Possui uma certa dificuldade inicial até pegar o jeito de armar ou para os campistas inexperientes. Inicia-se a montagem pelo sobreteto, onde é preciso passar as varetas por bainhas na parte externa da cobertura. A presença de bainhas é sempre um tanto complicada, pois deve-se armar toda a vareta esticada no chão, podendo sujar as pontas e consequentemente a barraca. A passagem pela bainha também deve ser feita sempre empurrando o conjunto pelo túnel, pois se puxar os gomos se separam e “mordem” o tecido causando mais trabalho. O mesmo acontece na desmontagem. No caso da Arpenaz 4.2 não é possível a presença completa de grampos (possui somente nas extremidades) já que as varetas ficas externas ao sobreteto.
Uma grande vantagem é a possibilidade de montagem e desmontagem na chuva. Os dormitórios são totalmente independentes da cobertura e são armados posteriormente. Desta forma pode-se armar todo o sobreteto na chuva preservando os dormitórios e demais pertences secos. O campista já protegido da chuva poderá arrumar sua barraca tranquilamente.
MONTAGEM:
Após escolher o local, estica-se a cobertura no chão e passa-se as 4 varetas nas respectivas bainhas. São dois tipos diferentes de varetas identificadas por cores para apontar as posições. Após passar as varetas pelas bainhas, arma-se o arco prendendo-as nos espetos. Armados os arcos é hora de esticar e prender o sobreteto. Inicia-se por uma das extremidades, fincando os espeques nos amarrilhos. Estes são feitos em cintas de nylon com fivela que auxilia no reaperto das extremidades e garantem boa resistência. É sempre recomendado que se arme a barraca com todas as portas e zíperes fechados, senão podem não se fechar depois por ter ficado muito esticado. Após prender os grampos nas extremidades das varetas que complementam as bainhas é hora de esticar as cordinhas para garan tir a perfeita resistência aos ventos e chuvas. São 8 cordinhas que esticam todo o conjunto e mais 2 que esticam as capas externas de ventilação dos quartos – todas com presilhas esticadoras.
Armada cobertura é hora de “pendurar” os dormitórios. Ambos independentes, devem ser esticados nas 4 extremidades do piso e presos no sobreteto e depois pendurados nas duas linhas de ganchinhos plásticos. O piso da sala também é separado, garantindo a opção de não utilizá-lo. Ele é preso nos dormitórios por velcro, 3 de cada lado, com pequenos ganchos que garantem o rebordo que evita a entrada de água da chuva. Na porta pode ser deixado plano ou também rebordado em caso de proteção. Está pronta a casa para a entrada dos equipamentos, acessórios e demais bagagens pessoais.
ANÁLISE MaCamp:
A barraca se apresenta de boa qualidade. O sobre-teto possui costuras seladas com amarrilhos de boa qualidade em forma de cinta que possuem fivela para reapertos ou regulagens posteriores sem a necessidade de reposição do espeque. O encaixe das varetas nos espetos do sobreteto se dá por buchas nas extremidades, o que se apresentou um tanto apertadas e que se soltaram (algumas) durante a desmontagem. Apesar de ser possível a armação do arco por uma pessoa apenas, o ideal é montar a barraca com a ajuda de uma segunda pessoa. O Manual de Instruções não deixa claro ao campista que ignore os dois dormitórios antes da armação total da cobertura. As ilustrações são bem feitas e as identificações de cores ajudam muito na montagem. O kit de reparos acompanha gomos das varetas e elásticos que se fazem muito úteis aos campistas usualmente. A armação do dormitório é muito tranquila através dos ganchos plásticos. O piso da varanda tem a vantagem de ser de montagem opcional (separado), mas peca pela fixação aos dormitórios que se faz por 3 pedaços de velcro de cada lado. Este poderia ser contínuo, já que além de garantir uma adesão completa, seria mais resistente ao desgaste temporal do material que perde seu poder de adesão ao passar dos tempos. No fundo o rebordo é muito bem garantido por grampos coloridos e na porta pode ser escolhida a posição: plana para entrada e saída sem obstáculos ou em caso de chuva, erguendo um rebordo protegido pela porta do sobreteto. O número de cordinhas cansa, mas é necessário. Os espeques são se boa qualidade, porém curtos para uso em areia pura. São todos de fixação exclusiva, não sendo utilizados para mais de uma amarração, mas poderiam vir em um número maior para reposição ou uso em amarrações extras.
Existe uma grande vantagem de se armar e desarmar a barraca na chuva. O sobreteto pode ser montado sem que se molhe mais nenhum pertence do campista e deixando os dormitórios intactos. Depois de armado, pode-se adentrar com as mochilas ou até mesmo estacionar o porta-malas do carro na entrada da varanda da barraca jogando-se a porta da mesma sobre o capô. Nesta hora já está tudo seco lá dentro para a acomodação da tralha. Outra vantagem é que pode-se optar pela não montagem de um dos dormitórios, criando-se ali um espaço enorme para instalação de sala, cozinha e etc. A sala central mede 1,87m de altura, com dimensões de 2,10m x 1,55m medidos no local.
O sobreteto tem pequenos rebordos que servem como pingadeiras nos dormitórios o que garante uma proteção maior nas chuvas, principalmente quando o piso é de terra ou areia onde acaba espirrando no dormitório. Outra pingadeira interessante se encontra na ancoragem das varetas no sobreteto. Esta região costuma ser o local onde mais escorre a água caída no teto da barraca e esta pedaço de tecido ajuda a escoar para fora do equipamento. A sala possui um sistema de ventilação no teto que garante proteção contra condensação e também ótima exaustão de calor no verão. A ventilação cruzada nos dormitórios é garantida pelo mosquiteiro no fundo oposto ao mosquiteiro presente na porta mista. Esta tipologia nos dá a liberdade de definir esta barraca mais apropriada para o clima quente, já que os mosquiteiros, tanto dos quartos, quanto da sala não podem ser fechados. Portanto não é a melhor barraca para se acampar no inverno e locais muito frios. A porta do dormitório não é dupla (pano e mosquiteiro) e sim única e mista com mosquiteiro incorporado à porta na parte superior. Esta porta é de recolhimento lateral o que garante a não necessidade de se prender aberta e de não sujar fácil. Lembrando que as portas de recolhimento superior acabam tendo que ser presas quando abertas e as de recolhimento inferior se fazem de manejo mais fácil do zíper, mas acabam sujando com mais facilidade. Ainda falando da sala, possui alguns porta-trecos que facilitam muito a organização. Tanto na sala quanto nos quartos existem ganchos para pendurar iluminação e outros pertences. Faltaram as hastes (polos) para se utilizar a porta da sala como toldo.
Os dormitórios são reduzidos para quem está acostumado com as iglus tradicionais. Com os rebordos arredondados e erguidos as dimensões originais caíram para 2,02m no comprimento e 1,30m na largura útil. A altura medida foi de 1,26m mas com a presença da sala central (1,87m), não se vê necessário ficar de pé no dormitório.
A barraca em si é bem pesada, inviabilizando o uso sem carro ou em caminhadas mais longas. Seus 11kg precisam ser carregados por alças de mão. Não há alças de costas e nem de ombro.
Durante a avaliação desta barraca não foi possível sua submissão a ventos e chuva. Um pequeno teste nada técnico com uma mangueira demonstrou boa selagem e impermeabilização. O mesmo ocorreu com a aplicação de uma força maior nas amarras e pontos de ancoragem simulando os pontos críticos em caso de vento.
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Sem |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Não |
|
|
|
|
|
Nos |
|
|
|
|
|
|
|
|
6 no |
|
|
Não |
|
|
|
|
|
8 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
11mm |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|