RE: Geladeira a Gás
Xará Marcão, Também sou fã das geladeiras a gás, pelos mesmos motivos que você colocou. Quando vi sua postagem no FB direcionando para cá, vim correndo (tenho que frequentar mais). Confesso que vinha fraquejando neste amor. A minha unidade, às vezes gela que é uma beleza, e em outras nega fogo, digo, gelo. Eu tenho uma Safari que já veio com ela, porém com o sistema de gás inoperante. Com as dicas do seu site, consegui consertar com facilidade. O problema era tão somente que o centelhador (starter) havia se soltado com a movimentação do veículo. Não bastou colocá-lo de volta no encaixe – é preciso um ajuste fino, baseado em tentativa e erro, para deixá-lo numa posição em que funcione. Mas uma vez feito, nunca mais deu problema.
Houve sim um veículo que pegou fogo por causa do sistema de GLP – não é possível afirmar que foi especificamente a geladeira. O Marciano contou na lista dos Safaristas como perdeu sua Safari depois de fazer uma parada em posto na estrada. Ele não quis se arriscar no combate ao fogo, por medo de explosão do botijão. O risco de incêndio foi explicado por outro campista, o André. Na verdade, o risco não está relacionado propriamente à geladeira, ao fogão ao aquecedor, ou a outros equipamentos que usem GLP. O risco está em três coisas, nas mangueiras, nos encanamentos que percorrem o veículo e no botijão de GLP. Mangueiras – Usadas nas porções terminais dos encanamentos, elas precisam ser trocadas a cada cinco anos por exemplares com selo NBR. Mas muitos usuários de GLP, residenciais inclusive, não atentam para a validade impressa no corpo da mangueira. Outra questão, elas só podem ter no máximo 1m25cm.
- Contramedida: Trocar as mangueiras dentro da validade por exemplares com selo NBR.
Encanamentos – Aqui há dois riscos. O primeiro é que com a torção da carroceria em viagens, ao longo do tempo, o desgaste pode se transformar em trincas e pequenos vazamentos surgirem. Um pedra no solo também pode ser projetada contra os encanamentos e causar avarias. A segunda questão é que, com o balanço do veículo, o GLP ainda em estado líquido poder passar para os encanamentos. Nesta situação, se o líquido fizer contato algo que provoque ignição, ele pode funcionar como um rastilho de pólvora (backfire) e levar a chama até o botijão, que pode explodir.
- Contramedida: Inspecionar regularmente os encanamentos. Pode-se fazer uma inspeção visual quando colocar o veículo em elevador para fazer alinhamento, por ex.. Jamais utilizar o botijão na posição horizontal, inclinada, ou de ponta-cabeça.
- Precaução: viajar com a válvula junto ao Botijão fechada e ficar atento a sons e odores depois de abri-la. No caso da Safari, eu tenho a opção de ligar a geladeira na bateria durante os deslocamentos.
Botijão – Ao comprar ou trocar o botijão verificar seu estado geral, se não apresenta ferrugem, se está corretamente pintado e lacrado, etc, e se ele é de uma medida padrão: P5, P8 ou P13.
- Alerta: Atenção especial com os vasilhames P2, os botijões de 2Kg, popularmente conhecidos como “liquinho”. Em alguns estados a revenda e recarga desta vasilhame estão proibidos. O uso desta garrafa representa risco porque ela não é dotada de válvula e não possui a válvula de segurança (fusível) que deixa o gás escapar quando um incêndio ocorre, ou seja, nestes casos, o GLP dentro dela aquece até explodir. Em muitos casos, esse botijão não possui “pé”, ou seja, toda vez que ele é arrastado para ser substituído, sua parede se desgasta e vai “afinando”, até um momento em que não aguenta a pressão e “explode” mesmo sem um fator de ignição.
Dessa eu não sabia. Vou por em prática. A minha opção era usar a geladeira 24h, mesmo quando o veículo estava guardado – o que só é possível graças à opção do GLP. Mas não tenho feito devido à dificuldade de repor o botijão.
A arquitetura do nicho da Safari para a geladeira não é boa. Embora a chaminé dissipe o calor da chama-piloto, não atua sobre o calor gerado pelo dissipador externo, que fica retido no topo da geladeira prejudicando seu funcionamento. Um safarista melhorou o desempenho colocando ventoinhas 12v (de computador) para “soprar” o calor para fora, vou tentar fazer isso. Outra questão é que na Safari a chama-piloto não é protegida do vento, com o veículo em movimento ela apaga. Mas vejo a limitação até como medida de segurança. Embora a geladeira tenha dispositivo que corta o gás nestes casos, não convém facilitar.[hr]
Odair, A Geladeira “Consul Camping” tinha resistência elétrica e podia ser utilizada ligada na eletricidade ou no GLP. Ela não é mais fabricada. A geladeira “Consul Rural”, que continua disponível por encomenda, só tem o sistema de GLP. A Consul faz o alerta porque existem riscos no uso de GLP em um veículo em movimento. Eles podem ser minimizados, mas existem. A empresa precisa fazer o alerta no modelo Rural para não ser responsabilizada por problemas na geladeira advindos desse tipo de uso. Esse tipo de alerta é comum. Nas geladeiras de compressor vendidas para uso residencial, por exemplo, a garantia é invalidada se for comprovado que houve uso comercial.[hr]
Mateus, parabéns pela reforma. Vou me guiar pelo que li aqui e fazer igual. Você pode me informar o link do seu video ou canal no Youtube?[hr]
Marcão, onde eu posso comprar esses termômetros?[hr]
Não esquenta pq vc circula pelo sul do país. No NE não vai suportar. Quanto ao Detran, é preciso apenas que haja uma cor predominante, ou seja, que cubra mais de 50% da superfície do veículo. Estude qual é a melhor combinação mas dê preferência em pintar o teto de cor branca ou prata, o que, inclusive, vai ajudar a geladeira. Mas… preto? O dono anterior era fã de Death Metal ou era funerário?[hr]
Eles podem ter travado porque houve oscilação na energia. Talvez seja melhor consultar um profissional autoelétrico para evitar recorrência.

