Em busca da casa móvel
- Este tópico contém 371 respostas, 40 vozes e foi atualizado pela última vez 7 anos, 7 meses atrás por GustavoN.
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2 de abril de 2015 às 00:12 #45872GustavoNBloqueado
Olá a todos, Esse tópico é em parte minha introdução ao forum, e em parte a história da busca de nossa casa móvel nos últimos meses, que pode servir de inspiração ou no mínimo um pouco de entretenimento. Trabalho na área de software (e um pouco de micro-eletrônica, como hobby), e há muito tempo pensava em ter uma casa móvel. Estudava possibilidades, inclusive lendo muitas threads interessantes aqui no forum (obrigado!). Apesar de não ser praticante do acampamento mais tradicional, sempre gostei de viajar com menos planos de estadia, permitindo que a viajem se adaptasse a vontades imediatas de acordo com os lugares visitados, e sonhava com a possibilidade de ficar com algum conforto em lugares sem infra-estrutura nenhuma. Bom, a vida foi passando e cheguei nos meus 36 anos tendo isso só como um sonho possível mas aparentemente distante. De repente, algum tempo atrás meu filho fez 2 anos, e comecei a sentir um senso de urgência. A velocidade da evolução dele, como a de qualquer criança dessa idade, salta aos olhos. Em breve vai chegar o período da escola, o que vai nos limitar bastante em termos de datas, e em seguida a adolescência pode nos tirar o parceiro por algum tempo. Ficou claro que o melhor período, e que provavelmente criará o sentimento mais duradouro pra ele, é agora. Resolvi então aproveitar alguma disponibilidade financeira que tinhamos para botar o sonho em prática. O primeiro passo foi intensificar os estudos das possibilidades, incluindo teoria e manuais de equipamentos, relatos de viagens e experiências que me trouxeram mais pra perto deste forum, e até mesmo os classificados da região para acostumar com a faixa de preço e qualidade relativa dos equipamentos disponíveis no mercado. Então chegou a hora de começar a botar o plano em prática. Algumas semanas atrás começamos a visitar os equipamentos anunciados e a entrar em contato com as fábricas da região (vivemos em Pelotas, RS). Os primeiros equipamentos que visitamos foram os mais próximos de nós, por uma questão de praticidade. Não tinhamos esperança nenhuma de fazer negócio nas primeiras vezes, mas era importante entender a variedade e o estado dos equipamentos, e também queriamos entender na prática como é que a gente se sente dentro dos espaços de diferentes tamanhos. Bom, até aqui foi a parte chata da história, e a teoria que precede as visitas, as fotos, e o desenrolar da história. Nas próximas mensagens continuo com a parte boa.
2 de abril de 2015 às 00:58 #58352GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200]
2 de abril de 2015 às 01:23 #58353GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200] Primeiramente conversamos por telefone, e a visita em sí demorou um pouco porque estavamos sem combustível devido à greve dos caminhoneiros na região. Por telefone ficamos sabendo que o motor estava com somente 32 mil km, o que me deixou animado. Se a lataria estivesse em bom estado, poderiamos fazer somente uma modernização interna e ficar com um excelente motorhome. Na visita, ficou claro que o motor não era tão novo assim. O Amauri comprou o motor usado com 20 mil km e andou mais 12, mas a aparência física do motor não era de 32 mil km. Havia evidência clara de pequenos vazamentos de óleo, e a aparência física era de um motor ao norte de 200 mil km. Talvez fosse só a aparência, e ambos os vendedores me pareceram muito sérios, mas era difícil de comprovar a história do motor antes de chegar na mão deles. A lataria do veículo estava em muito bom estado, e a aparência interna era razoável para um veículo 85: [attachment=5201] Ao mesmo tempo, os pequenos detalhes eram inúmeros. Pequenos vazamentos, pequenos locais com indícios de cupim, faróis adaptados que não funcionavam, e assim por diante. Nada que não se arrumasse, e tudo relatado pelos próprios donos. Certamente um novo dono irá apreciar o veículo e fazer muito bom uso dele por anos a vir, mas não estavamos dipostos a arriscar a felicidade de nossa primeira experiência dessa forma. Dois fatos também serviram de aprendizado durante a pesquisa e visita ao veículo: o consumo de 5km/l pode comprometer nossas decisões de viagens, e seja onde for, gostariamos de móveis mais claros para ampliar a sensação de conforto. No todo, a primeira vista foi ótima. Trocamos muitas idéias, aprendemos, e melhoramos nossa compreensão do que queremos e não queremos. Em breve continuo a história…
2 de abril de 2015 às 01:25 #58354GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200] Primeiramente conversamos por telefone, e a visita em sí demorou um pouco porque estavamos sem combustível devido à greve dos caminhoneiros na região. Por telefone ficamos sabendo que o motor estava com somente 32 mil km, o que me deixou animado. Se a lataria estivesse em bom estado, poderiamos fazer somente uma modernização interna e ficar com um excelente motorhome. Na visita, depois que conseguimos reabastecer, ficou claro que o motor não era tão novo assim. O Amauri comprou o motor usado com 20 mil km e andou mais 12, mas a aparência física do motor não era de 32 mil km. Havia evidência clara de pequenos vazamentos de óleo, e a aparência física era de um motor ao norte de 200 mil km. Talvez fosse só a aparência, e ambos os vendedores me pareceram muito sérios, mas era difícil de comprovar a história do motor antes de chegar na mão deles. A lataria do veículo estava em muito bom estado, e a aparência interna era razoável para um veículo 85: [attachment=5201] Ao mesmo tempo, os pequenos detalhes eram inúmeros. Pequenos vazamentos, pequenos locais com indícios de cupim, faróis adaptados que não funcionavam, e assim por diante. Nada que não se arrumasse, e tudo relatado pelos próprios donos. Certamente um novo dono irá apreciar o veículo e fazer muito bom uso dele por anos a vir, mas não estavamos dipostos a arriscar a felicidade de nossa primeira experiência dessa forma. Dois fatos também serviram de aprendizado durante a pesquisa e visita ao veículo: o consumo de 5km/l pode comprometer nossas decisões de viagens, e seja onde for, gostariamos de móveis mais claros para ampliar a sensação de conforto. No todo, a primeira vista foi ótima. Trocamos muitas idéias, aprendemos, e melhoramos nossa compreensão do que queremos e não queremos. Em breve continuo a história…
2 de abril de 2015 às 01:45 #58355Ronald AtauloParticipanteGustavo, adorei sua forma de relato… continue que esta legal!!!!
2 de abril de 2015 às 03:31 #58358GustavoNBloqueadoObrigado, Ronald! Fico contente que esteja sendo legal. Na sequência da história, decidimos nos voltar para uma paixão nacional. Já sabiamos como era a sensação de espaço dentro de um motorhome de grande porte. Qual seria, então, a experiência dentro de uma Kombi Safari, e por que ela é tão popular? Mesmo antes da visita, durante a pesquisa preliminar, a segunda parte da questão já ficou clara. Simplesmente não existe nenhum motorhome industrializado (não feito “em casa”) próximo da faixa de preço das Safari no Brasil, ainda mais consiederando que o pequeno motorhome acomoda o sono de 4 ou 5 pessoas. É uma forma acessível de entrar no mundo das casas móveis, e de manutenção muito barata. A paixão é totalmente justificada. Fomos então em busca de uma Safari a venda para visitação, e encontramos uma pertinho de casa: [attachment=5202] [attachment=5203] [attachment=5204] O anúncio indicava que era uma Safari 83 “pronta para viajar”, mas eu não esparava muito pelo preço estar bastante abaixo do mercado. Se estivesse em excelente estado, ou estavamos com muita sorte ou já não estaria a venda. Marcamos então com o Ramilton e fomos conhecer a dita, e novamente fomos muito bem recepcionados. Logo no início da visitação o Ramilton explicou que o motor fundiu e foi recuperado, e que quando ele comprou era utilizado um rodado duplo adaptado que foi removido em favor da configuração original. Ainda observando o compartimento do motor, percebi que a bomba de água estava desconectada da alimentação, e a explicação dada é que a caixa de água não era utilizada, pois sempre que se chegava em um camping o sistema de água era conectado diretamente a torneira. Mas a princípio estava funcionando e poderia ser testada. Entrando na Safari foi um grande contraste em relação ao primeiro motorhome. Já era óbvio que o espaço era extremamente limitado, mas uma coisa é compreender, e a outra é sentir. Por concidência o dia também estava bastante quente, e a falta de um ar condicionado no espaço restrito tornou a visita desconfortável, o que provavelmente foi marcante e determinante na futura opinião da minha esposa a respeito de veículos pequenos. Dito isso, o estado interno em geral era bastante razoável, e compatível com o valor anunciado. Não ficou claro o quanto da infraestrutura de viagem realmente funcionava, pois nada do banheiro era utilizado nas viagens, e a geladeira (original!) aparentemente só funcionava com o veículo nivelado. Novamente, compatível com o valor anunciado.. mesmo com uma boa reforma provavelmente ainda ficaria abaixo de veículos semelhantes no mercado. Um fato engraçado: aparentemente o Ramilton recebe em torno de 10 emails por dia a respeito do anúncio, e naquele dia havia recebido um que solicitou fotos mais recentes, pois a que estava online era de quando ela era nova, em 2012, e agora em 2015 já haviam se passado 3 anos desde as fotos! Alguém não fez o dever de casa. Ao mesmo tempo que conversava com o Ramilton, também entrei em contato com a Ana, que possuia uma Safari em Porto Alegre recém reformada e retornando de uma viagem de 6 mil km: [attachment=5205] [attachment=5206] O valor era 18 mil acima da primeira Safari, mas aparentemente em um excelente estado, incluindo ar condicionado e outras adaptações adequadas. A Ana foi muito amigável, forneceu vários detalhes interessantes de sua vida de campista, e disse que estava vendendo ela em busca de um veículo maior. Tentei marcar uma visita com a Ana, mas nossos telefonemas se desencontraram, e depois com a primeira visita feita já haviamos aprendido o suficiente a respeito dessa opção, e ficou claro que não iriamos muito longe nessa direção. Ainda devo um telefonema de agradecimento a Ana. Novamente, muito foi aprendido nessas visitas e conversas, e somos gratos aos anfritriões. Vou tentar continuar amanhã…
2 de abril de 2015 às 09:26 #58359Rodrigo RibeiroParticipanteEmpolgante relato, adorei a forma simples de explicar as características principais de cada conjunto. Parabéns, aguardo ansioso o desfecho. Abraços
2 de abril de 2015 às 12:14 #58360Andre AmericanaParticipanteMuito bom texto… estamos aguardando a continuação.
2 de abril de 2015 às 13:24 #58362Paulo RogérioParticipanteGustavo, Bom Dia! Sensacional o seu relato em busca da ” primeira casa móvel”. Vou acompanhar! Abraços e Feliz Páscoa!
2 de abril de 2015 às 21:36 #58373EdintruderParticipanteOpa! Somos quase vizinhos então! Vou acompanhar a tua saga que está ótima!
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