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Em maio de 2014, a equipe MaCamp realizou uma reportagem sobre a pavimentação da famosa Serra Paraty-Cunha. A rodovia que passa pelo Parque Nacional da Serra da Bocaina e que era conhecida pelas condições precárias com muita lama e deslizamentos começou a ser pavimentada em 2012. A estrada que não podia ser asfaltada pela preservação da área de parque ganhou força com a necessidade de se proporcionar uma nova rota de fuga em caso de acidentes nucleares das usinas de Angra. Com a construção (ainda inacabada) de Angra III a Serra ganhou a contrapartida da sua pavimentação com 80% custeados pela Eletronuclear (responsável pela construção de Angra III) e 20% pelo Estado do RJ. Mas a questão ambiental não foi deixada de lado e a rodovia, ao invés de asfalto, ganhou um calçamento de bloquetes de concreto que garantem uma melhor permeabilidade do solo. A largura da estrada também não foi aumentada em demasia e o tráfego deverá ser limitado a veículos leves além de ter sua velocidade bastante limitada.

Nossa equipe esteve novamente na Serra Paraty-Cunha em 2016 (fevereiro) perfazendo tanto a subida quanto a descida e traz todas as atuais condições para você.

O trânsito turístico nos finais de semana é intenso, mas o calçamento está quase concluído
Trecho já terminado com calçamento, beiradas e canaletas e guard rail.
Encostas ainda sendo trabalhadas. | Foto: Paula/Marcos Pivari – MaCamp

O percurso de 9,6km já está quase todo calçado, faltando pouco mais de 300m de assentamento dos bloquetes, já que o piso já está compactado. Também há trechos com trabalhos de contenções de encostas e concretagem das calçadas. Toda a parte de muretas de proteções ainda não foram iniciadas, assim como não há a sinalização definitiva.

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Trecho já compactado e aguardando os bloquetes. São apenas cerca de 300m faltantes.
Transição do trecho calçado e já compactado. | Foto: Paula/Marcos Pivari – MaCamp
Pontes novas foram construídas | Foto: Paula/Marcos Pivari – MaCamp

Para evitar que os carros excedam a velocidade (em finais de semana e feriados o trânsito é intenso), foram feitas barreiras em concreto similares a lombadas e placas provisórias indicam as curvas mais acentuadas, além da limitação de velocidade em 20km/h.

Sinalização provisória e concretagem das margens | Foto: Paula/Marcos Pivari – MaCamp

No extremo alto da Serra se encontra o trecho que foi feito inicialmente e o encontro com o asfalto que segue para Cunha fica exatamente na divisa dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O asfalto segue em boas condições por 23km até o centro de Cunha. No extremo baixo a rodovia segue por 13km até o trevo de Paraty na Rio-Santos em condições ruins. Ainda não se sabe se este trecho receberá melhorias, mas abriga um circuito turístico bastante procurado dentre restaurantes e cachoeiras, além de resquícios do calçamento original da Estrada Real.

Extremo alto. Asfalto em boas condições segue por 23km até Cunha passando por diversos pontos de interesse.
Extremo baixo . Asfalto estreito em condições ruins serve ao circuito turístico de montanha de Paraty.
Equipe MaCamp na Estrada de Cunha-Paraty | Foto: Paula/Marcos Pivari – MaCamp
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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

2 COMENTÁRIOS

    • Olá Bárbara. Na ocasiao deste artigo, apenas constava uma placa de “proibido caminhões”. Daí dependerá de como está seu motor home no documento. Sabemos que quando estiver pronta, a estrada será bastante limitada neste sentido, mas até o momento era só caminhões.

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