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GustavoNBloqueado
Muito obrigado pelos comentários! Continuamos então a história… Enquanto faziamos as visitas e aprendiamos com veículos usados interessantes que estavam próximos, também estudavamos as empresas que faziam veículos novos. Uma das empresas que nos chamou a atenção foi a Santo Inácio, localizada em Gramado na serra gaúcha, com veículos relativamente pequenos mas com bastante acomodação. Uma das plantas mais interessantes que vimos foi a do veículo de 8 metros e meio, com slide-out na sala. Utilizando a mesma técnica da Safari com uma cama sobre a cabine, o veículo oferece acomodação para o sono de 6 ou 7 pessoas com conforto: [attachment=5207] [attachment=5208] Depois de um estudo preliminar, entrei em contato com a Santo Inácio para entender melhor a proposta. Fui atendido pelo Victor, do departamento comercial, que durante uma agradável conversa de duas horas por telefone me explicou em detalhe o equipamento, e também todo o processo de acquisição e fabricação dos veículos, que precisa ser agendada e demorava em torno de 6 meses para finalização naquele momento. O preço para aquisição é alto, mas não totalmente inesperado pelo que já estavamos vendo em geral no mercado de usados. No momento do contato o preço base da montagem ficava em 239 mil, e o preço do chassis Iveco 70C16 Daily, que deve ser adquirido diretamente da Fiat, era estimado em 120 mil. Na soma, e adicionando alguns dos opcionais mais interessantes que gostariamos (sala slide-out, cozinha externa, etc), o preço agregado girava em torno dos 430 mil. Apesar de ser um equipamento de muita qualidade e muitos opcionais, certamente um sonho de consumo de muitos campistas, esse valor é proibitivo para nós. E mesmo que conseguíssemos fazer algum parecelamento milagroso para chegar a esse valor, não conseguiriamos sentar e rodar em um equipamento de meio milhão e esquecer disso, o que acabaria com a diversão. Sem abandonar a idéia por completo, nos voltamos para os usados. Quase que surpreendentemente, tivemos dificuldade de achar um Santo Inácio usado para vender, o que comprova a impressão inicial: esse é um dos melhores motorhomes fabricados no Brasil, e seus donos não o vendem, ou vendem relativamente rápido. Fizemos então duas frentes de contato: o Victor da Santo Inácio gentilmente nos colocou em contato com o Roger que é o único proprietário de um Santo Inácio na nossa cidade, e paralelamente encontramos um destes motorhomes a venda na cidade de Não Me Toque (ironicamente) no Rio Grande do Sul. Liguei para o Dirlei, proprietário do veículo a venda, e obtive mais detalhes do equipamento. O veículo é um Santo Inácio 8.5 de 2011, bastante completo, porém com um sofá na sala ao invés da mesa de quatro lugares que vira cama: [attachment=5209] [attachment=5210] Pelas fotos percebe-se que a sala móvel é do modelo antigo, pois nas novas a geladeira sai junto. Não era o ideal, mas longe de ser um fator decisivo. A sala certamente também poderia ser adaptada para a mesa de quatro lugares, e pensamos em entrar em contato com o Victor para ver quanto sairia para fazer o serviço. Porém, antes disso precisavamos conversar sobre o valor. Os 360 mil solicitados ainda estavam muito fora da nossa realidade. Conversando com o Dirlei, ele fez um desconto para pagameto a vista, e nos deixou a vontade para fazer uma proposta. Porém, não quisemos fazer a proposta. Ficaria muito longe do valor solicitado, e poderia ser ofensíva (apesar de que propostas nunca devem ser consideradas ofensívas, mas acontece). Ainda assim, queriamos conhecer esse grande representante do campismo brasileiro, e na semana seguinte fomos visitar o Roger. Fomos muito bem recebidos, com direito a um tour completo por dentro e por fora do equipamento. O modelo dele era exatamente o que tinhamos visto como o ideal, e ainda por cima possuia uma série de opcionais instalados por conta, como o Rodo Ar e um reforço na suspensão (este último já está sendo feito na fábrica com os modelos novos, segundo ele). Outra curiosidade é que o modelo dele, apesar de ter alguns anos, possuia já o sistema de slide-out que leva a geladeira junto. E não foi por acaso: foi o Roger mesmo que insistiu que a fábrica modificasse o sistema dessa forma, e eles gostaram da idéia e acabaram tornando o sistema como o padrão para novos veículos! Boa idéia de fato. Bom, na despedida fiz uma piada: “muito bonito o teu motorhome, quanto queres por ele?”, com ar de graça. A resposta foi inesperada. Pois não é que o motorhome estava mesmo a venda, e nós não sabiamos? Ele apresentou todo o equipamento como se estivesse a venda, e nós recebemos as informações como se estivessemos visitando um amigo. Infelizmente para nós, o valor era similar ao do Dirlei, e ficamos na mesma situação: evitamos qualquer proposta. Isso para a tristeza de minha esposa, que se apaixonou pelo equipamento. Realmente é lindo e muito bem acabado. Por curiosidade perguntei o motivo da venda, e a resposta era quase que óbvia depois de toda a conversa: para comprar um Santo Inácio novo. Não tirei nenhuma foto do motorhome porque não sabia que ele estava a venda, mas tirei de um lindo forno a lenha disponível no salão do edifício onde ele se encontrava, que fiquei admirado: [attachment=5211] Falando em edifício, uma questão que me chamou bastante a atenção durante o estudo dos Santo Inácio é a altura desses equipamentos. A fábrica recomenda um vão livre de 3 metros e 70, e ao contrário do intuitivo, o ponto mais alto não é a cama sobre a cabine, mas sim o ar condicionado de teto que fica no centro do veículo. Durante todas essas conversas estava em minha mente a preocupação de onde hospedar o gigante, caso fizessemos negócio. Daí pra frente também começei a medir a altura de todos os demais veículos e dos possíveis locais de estadia. Fato divertido para fechar essa parte da história: outra empresa fabricante de motorhomes novos que estudei foi a Vettura, localizada em São Leopoldo, RS. Os estudos não foram muito longe porque mesmo veículos usados são oferecidos lá por preços bastante elevados e sem justificativa aparente. Para se ter uma idéia, há um trailer Turiscar Eldorado 95 sendo oferecido por 69 mil reais no site deles, valor de mercado geralmente atribuido aos trailers grandes em bom estado. O fato curioso é que esse trailer está descrito como oferecendo acomodação para 8 pessoas: 4 dentro, _e 4 fora!_ Pensei em escrevê-los sugeririndo que aumentassem a descrição para 14 pessoas, 4 dentro, e 10 fora. [attachment=5212] Continua em breve…
GustavoNBloqueadoObrigado, Ronald! Fico contente que esteja sendo legal. Na sequência da história, decidimos nos voltar para uma paixão nacional. Já sabiamos como era a sensação de espaço dentro de um motorhome de grande porte. Qual seria, então, a experiência dentro de uma Kombi Safari, e por que ela é tão popular? Mesmo antes da visita, durante a pesquisa preliminar, a segunda parte da questão já ficou clara. Simplesmente não existe nenhum motorhome industrializado (não feito “em casa”) próximo da faixa de preço das Safari no Brasil, ainda mais consiederando que o pequeno motorhome acomoda o sono de 4 ou 5 pessoas. É uma forma acessível de entrar no mundo das casas móveis, e de manutenção muito barata. A paixão é totalmente justificada. Fomos então em busca de uma Safari a venda para visitação, e encontramos uma pertinho de casa: [attachment=5202] [attachment=5203] [attachment=5204] O anúncio indicava que era uma Safari 83 “pronta para viajar”, mas eu não esparava muito pelo preço estar bastante abaixo do mercado. Se estivesse em excelente estado, ou estavamos com muita sorte ou já não estaria a venda. Marcamos então com o Ramilton e fomos conhecer a dita, e novamente fomos muito bem recepcionados. Logo no início da visitação o Ramilton explicou que o motor fundiu e foi recuperado, e que quando ele comprou era utilizado um rodado duplo adaptado que foi removido em favor da configuração original. Ainda observando o compartimento do motor, percebi que a bomba de água estava desconectada da alimentação, e a explicação dada é que a caixa de água não era utilizada, pois sempre que se chegava em um camping o sistema de água era conectado diretamente a torneira. Mas a princípio estava funcionando e poderia ser testada. Entrando na Safari foi um grande contraste em relação ao primeiro motorhome. Já era óbvio que o espaço era extremamente limitado, mas uma coisa é compreender, e a outra é sentir. Por concidência o dia também estava bastante quente, e a falta de um ar condicionado no espaço restrito tornou a visita desconfortável, o que provavelmente foi marcante e determinante na futura opinião da minha esposa a respeito de veículos pequenos. Dito isso, o estado interno em geral era bastante razoável, e compatível com o valor anunciado. Não ficou claro o quanto da infraestrutura de viagem realmente funcionava, pois nada do banheiro era utilizado nas viagens, e a geladeira (original!) aparentemente só funcionava com o veículo nivelado. Novamente, compatível com o valor anunciado.. mesmo com uma boa reforma provavelmente ainda ficaria abaixo de veículos semelhantes no mercado. Um fato engraçado: aparentemente o Ramilton recebe em torno de 10 emails por dia a respeito do anúncio, e naquele dia havia recebido um que solicitou fotos mais recentes, pois a que estava online era de quando ela era nova, em 2012, e agora em 2015 já haviam se passado 3 anos desde as fotos! Alguém não fez o dever de casa. Ao mesmo tempo que conversava com o Ramilton, também entrei em contato com a Ana, que possuia uma Safari em Porto Alegre recém reformada e retornando de uma viagem de 6 mil km: [attachment=5205] [attachment=5206] O valor era 18 mil acima da primeira Safari, mas aparentemente em um excelente estado, incluindo ar condicionado e outras adaptações adequadas. A Ana foi muito amigável, forneceu vários detalhes interessantes de sua vida de campista, e disse que estava vendendo ela em busca de um veículo maior. Tentei marcar uma visita com a Ana, mas nossos telefonemas se desencontraram, e depois com a primeira visita feita já haviamos aprendido o suficiente a respeito dessa opção, e ficou claro que não iriamos muito longe nessa direção. Ainda devo um telefonema de agradecimento a Ana. Novamente, muito foi aprendido nessas visitas e conversas, e somos gratos aos anfritriões. Vou tentar continuar amanhã…
GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200] Primeiramente conversamos por telefone, e a visita em sí demorou um pouco porque estavamos sem combustível devido à greve dos caminhoneiros na região. Por telefone ficamos sabendo que o motor estava com somente 32 mil km, o que me deixou animado. Se a lataria estivesse em bom estado, poderiamos fazer somente uma modernização interna e ficar com um excelente motorhome. Na visita, depois que conseguimos reabastecer, ficou claro que o motor não era tão novo assim. O Amauri comprou o motor usado com 20 mil km e andou mais 12, mas a aparência física do motor não era de 32 mil km. Havia evidência clara de pequenos vazamentos de óleo, e a aparência física era de um motor ao norte de 200 mil km. Talvez fosse só a aparência, e ambos os vendedores me pareceram muito sérios, mas era difícil de comprovar a história do motor antes de chegar na mão deles. A lataria do veículo estava em muito bom estado, e a aparência interna era razoável para um veículo 85: [attachment=5201] Ao mesmo tempo, os pequenos detalhes eram inúmeros. Pequenos vazamentos, pequenos locais com indícios de cupim, faróis adaptados que não funcionavam, e assim por diante. Nada que não se arrumasse, e tudo relatado pelos próprios donos. Certamente um novo dono irá apreciar o veículo e fazer muito bom uso dele por anos a vir, mas não estavamos dipostos a arriscar a felicidade de nossa primeira experiência dessa forma. Dois fatos também serviram de aprendizado durante a pesquisa e visita ao veículo: o consumo de 5km/l pode comprometer nossas decisões de viagens, e seja onde for, gostariamos de móveis mais claros para ampliar a sensação de conforto. No todo, a primeira vista foi ótima. Trocamos muitas idéias, aprendemos, e melhoramos nossa compreensão do que queremos e não queremos. Em breve continuo a história…
GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200] Primeiramente conversamos por telefone, e a visita em sí demorou um pouco porque estavamos sem combustível devido à greve dos caminhoneiros na região. Por telefone ficamos sabendo que o motor estava com somente 32 mil km, o que me deixou animado. Se a lataria estivesse em bom estado, poderiamos fazer somente uma modernização interna e ficar com um excelente motorhome. Na visita, ficou claro que o motor não era tão novo assim. O Amauri comprou o motor usado com 20 mil km e andou mais 12, mas a aparência física do motor não era de 32 mil km. Havia evidência clara de pequenos vazamentos de óleo, e a aparência física era de um motor ao norte de 200 mil km. Talvez fosse só a aparência, e ambos os vendedores me pareceram muito sérios, mas era difícil de comprovar a história do motor antes de chegar na mão deles. A lataria do veículo estava em muito bom estado, e a aparência interna era razoável para um veículo 85: [attachment=5201] Ao mesmo tempo, os pequenos detalhes eram inúmeros. Pequenos vazamentos, pequenos locais com indícios de cupim, faróis adaptados que não funcionavam, e assim por diante. Nada que não se arrumasse, e tudo relatado pelos próprios donos. Certamente um novo dono irá apreciar o veículo e fazer muito bom uso dele por anos a vir, mas não estavamos dipostos a arriscar a felicidade de nossa primeira experiência dessa forma. Dois fatos também serviram de aprendizado durante a pesquisa e visita ao veículo: o consumo de 5km/l pode comprometer nossas decisões de viagens, e seja onde for, gostariamos de móveis mais claros para ampliar a sensação de conforto. No todo, a primeira vista foi ótima. Trocamos muitas idéias, aprendemos, e melhoramos nossa compreensão do que queremos e não queremos. Em breve continuo a história…
GustavoNBloqueadoContinuando a história, o primeiro motorhome que visitamos foi um Mercedes 1113 ano 1985 do Amauri e seu filho Rodrigo, na cidade de Rio Grande: [attachment=5200]
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