Muita gente não sabe, mas para se produzir um pneu é preciso combinar mais de 500 elementos e substâncias químicas — borracha, nylon, polyester e até aço — a sofisticados equipamentos, tudo acrescido de uma refinada tecnologia. Isso é necessário porque é principalmente dos pneus que depende a segurança de quem está no interior de um carro — você e a sua família. Daí a razão pela qual os fabricantes investem milhões de cruzados em pesquisas e testes, objetivando um progressivo aperfeiçoamento dos seus produtos e, por conseqüência, garantindo a tranqüilidade dos usuários.
Os componentes – Basicamente, um pneu é composto pela carcaça, talões, laterais e bandas de rodagem. A primeira é o conjunto de lonas não visíveis, formadas por cordonéis de fibras texteis ou de aço. Os talões, cuja finalidade é prender o pneu à roda, são formados por fios de aço recobertos por borracha ou cobre. Já as laterais protegem a carcaça contra choques externos, enquanto a banda de rodagem, em borracha resistente à abrasão, é a parte que fica em contato direto com o solo. Dos seus sulcos e desenhos dependem a aderência, a tração e a estabilidade do veículo, além da quilometragem, ruído e conforto.
Os vários tipos – O pneu pode ser de vários tipos, sendo que o mais comum é o diagonal (convencional). O radial, segundo os técnicos da Firestone — uma das maiores fabricantes de pneus em todo o mundo — é o que oferece mais vantagens: maior tração e durabilidade, maior aderência ao solo e maior resistência aos impactos. Um pneu diferenciado é o sem câmara, que elimina os riscos de estouro ou vazamento repentino. E há, também, o recauchutado — que recebe uma banda de rodagem nova em oficinas especializadas. Esse pneu, aliás, é quase tão du-
rável quanto um novo, custa a metade do preço, oferecendo a mesma segurança, desde que o serviço seja feito com maquinário adequado, como o utilizado por várias firmas das grandes capitais. Essas firmas, por sinal, são fiscalizadas pelo Conselho Nacional de Trânsito.
Compra e montagem – Quando você compra pneus novos, é recomendável, também, adquirir câmaras de ar novas, tomando o cuidado de mandar lixar as rodas na hora da montagem e posicionando a válvula perto dos talões (conforme a indicação). O conjunto de pneus também deve ser alinhado e balanceado nas revendedoras. Ressal-te-se que qualquer pneu tem garantia efetiva contra defeitos de fabricação, a qual vale para a sua vida original. É importante, ainda, que, nas laterais, esteja o nome do fabricante (ex: Firestone); o modelo (ex: S – 211); a medida (ex: 185/70SR13); e o tipo (ex: radial, sem câmara).
Rodízio e calibragem – A Firestone, em seus manuais, recomenda que para manter o desgaste uniforme, deve-se fazer o rodízio dos pneus a cada 5.000 quilômetros, utilizando-se o estepe. Com isso, aumenta-se a vida útil dos pneus. Outras recomendações são quanto à calibragem:
1 – Só calibrar os pneus quando estiverem frios;
2 – Seguir as pressões especificadas pelo fabricante;
3 – Não reduzir a pressão no meio de uma viagem;
4 – Acompanhar a operação de calibragem;
5 – Verificar a relação carga-calibre;
6 – Examinar se a válvula está ajustada e com a respectiva tampinha de vedação;
7 – Utilizar um calibrador manual (pequeno, que você compra em qualquer pos-to).
Algumas dicas sobre pneus
• Respeite os limites máximos de carga, evite saídas bruscas e mantenha velocidades constantes. Tudo isso ajuda a conservar os pneus.
• Evite choques com o meio-frio, desvie-se de buracos e trilhos. Procure livrar-se de pedras maiores.
• Nunca use os pneus “riscados”, isto é, aqueles com sulcos feitos por certos borracheiros, quando se gasta a banda de rodagem. E muito inseguro.
• Coloque os pneus recauchutados nas rodas traseiras e, se puder, não dependa de manchões.
• Quando for limpar os pneus, use produtos neutros para não afetá-los.
• Se o pneu furou, a primeira providência é controlar o carro. Depois, leve o carro para o acostamento, desligue o motor, engrene a primeira marcha e puxe o freio de mão. Só depois cuide de colocar o triângulo de segurança e trocar o pneu furado.
A segurança dos sem câmara
Você sabia que os pneus sem câmara possuem uma camada de segurança que garante elevado índice de segurança contra estouros? A Firestone faz questão de divulgar informações como essa nos manuais que edita e distribui periodicamente. Nesses manuais, além de recomendações gerais sobre a manutenção de pneus diagonais e radiais, há capítulos específicos sobre o pneu sem câmara por ela fabricado. Explica-se, por exemplo, que a principal característica da camada de segurança — chamada tecnicamente de camada estanque — é a de proporcionar muita garantia em casos de furos ou estouros. Quando um prego atravessa essa camada, esta adere de imediato, evitando a saída do ar. A carcaça também fica reforçada, oferecendo maior resistência contra os eventuais impactos. A Firestone recomenda, entretanto, que qualquer conserto comum num pneu sem câmara deve ser feito por especialistas, já que o aro da roda precisa estar absolutamente liso e a pressão nunca pode ser superior a 40 libras. Nos remendos, emprega-se cola auto-vulcanizante, cuja numeração varia conforme o tamanho do furo. Ressalta-se que, mesmo furado, o sem câmara esvazia lentamente, permitindo providências a tempo.