Não vimos novas áreas sendo implantadas nem mesmo nas cidades que sediarão os jogos. Projetos estrangeiros que visavam a fabricação e locação de pequenos motor homes simplesmente não saíram do papel e apenas alguns exemplares se encontrarão à disposição dos visitantes, que em sua maioria precisarão se contentar com a presença de motoristas oficiais. O Camping Clube do Brasil que anuncia em seu jornal oficial a alternativa de campings próximos às sedes dos jogos na realidade apenas oferece os campings que restam abertos e sem qualquer melhoria significativa.
Alguns campings até anunciam algum crescimento ou preparação para o evento, mas limitando-se aos próprios números ou divulgações internas. O ministério do turismo nada fez senão um site pífio listando poucas referências externas como fontes de informação ‘as hospedagens alternativas que nem mesmo o nome do Portal que vos fala fora corretamente redigido.
Na semana passada um site de notícias trouxe estatísticas de que 44% dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil buscam hospedagens alternativas que visam principalmente um maior contato com nossa cultura enquanto nossas agências de notícias ainda insistem em abordar o campismo como forma mais barata de se viajar. Diante dos fatos, os números demonstram o altíssimo potencial brasileiro para o campismo que simplesmente não recebe nenhum tipo de incentivo nem mesmo diante de um evento mundial.
Na cara do gol não parece que temos muito a fazer senão melhorias pontuais de forma individualizada. Resta o objetivo futuro de que independente de grandes acontecimentos mundiais, nossa cultura campista possa ser resgatada e também ampliada sendo encarada como um estilo de vida que se convive e respeita o meio ambiente sem se fazer comparações ou diferenciações de equipamentos.
Marcos Pivari