Patagonia 2016: Expedição MaCamp de Trailer.
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Buenas Newton, então estava na Bela e Santa também?
Sim, vimos um Turiscar, acho que um Vila Rica, rebocado por uma F250 prata, más apareceu na mão contraria, ele indo em direção de Curitiba, e nem deu tempo de acenar, pois quando vimos ao sair duma curva, já estava de nosso lado no sentido contrario: mais para frente, vimos, indo no nosso mesmo sentido, um MH Turiscar, acho que do modelo Solymar, e para este sim, acenamos e buzinamos, gentilmente respondido pelo felizardo do Turiscar…isso que é vida…saudades do Guanaquito.
Pois é, embora com a Frontier sozinha, dirigida nas subidas e curvas dum jeito mais “esportivo” (se é que pode se chamar de esportivo um carro de mais de 2 toneladas!), a saudade do Trailer sendo rebocado, fazia que a estrada não tivesse o mesmo encanto…e na hora de parar para o “bio-break”, como diz meu amigo Meigo? As meninas só falaram 53 vezes da saudades de levar nossa casa rodante junto…saudades…
Bom, vou continuar com o relato: abraços Newton!
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Meigo, essa dos “aero-cachorros” não conhecia! KKKKKKK
É Neivinha, o pessoal não respeita mais como antigamente…na próxima, você se ajoelha e bate nele….KKKKKK
Abraços!
Dardo.Quarta-feira, 27/01/2016:
O dia amanheceu com uma garoa que antecederia à chuva, conforme pronosticado, e foi muito bom já ter atrelado o comboio na tarde anterior, e o friozinho também se fazia presente, mais que nada para lembrar que mesmo em pleno verão, na Patagonia o clima é muito variável!
Tomamos o café da manhã, e nos aprontamos para a partida. Momento triste da despedida daqueles que com tanto carinho nos receberam, e profundamente gratos pela acolhida, um abraço forte, e uma que outra lágrima que se escapa, sem a vergonha de mostrar que sim, ao final, somos feitos de sentimentos…e assim, com o Bagualito, o Papa-léguas e o Guanaquito voltando a trotar felizes, acordado do seu descanso de dias, vamos percorrendo a estradinha que nos leva para a Ruta 40, em direção a Bariloche.
Passamos pelo El Bolsón, num dia triste e cinza, como era nossa despedida do lugar…logo ganhamos a Ruta 40, e lá vamos nós, galopando pela estrada que nos recebe de volta, com saudades mal disfarçadas e futuros feitos de surpresas!
A subida pelo “Cañadón de la Mosca” foi relativamente rápida, num despejar de potencia dos rebocadores, que falaram alto na longa subida, e não tivemos como parar muito para fotos e vistas panorâmicas, em função que a chuva vinha em nosso encalço; ainda bem que na ida, como recordarão, o tempo estava muito bom, e pudemos ver, parar, fotografar e admirar aquelas paisagens belíssimas.
Deixamos o asfalto da Ruta 40, e ingressamos pela estradinha do Camping, que tem uma extensão de pouco mais de 1,5 km, um pouco estreita, cheia de curvas e bordeada de arvores na sua totalidade, até o lugar onde iriamos a passar uma semana.
Chegamos no Camping Los Baqueanos perto de 12 hrs., e foi uma corrida contra o tempo para instalar o acampamento antes do que a chuva nos alcançasse, e depois de pronto, almoço tardio, más não por isso, menos gostoso.
Tudo pronto com os primeiros pingos se derramando mansamente sobre os telhados das nossas casas…seria um crime de Lesa-Majestade contra a soberania do Guanaquito não tirar um cochilo no Trailer quentinho, enquanto lá fora, o vento frio e a chuva gelada se debatiam com ímpetos valerosos…hmmm, soneca gostosa num Turiscar aconchegante…sim, o Paraíso existe, e é muito mais do que uma estação de metrô em Sampa!
De tardinha, quase anoitecendo e quando a chuva deu uma trégua, fizemos uma fogueira de boas vindas, algo insistentemente pedido por Fabrício, e que nos reuniu em torno, aproveitando para nos aquecer o corpo e o coração, enquanto o entardecer se desenhava no médio das nuvens e da montanha; após a fogueira se consumir, o fogo foi devidamente apagado, em observância às normas locais, e também pela nossa consciência de Campistas responsáveis.
Bom, a jantar e dormir, que amanhã, vamos aproveitar que o caminho de terra para o Cerro Tronador não vai ter poeira por causa da chuva, e aproveitaremos para vistar a geleira e o pé do Tronador, um antigo vulcão adormecido à milhares de anos, embora geologicamente ativo.
O dia foi tão corrido para mim com todas as atividades que tinha, que não deu tempo para tirar fotos, pelo qual só teremos as fotos de Isabella, preciosas e lindas, por sinal.Fotos de Isabella:
Dia de garoa…lembrei de Sampa…bom, também não é tanto assim…
As nuvens da garoa parecem incendiar o bosque no morro…
“Pai, vamos levar de reboque no Bagualito?”
As montanhas encobertas de nuvens no “Cañadon de la Mosca”.
Chegando com a chuva…
Lago Gutierrez envolto com a nebulosidade baixa e chuva.
Festival de fagulhas impulsadas pelo vento.
Uma fogueira muito especial…
O fogo não tem idade para nos encantar.
Fogueira no escurecer…
O fogo nos fascina…
Hora de apagar a fogueira e ir a dormir.
Os “Bombeiros Voluntários de Los Baqueanos” fazendo a coisa certa…
Fogo controlado…missão cumprida!
Continua…
Lenha para o assado.
Penso que vocês estavam com muita fome, quando buscaram a lenha.Achei que era para “imolar” o Guanaquito.
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