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A partir de julho de 2025, quem montar acampamento às margens do Rio Araguaia — especialmente durante a temporada — deverá pagar R$ 500 e obter autorização da SPU (Superintendência do Patrimônio da União), conforme norma publicada recentemente. A taxa se aplica a acampamentos de estrutura fixa ou permanência superior a 30 dias.

Por que a medida existe? A nova regra visa proteger o entorno imediato do rio — até 15 m da calha —, reforçando a legislação que classifica essas áreas como patrimônio da União. Técnicos afirmam que o objetivo é evitar degradação ambiental e organizar o uso público.

Quem precisa pagar? Campistas com estruturas fixas (ranchos, decks, plataformas). Permanência acima de 30 dias. Eventos recreativos, culturais, religiosos ou comerciais que ocupem espaço por prazo prolongado. O uso livre para banhos de rio, pesca ou acampamentos de curto prazo continua permitido e sem cobrança.

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Como solicitar autorização: Acesse o site oficial da SPU: Sistema Patrimônio de Todos. Faça seu cadastro via Gov.br. Gere a GRU (Guia de Recolhimento da União). Siga as orientações e sinalize seu acampamento com placa padrão.

O que está (e não está) incluso na taxa: A cobrança é exclusivamente pela autorização de uso, não inclui serviços como coleta de lixo, banheiros ou energia. A gestão da infraestrutura permanece a cargo dos frequentadores ou dos municípios envolvidos
sistema.

Gestão compartilhada para a temporada: Este ano, a SPU firmou parceria com prefeituras de municípios como Aruanã, Aragarças, Britânia, São Miguel do Araguaia e outros. A SPU faz a fiscalização, enquanto os municípios coordenam a organização de pontos de apoio, serviços de apoio e campanhas educativas.

Defesa e críticas: Apoiadores: especialistas em direito ambiental e defensores da gestão pública – afirmam que a medida é legal, traz controle e preserva o meio ambiente. Críticos: veranistas e ribeirinhos alegam que a taxa é onerosa, burocrática e pode inviabilizar a tradição local.

Penalidades: Quem desrespeitar a regra — montando acampamentos fixos sem autorização — poderá ser multado ou notificado pelos órgãos federais e até mesmo por denúncias de populares.

Dica extra: No ano passado, a SPU realizou o I Encontro Regional Araguaia Sustentável, com prefeitos, associações e órgãos federais, para orientar comunidades e campistas sobre boas práticas. Esse movimento mostra que a novidade não é apenas fiscal, mas também pedagógica. Apesar de Motor Homes não estarem incluídos no texto, é possível que ocupações exageradas possam vir a dar margem a interpretações. Atentem às boas práticas na campanha do MaCamp.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."