refrigerado está ligado, é comum vermos o dreno vertendo água. O Gelo formado pela umidade do ar acumulada na evaporadora, condensa sendo esta água expulsa. Esta função “DRY” trabalha em prol desta retirada. É bastante prudente principalmente nos trailers e motor homes que façamos a desumidificação, já que eles possuem muita madeira e tecido, causando mofo e bolor. Nem sempre esta função pode ser confortável quando se está lá dentro, sendo mais indicado este tratamento quando o veículo estiver vazio.
SAÍDAS DE AR: São os difusores de ar nas extremidades (frontal e traseira do sentido do veículo) As aletas de direcionamento do vento são de ajuste manual e independentes no DREIHA. O controle remoto possui um botão de “swing” que regularia a posição delas ou acionaria a função aleatória, mas não tem efeito nestes modelos de ar de teto. (O controle remoto, segundo o fabricante, serve vários modelos da marca). Não sentimos a necessidade desta função à distância, mesmo porque no modo “manual” temos a opção de ajustar cada uma delas de uma maneira diferente.
TOMADAS DE AR E FILTROS: A tomada de ar para ser refrigerado (ou aquecido) se dá pelas aletas laterais do painel. São duas grelhas que são facilmente retiradas por sistema “click” e que liberam a retirada dos filtros LAVÁVEIS. Utilizamos por 30 dias, sendo metade durante serviços empoeirados de reforma e metade no ritmo normal e a situação dos filtros era a demonstrada abaixo. Lavado na pia com água e detergente neutro deixou-os como novos. O aparelho possui um alerta de limpeza dos filtros que se acende no painel interno. A luz ativa após somadas 250 horas de funcionamento do ventilador. Após a limpeza o sinal continua aceso, bastando apertar o botão “+” durante 5 segundos.
VOLUME EXTERNO: Como possui compressor deitado, a altura externa da máquina é bem pequena para este tipo de equipamento. Para quem tiver limitadores de altura como portões de acesso ou mesmo pórticos de locais que costuma visitar, seguem as dimensões que resultaram em nosso teto. Convém o proprietário realizar uma nova medição da altura total do veículo para poder avaliar a entrada nos locais que contam com esta informação de limitação de estacionamento. Altura a partir do teto: 26cm; Largura total ocupada no teto: 71,5cm; Comprimento total: 1,02m.
DRENO: Assim como os demais condicionadores de ar de teto, a água condensada é dispensada ali mesmo pelo dreno, já que o teto do veículo é preparado para receber chuvas. Por isso cada trailer ou motor home terá um “caminho” diferente para ela escorrer. Isto dependerá também do nivelamento dele em cada local de parada. São dois pontos de dreno no DREIHA: Nas duas laterais mais a frente.
CÓDIGOS DE ERRO: Alguns erros de funcionamento tem as causas relatadas no display do painel do ar condicionado e isso pode ajudar muito na solução de problemas. O principal no caso do caravanismo brasileiro é o representado pela sigla “PL”. Significa que a rede elétrica está abaixo dos 184V e o compressor entrou em modo de segurança. As vezes o pico da partida pode fazer com que este modo entre mesmo com a voltagem (em repouso) acima dos 185V. Outro código que pode ser frequente em algumas regiões é a “H1”, onde a função de degelo precisou entrar temporariamente enquanto elimina o congelamento da condensadora. Isto acontecerá mais em climar frios com uso do aparelho no modo quente. Já os códigos H3, E8, F0. F1, F2, F3, F4 e JF não tiveram suas causas reveladas para o público leigo, ficando a cargo de técnicos especializados, sendo que as “H3” e “E8” podem ser possivelmente eliminadas com o reinício do aparelho. No nosso caso somente presenciamos o erro “PL”.
LIMPEZA DOS FILTROS: De simples manejo, basta apertar as duas laterais das grelhas de tomadas de ar para sacá-las. Dentro está o filtro que pode ser lavado em água corrente e sabão neutro. No nosso caso nem havia acendido o alerta de limpeza no painel e o filtro já estava nesta situação. Por ser pequeno e de facílimo acesso e trabalho, vale a pena limpá-lo mais vezes.
MANUTENÇÃO NA UNIDADE EXTERNA: Apesar de não ter passado o tempo de manutenção, abrimos a unidade externa como manda o manual. O fabricante recomenda esta inspeção duas vezes por ano, mas o fizemos um mês após a instalação para ilustrar este review. Deve-se retirar a capa externa para do DREIHA através dos dois parafusos traseiros e mais as oito buchas plásticas. Para retirá-las, basta empurrar o miolo para dentro para que libere a “cabeça”. O kit do ar condicionado acompanha várias buchas de reserva, o que poderá ser preciso. Mesmo tomando cuidado, quebramos duas delas. A abertura de manutenção se dá pela necessidade de limpeza da unidade condensadora., aquela grelha idêntica ao radiador de carros. Durante o funcionamento frio ela é a responsável por dissipar o calor retirado de dentro. Ela esquenta e deve ser soprado o ar para esta troca de calor com a atmosfera. Ocorre que com muito tempo de uso, poderão acumular ali poeira e outros elementos que obstruam a passagem do ar e torne menos eficiente o sistema de refrigeração ou calefação. No nosso caso, como utilizamos somente um mês, a condensadora estava limpa. Caso contrário, deve-se lavar com bastante cuidado para que não espirre água nos demais componentes e esta escorra apenas pela bandeja de dreno. Sabão ou detergente neutro poderá ajudar no serviço.
CONCLUSÃO: Todas as expectativas foram atendidas. O Motor home agora tem ar condicionado que toca todos os ambientes e nenhum espaço “tomado”. Importante repetir que o nível de ruído baixo surpreendeu para este tipo de produto e durante este primeiro mês de uso o funcionamento foi perfeito. Até mesmo a função quente pôde ser testada, dadas algumas noites bem frias neste mês de maio.
CARACTERÍSTICAS (Dreiha 3.5): Capacidade de refrigeração: 3.500w; Capacidade de aquecimento: 3.200w; Voltagem: 220V-240V; Frequência: 50Hz; Fases: monofásico; Potência de consumo: Frio 1.270w e quente 1.180w; Potência nominal: 1.400w; Corrente de funcionamento: Frio 5,6A e quente 5,2A; Ruído: Interno 49 a 65 db(A) externo 65 a 75 db(A); Capacidade de desumidificação: 1,5L/h; Proteção: IPX4; Abertura no teto: 35,6cm X 35,6 cm; Variação de espessura do teto: de 3cm a 8cm; Gás refrigerante: R410A c/ 670g; Potencial GWP: 2088; Dimensões Unidade externa: Comprimento 1,02m x largura 71,5cm x altura 26cm; Dimensões do painel: Comprimento 61cm x largura 48cm x altura 5cm; Peso total: 53kg.
PREÇO: A SANZ CLIMA não vende direto para consumidor final. Na ocasião deste review o produto era vendido por R$ 10.760,00 na MEU TRAILER + Frete.
ONDE COMPRAR: Na loja MEU TRAILER ou outras lojas virtuais na internet e físicas pelo Brasil.
REVIEW – PRODUTO: Este equipamento foi enviado pela SANZ CLIMA que confiou no know-how do MaCamp para testar seus produtos na seção de Reviews. Testes foram feitos em nosso motor home Turiscar Caribe 1992 no Estado do Rio de Janeiro.
Muito boa a matéria, ajudou bastante hein, bem elaborada e muito, mas muito ilustrativa, tirou 99% das dúvidas, menos uma, o aparelho é 220V 50hz, como fizeram pra ligar ele em 220V 60Hz que é a frequência brasileira.
Guilherme. Pesquisamos sobre o assunto na época e muitos defendem que “não tem problema” e outros que afirmam que “o motor dará problema rapidamente”. Então resolvemos experimentar na prática. Estamos utilizando há quase um ano e ele fica ligado praticamente direto no verão e agora durante o dia……. e funciona perfeitamente. Há quem defenda que o 50hz funciona bem no 60hz caso a voltagem seja mais baixa, mas usamos o estabilizador KEBO que deixa a tensão nos exatos 220V. O legal é que a garantia da Sanz Clima pro compressor é grande…..
Perfeito Marcos, obrigado pelo rápido retorno, um abraço, Deus abençoe!