Acampar, para mim, sempre foi um imenso prazer e, como tal, constituiu uma importante parcela responsável pela minha evolução. Certamente é genético, pois ainda no século XIX, bem antes da invenção do automóvel, eu (ainda era um cístron) já acompanhava meus antepassados (em seu “hipomóvel” com um cavalo de potência).
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Então, em 1917, vovô (ainda com o mesmo suspensório e chapéu) construiu um motorhome no chassi de um Ford. Foi um sucesso, tinha até cortinas e bacia para banho de assento (eu ainda cabia nela).
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Na época, já havia propaganda de equipamentos para acampamentos: toldos, cozinhas externas, acessórios… para o promissor mercado.
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Em pouco tempo, titio improvisou uma barraca e assim saíamos aos finais de semana, enquanto o vovô viajava mais longe com a vovó em seu Fordinho, aquele que mais parecia um vagão de trem.
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Aos poucos, foram se formando grupos, fazíamos encontros nas férias e eu já sabia fotografar. Abaixo, em primeiro plano meu cachorrinho Theodoris.
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Os prazerosos encontros foram se ampliando e, nos anos 20, tínhamos equipe para organizar nossas reuniões, com dezenas de motor homes, traileres, barracas, cozinha centralizada e outras conveniências. Na foto abaixo eu apareço na fila para o almoço.
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E, em 1930, papai construiu seu próprio motor home, sobre um chassi Chevrolet. Nesta foto o Theodoris faz pose sobre a cabine. Em pouco tempo, teve de vender, por três vezes seu custo, graças ao pujante incremento do “motorhomismo” do período.
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Mas, em dois anos construiu um trailer, que acoplado a sua camionete International reunia o útil (veículo para trabalho) ao agradável (uma casinha móvel, com água encanada e fogão à querosene) e, obviamente, com mais cavalos a tracioná-lo.
Num destes acampamentos, no final dos anos 40, escolhi entre duas lindas irmãs a minha preferida companhia para todo o sempre.
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Logo após o meio do século, reunimos mais de duzentos RVs no nosso casamento, frente à igreja. Foi uma festa tão maravilhosa que queremos repetir mais vezes (o casamento).
Quatro décadas depois, investimos nossas economias conjuntas numa camper, mais confortável e com oitenta cavalos.
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Então, na virada do século seguinte, eu completei minha manada com nada menos de 420 cavalos de um belo Mack Hiavell ICO.
Uma estória excêntrica, ficcionalística, intencionada apenas para relatar a evolução dos Veículos de Recreio e a fantástica satisfação de viajar neles.
Omnia mea mecum porto: (Latim: tudo o que possuo trago comigo)
Darlou D’Arisbo (Dan)
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