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A maioria das vezes, as coordenadas, vem com a parte dos segundos com apenas dois dígitos ao invés de três. Isto pode fazer diferença. Ou, o aparelho que a aferiu, poderia estar descalibrado, sem precisão nenhuma. Quando programar o seu GPS por coordenadas, e não achar, vasculha ao redor, que poderá estar por ali, bem próximo, ou o estabelecimento não existe mais…
Enfim, o estacionamento que encontramos era gratuito. Maravilha! Tinha tudo para que fosse feito a manutenção do motor-home no dia seguinte. Um detalhe… As vagas estavam todas tomadas… Tchan! Apelamos para o jeitinho: posicionei o veículo de uma forma que coubesse no local e que não atrapalhasse ninguém, se outro quisesse movimentar o seu carro. Não fiquei numa posição excelente de estacionamento. Tudo bem! No outro dia logo cedo sairíamos. Tinha que dar certo… E deu! Na manhã seguinte, fiz a rotina básica em 15 minutos cravados. Quando fui embarcar no motor-home e preparar para seguir, veio andando em minha direção uma senhora dizendo algumas coisas em francês. Não entendi nada. Estava chateada com alguma coisa. Tentei me expor em seu caminho, para dar a possibilidade de ela falar comigo ou algo assim. Mas, muito rapidamente, ela entrou por uma porta que dava acesso ao escritório daquele local. Chamei e nada… Apesar de eu ser mau entendedor e mau leitor de francês, consegui me certificar novamente, através de uma placa na entrada, que o estacionamento era livre. Bem, embarquei e fui saindo bem devagar para que desse tempo de me atacarem, caso houvesse algo a ser feito… Aí percebi o que estava ocorrendo. Estávamos estacionados exatamente no ponto aonde, provavelmente, esta senhora usava para deixar o seu carro. Pois, o carro, estava colado em nosso motor-home. Pedi desculpas mentalmente, pelo pequeno incômodo causado, e fomos à luta estradeira.
Agora estávamos entrando numa região que trazia uma lembrança lúdica, mesmo que de propaganda. Muito ouvíamos falar dela, seja por filmes ou músicas que ressaltam as belezas dos lugares, neste ponto do Mar Mediterrâneo: Toulon, Saint-tropez, Cannes, Nice e Mônaco. A famosa “Côte d´Azur” ou Riviera Francesa. Seguindo, mas já na Itália, também temos: San Remo e Gênova. Foi um prazer imenso dirigir por esta estrada. O visual é magnífico. A cor da água, as montanhas e as típicas casas e edificações em suas encostas, podem até provocar o término do filme da máquina digital, de tantos pontos existentes para se fotografar… hehe Lembrou-me a estrada Rio-Santos. Já, a parte arquitetônica, de Búzios. Claro que cada qual na sua proposta de clima, vegetação e disposição das coisas. Não dá para comparar quanto à riqueza versus pobreza ou glamour versus desorganização. Mas, muita similaridade, apesar da diferença de nível.
Antes de irmos a Toulon, decidimos ir dar uma espiada em Cassis. Um local que a maioria dos turistas não freqüenta. Valeu a pena! Pequena, mas muito charmosa. Neste local, misturava-se a montanha rochosa e arborizada com plantações de uva e vista para o mar. Muito louco e bonito ao mesmo tempo. Num minuto estava passando por pequenas vilas e noutro passando por pequenos sítios com as plantações de uva. A qualidade de vida ali deveria ser muito ruim… hehehe Vale lembrar de que, a todo momento, concorríamos com muitos outros motor-home na estrada.

Ao chegar a Toulon já percebemos a sofisticação e mudança de ares. Claro, que durante toda a viagem estávamos cansados de tanto ver carros de grandes marcas: BMW, Audi, Mercedes, Porsche, Ferrari, Lamborguini, etc. Mas, a partir daquele ponto, parecia a coisa mais natural estar dirigindo um desses. Que raiva… Ô probreza! Hehehehe. Esses lugares faziam jus aos carros. É tudo muito bonito, limpo e organizado. Outra coisa interessante foi perceber que o trem seguia o litoral também, em paralelo à rodovia em que estávamos. Quem opta por esse tipo de  transporte, se dá bem também, consegue curtir quase o mesmo visual, de quem está na rodovia.
O pessoal de lá adora andar de bicicleta, correr, etc… Fazer algum tipo de esporte é coisa básica, por lá. Ao lado da maioria das rodovias e dentro das cidades também, havia sempre pistas para ciclismo e corrida. Inseridas naquele visual para inspirar e esquecer o cansaço da prática. O caminho era bem eclético seja na parte rural ou urbana, misturando o moderno com o antigo, mantendo sempre o requinte. Ficava estampada esta mistura, quando em vez, surgia um Chateau entre as colinas e árvores ao largo remetendo a imagem à Idade Média. Que coisa! Nós tínhamos pressa e não conseguíamos seguir. Havia muita coisa por olhar. Deu dor no pescoço de tanto girar a cabeça para todos os lados e tentar curtir tudo, mesmo que de relance. Mas, ficou na promessa, o retorno com uma visita mais extensa a todos esses lugares. Até porque, tínhamos curiosidade em ir ao interior do sul da França, partindo do Mediterrâneo, para apreciar melhor as vinhas e Chateaus. Curtir um passeio e degustação de vinhos e frutas. Ficou assinalada para  uma próxima viagem até lá.

 Deusdeth Waltrick Ramos

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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