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Macaé-Ushuaia: Viagem ao Mercosul >> José Adauto de Souza – texto completo em www.exploratoryvision.com (camping)

Logística

A Internet é o mais forte auxiliar na programação de uma viagem. À medida que os itens importantes vão aflorando à sua mente, é o momento de cair na rede e pesquisar no Google. Cada informação importante encontrada foi arquivada no Word, de uma forma ordenada e obedecendo o roteiro da viagem. Um item muito importante numa viagem como esta é o motorcasa. Informações de concessionárias e postos de venda de aditivos/lubrificantes são importantes. Nos bagageiros, 70 m de mangueira para água, 70 m de cabos elétricos, 2 botijões de gás cheios, 2 bombonas de água mineral (20L), ferramentas, escada, carregador de baterias 220V/12V/10A extra, churrasqueira, mangueiras de descarga, barraca Igloo, um cambão extra (dizem que já não é mais necessário na Argentina), 4 triângulos de segurança, … Atualizamos o GPS Garmin com o último mapa da América do Sul e alertas. Na Argentina existem muitos campings e tradicionalmente quase todos os municípios tem um camping municipal. Pesquise campings na Argentina em www.voydecamping.com.ar,  www.revistadecamping.com e www.solocampings.com.ar . No Chile, pesquise em www.campingchile.cl. Para procurar estradas e o estado atualizado delas, use o site www.ruta0.com (dica do Wellington Moraes). Um item importante que não pode ser esquecido é o controle fitossanitário nas aduanas de fronteira. Grãos in natura, produtos de origem animal não cozidos ou descongelados e frutas/legumes de um modo geral são recolhidos e descartados nas aduanas. Estamos levando identidades e passaportes (só as identidades são necessárias) e a documentação dos veículos (motorcasa e Pajero TR4) em nossos nomes. Na saída do Brasil faremos o seguro Carta Verde. Fizemos carteirinhas do SUS, pois na Argentina eles fazem atendimento médico num acordo bilateral. Fizemos também um seguro de saúde com cobertura total. Leve US$dólar, o máximo que puder dentro da sua programação de custos. Leve também cartões de crédito internacionais para complementar e/ou dar uma maior segurança. Não troque moeda em casas de câmbio com cotação oficial: na Argentina o dólar paralelo estava até 50% mais alto que a cotação oficial. Se você é um cliente tradicional de um banco, você pode conseguir junto ao seu gerente uma quantia em dólar turismo para viagens internacionais, mesmo sem ter que apresentar passagens aéreas.

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Roteiro e início de viagem

Em 14/11/2015 iniciamos viagem  de Macaé-RJ para São Leopoldo-RS (1763 km), onde fizemos a revisão anual de garantia do motorcasa Scheid. Depois da revisão ficamos 2 dias em Gramado e então partimos para Arapey-Uruguai (860 km via Uruguaiana). De lá descemos para Buenos Aires (+- 500 km) e depois fizemos uma longa pernada até Trelew (1600 km), proximidades da Península Valdez, quando já tínhamos acumulado um percurso direto de aproximadamente 4900 km. Daí até Ushuaia fizemos paradas em Rio Gallegos e Rio Grande. São mais 1700 km de percurso até Ushuaia, o que totaliza +- 6700 km de percurso direto entre Macaé-RJ e Ushuaia-AR. Após Ushuaia nos concentrarmos no flanco Sul dos Andes (Patagônia). Dentre os locais de interesse visitamos Torres del Paine, Glaciar Perito Moreno, Perito Moreno/Chile Chico, El Chaltém, Esquel, etc. Subindo para Pucon (Chile) paramos em Bariloche. Não subimos para Santiago/Mendoza, região que já conhecemos bem, e entramos para a Argentina pelo passo do vulcão Lonquimay (Paso Pino Machado), província de Neuquén.

A viagem

Em 14/11 iniciamos a viagem rumo Sul. Como de outras vezes, iniciamos viagem com combustível mais caro, dólar pipocando e muita chuva. Rede Graal (posto Estrela/Resende) nos expulsou 2 vezes após estarmos estacionados em locais que já havíamos estacionado antes. Em São Paulo, entramos para o Rodoanel Oeste na última saída da marginal (Alphaville), Serra do Cafezal com retenção (1 hora para descer). Em 17/11, após pararmos em Matinhos-PR, o motorcasa já estava em revisão anual de garantia na Scheid, em São Leopoldo-RS. Na TransRioSul (concessionária VW) adquiri  bombonas de 20L de Arla32 (líquido que trata descarga do motor diesel) para permitir uma autonomia de +- 11.000 km. No Chile o Arla32 pode ser encontrado com facilidade, na Argentina quase não se encontra. Contratamos hoje (21/11) um seguro saúde/viagem com a AssistCard. Em Gramado pifou o aquecedor de passagem Rhinai. A Scheid providenciou manutenção e o aquecedor teve a placa controladora da emissão de faíscas substituída. Aproveitamos o tempo para fazer uma visita ao amigo Leonir da Itapoan Motorhomes e também roubamos um pouco do tempo do Guilherme, da Industreiler, pois sempre nos recebem bem quando estamos em Novo Hamburgo.
Partimos para a Thermas del Arapey/UR em 24/11 via Bagé-São Gabriel(BR-290). E lá vamos nós pela Trans-Uruguaiana, com Alegre-tchê. Cruzamos os pampas vendo os arrozais irrigados, muitas lagoas, ovelhas, gado das raças Angus, Red Angus, Charolês, Hereford, Braford, cavalos crioulos baios, rozilhos, tordilhos, alazões e preto-acinzentados. Ali dá para avaliar quanto o gaúcho valoriza seus pampas. Apesar de calçado com uma lei do Mercosul (Resolução Mercosul/GMC/ n° 64/2008) que me desobriga do uso de faixas refletivas no motorcasa (só é obrigatório para coletivos e carga), em Uruguaiana me aconselharam a colocá-las, pois eu iria bater de frente com os guardas “mui amigos” da província Argentina de Três Rios. As faixas foram colocadas e aproveitamos para fazer o seguro Carta Verde para o motorcasa e a TR4: indico o Paulinho despachante, quase em frente à delegacia da polícia civil na Av Presidente Vargas. As faixas refletivas: 2 brancas de ½ metro na frente, algumas nas laterais e 4 na traseira: As partes vermelhas das faixas refletivas nas laterais tem que ficar para a traseira e as faixas de trás tem que ter a parte vermelha apontando para fora. Em Barra do Quaraí cruzamos a Aduana, onde registramos a entrada dos veículos, carimbamos os passaportes e ninguém se interessou pelo que levávamos no motorcasa. Chegamos à Thermas del Arapey no meio da tarde do dia 25/11. Pagamos R$173,50 para passarmos 3 dias na Thermas: cobram o motorcasa e diárias de 2 adultos e 1 criança. Na thermas você encontra quase de tudo, de mercado à padaria e restaurantes, energia elétrica, água aquecida, churrasqueiras com pia, esgoto para água servida e ponto de TV da Telecabo. Pombas asa branca, maritacas, andorinhões, pardais, patos migratórios, pica-paus com penacho vermelho, canários e alguns tucanos voam de um lado para o outro sem medo da presença humana.

Buenos Aires

No dia 28/11 descemos para Buenos Aires. Escolhemos entrar na Argentina por Fray Bentos para evitar 3 polícias camineras  da província de Entre Rios entre Salto e Fray Bentos. Já sabia da pegadinha e desacoplei a TR4 na praça do pedágio em Fray Bentos: se passasse acoplado pagaria + 60 reais, como categoria 6 (total de R$160). Na ponte de Paysandu você pode passar acoplado que paga os 2 veículos separados. Enfileirei atrás de um caminhão de transporte de eucalipto e escapei de ser parado na polícia caminera de Zárate, antes da ponte elevada do Rio Paraná. O GPS Garmin falhou ao não indicar o camping ACA de Luján e estava nos mandando para o de Moreno: desconfiei da trajetória depois de perder 20 km. Para chegar ao camping da ACA em Luján você deve pegar a Ruta7 (AU7) sentido centro de Buenos Aires, entrar à direita na Ruta6 (AU6) e 2 km depois entrar à direita na ruta Nacional 5 sentido centro de Luján. O camping vai estar à +- 1000m do entrocamento das rutas 6/5: na frente do camping tem um posto de combustível de bandeira ACA. O camping de Luján é muito arrumado, mas não está preparado para receber motorcasas: tivemos que nos deslocar para encher a caixa dágua. Importante: a conexão das torneiras é de 1 polegada e as tomadas elétricas são de 2/3 pinos similares às antigas do ar condicionado de parede.
Temos pago combustível com cartões de crédito e os preços aqui no Norte estão salgados. Abasteci Diesel S10 Shell Vpower Nitro+ (aditivado) ao preço de PA$14,73 (R$3,28) e gasolina 95 octanas (comum) a 13,70 (R$3,04). Este diesel da Shell é o mais caro por aqui. Em B. Aires adquirimos um chip Claro pré-pago para facilitar o acesso à Internet e ter uma opção de discagem interna na Argentina. Em Luján numa noite um grupo de Argentinos fez uma festa numa área coberta próxima da posição do motorcasa e assando 2 ovelhas espetadas em pé. Pouco barulho, nada de som, só se ouve o barulho de crianças brincando. Se não fosse a chuva que está caindo iria até lá para um congraçamento com os argentinos e ouvir coisas que com certeza nos enriqueceria.

Puerto Madryn

A antena SKY não pega nada e depois de um chat online com a SKY nos certificamos que não vai pegar nada mesmo. Encontramos 2 canais interessantes em HD na antena de sinal aberto: um sobre viagens (Viajar) e outro com entrevistas (Encuentro). Ao contrário do que nos haviam alertado, os preços dos combustíveis ficam mais baratos para Sul. Já estamos abastecendo Eurodiesel (S10) a P$10,70 (R2,38) nos postos YPF. Os mapas do GPS Garmim estão cheio de bugs e a Ruta Nacional 3 (RN3) para eles é a Rio Grande do Norte 3 (Proyetomapear.com.ar e Tracksource Brasil). Comprei os mapas entrando no site da Garmin no Brasil. Descendo para Puerto Madryn, na Ruta6 e depois na Ruta3, boiadas de Angus, rolos de feno e plantações de trigo. A Ruta 3 acaba nas cercanias de Ushuaia (Km 3079) e está mais próxima da costa Atlântica, muito similar a BR-101. Nas margens das rodovias vimos bandos de patos, marrecos, garças e um casal de aves com semelhança muito grande com o Tuiuiú do pantanal de MS. Este ecossistema só é possível devido à presença das lagoas que se desenvolveram nos buracos escavados para fazer os aterros da rodovia. Dormimos num charmoso posto YPF em Benito Juarez: ao pararmos a temperatura estava 10º C e na madrugada chegou a 5º C. Logo após Bahia Blanca, antes de retomar a Ruta3, tem um posto fitossanitário para prevenir doenças. Boa parte do que você comprou de frutas e verduras fora da Patagônia (incluindo todo o resto da Argentina) não pode passar, principalmente peras, maçãs, pimentão, … Na Patagônia existem muitos outros postos fitossanitários e é importante que você guarde o folder e recibo que te derem no primeiro que passar, o que evita que você seja inspecionado nos outros postos fitossanitários a seguir.

Estamos no Camping ACA (02/12) de Puerto Madryn, ao custo de P$250 o dia (R$55, um custo acima da média por aqui). Não tencionamos ir à península Valdez, pois já a conhecemos. O programa do Faustão mostrou a fauna exuberante (leões marinhos, focas, pinguins, …) de Puerto Madryn há 2 semanas atrás. O consumo de combustível do motorcasa aumentou, passando de 5,7 km/L para 5,3 km/L. Estamos pegando vento forte frontal o que afeta o consumo. A Pajerinho está firme e forte, tomando muita poeira. O sistema de engate com o cambão Maceral está funcionando bem. As baterias (200 Ah do carro e 400 Ah estacionários da casa) estão funcionando a contento. Ao pararmos em postos no final da tarde ligamos o gerador Generac 4.0 caso a temperatura interna no motorcasa esteja alta ou se vamos fazer alguma coisa no microondas ou forno elétrico. Estabilizada a temperatura e/ou terminado o uso dos fornos desligamos o gerador. À noite a temperatura cai e não é necessário usar ar-condicionado. Estamos viajando com calibragem 110 nos pneus dianteiros (235R17.5) e 105 nos traseiros(215R17.5). Por incrível que pareça até agora não fomos parados pela Gendarmeria Nacional. Hoje (03/12) ficamos surpresos com a questão câmbio. Em Buenos Aires, numa casa de câmbio na Galeria Pacífico, nos pagaram PA$8,18/dólar. Em postos de gasolina, nos pagam PA$8,50/dólar. Em Puerto Madryn nos pagaram PA$11/dólar. Não dá para entender… e dá, o câmbio paralelo é muito mais alto na Argentina. Conhecemos um casal de jovens alemães que alugaram uma camper/VW Amarok na Argentina ao custo de US$140/dia. No camping em Puerto Madryn tem 3 motorcasas Overland de casais europeus (2 grandes e 1 pequeno).

Rio Gallegos   

Partimos de Puerto Madryn com a intenção de passar em Puerto Deseado. Após Comodoro passamos por uma praia em Caleta Olívia com muitos leões marinhos se espreguiçando ao sol. Estávamos sem água e por indicação paramos no povoado Jaramillo para colocar água em uma torneira pública. Para ver a fauna em Puerto Deseado teríamos que pegar lanchas: Jenilda desanimou, pois detesta barcos pequenos (enjoa muito) o que me fez desanimar também. Um dado importante que temos coletado é a não preocupação dos argentinos com a fauna na beira das estradas. Não há nenhum alerta ou auxílio que evite ou diminua o atropelamento de animais. Voce poderá contar centenas de lebres, alguns gambás, raposas e guanacos atropelados. Entre o km 2400 e 2500 da Ruta 3 contamos 18 guanacos vitimados pelos veículos. Em Tres Cerros, antes de San Julián, tem um bom posto YPF. Ali estavam parados um motorcasa classe C Francês e um outro tipo Camper. Em San Julián tivemos que pagar diesel com “efectivo”, pois não aceitavam cartões. Aproveitei para repor o tanque de Arla e fazer um reaperto na munheca Tromar do cambão, que estava com uma pequena folga no parafuso vertical. Fomos parados pela primeira vez nesta viagem no posto da Gendarmeria Nacional na entrada de Rio Gallegos. O policial foi gentil, solicitou os documentos do veículo e carteira de habilitação. Liberou-nos rapidamente com “uma boa viagem”. O Camping ATSA em Rio Gallegos é pequeno, bem arrumado, mas não tem estrutura para motorcasa e teríamos que ficar na rua. Ficamos no camping PescaZaike. Esta região abaixo de Bahia Blanca é dominada por depósitos sedimentares carbonáticos finos de plataforma marinha ou lago profundo, formando imensos platôs de dezenas/centenas de quilômetros com bordas tipo falésia nas proximidades da costa atlântica. Estas bordas são bem evidenciadas na chegada de cidades como Comodoro Rivadávia, Cte Piedra Buena, San Julián e Rio Gallegos, quando você abandona o platô e desce para beira-mar. A fauna é dominada por lebres, guanacos e poucos pássaros. Fomos convidados para um jantar de congraçamento com cordeiro na brasa no camping PescaZaike, mas como Gabriel já estava dormindo preferimos levar nosso quinhão para o motorcasa: pão caseiro, salada e costelas de cordeiro. Os Argentinos por aqui são muito solícitos e cordiais. Ouvi de um índio Gaucho em Jaramillo: na Argentina existem 2 tipos de pessoas, as que vivem nas periferias das grandes cidades e as que vivem no interior. Voce poderá sempre esperar cordialidade, amizade e tradição no povo do interior, a maioria de origens índígenas, mas nem sempre encontrará isto nos periféricos. Isto acontece também no Brasil onde a população urbana é mais massacrada pelo stress da correria e violência.

Se você quer ver fauna nas proximidades de Rio Gallegos, a primeira opção é parar no Parque Nacional Monte Leon, na Ruta 3, 180 km antes de Rio Gallegos. Caso você já esteja em Rio Gallegos você pode descer sentido Ushuaia e 5 km após a cidade tomar uma ruta cascalhada para Estância El Condor e Reserva Natural Cabo Virgenes (135 km, rota não indicada para motorcasas).

Ushuaia

Viajando a primeira recomendação é: “avistado um posto de combustível, abasteça tudo que precisar: diesel, gasolina, água, mesmo que o tanque ainda esteja acima da metade”. O vento no dia 7/12 foi muito forte em Rio Gallegos: o motorcasa, apesar de apoiado nas sapatas, balançava ao sabor dos ventos. Em 8/12 saímos para Ushuaia, chegamos na balsa em Punta Delgada umas 11 horas da manhã e atravessamos o Estreito de Magalhães com golfinhos pretos de barriga branca nadando e passando por baixo do ferry-boat. O custo da travessia foi de R$200,00 para os 2 veículos. Descendo para Ushuaia, entre a balsa no Estreito de Magalhães e a cidade de Rio Grande existe um trecho Chileno de 130 km sem pavimentação: progredir devagar e sempre. Rodamos devagar (20-30 km/h) na estrada de rípios e chegamos já anoitecendo em Rio Grande, abastecemos S10 e gasolina Super num posto Esso. O motor da geladeira pifou em Rio Gallegos no dia 7 (só percebemos no dia 8) devido a problemas de oscilação de energia associados aos ventos: como não estávamos no motorcasa não conseguimos evitar o problema.  O motor foi trocado numa autorizada Consul no dia 09/12 em Rio Grande e às 16:00 hs partimos para Ushuaia.

Chegamos em Ushuaia no dia 09/12 as 19 horas, após 6957 km, com 3 horas de luz natural ainda pela frente. Acampamos no camping Municipal e pegamos energia num gato feito por um suíço num motorcasa Classe C. O camping não tem energia e água disponível, devido a vandalismo de campistas. À noite a temperatura bateu nos 5º C. No dia 10 nossa prioridade era água, então tentamos na estação de Trem del Fin Del Mundo, ao lado do camping, o que nos foi negado. O camping da pista de esqui “La Pista del Andino” fechou as portas. Conseguimos a indicação de um camping que atende motorcasas/campers de europeus no final pavimentado da Ruta 3 (tem que atravessar toda a cidade de Ushuaia sentido Parque Nacional), coordenadas S 54º 49’ 39” e   O 68º 21’ 40”, com água, energia, banho quente e WIFI. No dia 11/12 tomamos o “Trem del Fin del Mundo” que faz um pequeno passeio bordeando o Rio Pipo e adentra o Parque Nacional, numa antiga rota de prisioneiros para a prisão de Ushuaia (1898-1932). O passeio é caro para o pouco que oferece, mas é válido (2 ½ passagens, R$250). O clima no verão em Ushuaia é bem temperamental e pode mudar a qualquer momento, portanto é importante que você esteja sempre preparado com as vestimentas: de calor a frio, de seco a chuvoso. Na tarde do dia 14 saímos para um passeio de Catamarã, o mais tradicional nesta época de verão. Ao custo de PA$1070 (R$230 para 2 ½ passagens) percorremos o Canal de Beagle até o Farol, onde há uma pingüineira. Este é um canal estreito descoberto nos anos 1600 e muito usado pelos navios comerciais antes da abertura do canal de Panamá em 1920. Ushuaia é rodeada de vulcões extintos da cadeia montanhosa dos Andes. Em Ushuaia, fizemos outros passeios de TR4, entre eles Vale do Carbajal e Baia Lapataia.

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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