Patagonia 2016: Expedição MaCamp de Trailer.
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13 de abril de 2016 às 09:35 #89836Junior ABCParticipante
que sol é esse, coisa mais linda Dardito, imagino a adrenalina durante essa partida!
grande abs a tropa!
14 de abril de 2016 às 11:12 #89853Capt.A330ParticipanteBuenas;obrigado Junior, Marquitos, e continuamos com o relato!
Domingo 17/01/2016
A ideia era sempre que possível, sair cedo, para render o dia de viagem, e também para aproveitar as horas mais agradáveis de temperatura do dia, especialmente porque a noite foi quente.
Na estrada de novo, Ruta 14, e lá vamos nós pela Provincia de Corrientes, para fazer uma rápida parada em Paso de los Libres, na frente de Uruguaiana-RS, para abastecer, já que lá aceitavam que pagássemos em Reais, como geralmente acontece nessas cidades de fronteira.
Chegando lá, em Paso de los Libres, na frente de Uruguaiana-RS, desviamos um pouco para a entrada na cidade, até chegar num posto da Shell, que aceita abastecer em Reais, conforme tinha antevisto no meu planejamento; o problema foi que estava em falta o Diesel Nitro, equivalente ao nosso S10, e que é o combustível indicado para as nossas Frontier. Somente Thomas pode abastecer, já que até o ano da fabricação da Amarok dele, podia abastecer com S500 (a partir daquele ano, todas as Amarok tem indicação de abastecer só com S10), e as nossas Frontier, de Polini e minha, que coincidentemente são do mesmo ano de fabricação, só é recomendado abastecer com S10, como já mencionei, o que nos levou à abastecer mais adiante. E pouco após pasar a divisa entre as Provincias de Corrientes e Entre Rios, perto de Chajari, chegamos no que seria nosso único problema e desgosto com a policia em toda a viagem: a famigerada policia de Entre Rios!
Aqui vale lembrar, que o proprio pessoal da Argentina, fala muito mal desta policia em particular, e logo nós verificaríamos o porquê; o primeiro que pediram, junto com a CNH, foi a Carta Verde da camioneta, e a Carta Verde do Trailer! Até o ano de 2014, o Trailer nunca precisou de Carta Verde, más agora, eles descobriram que podem pedir, sim, e foram direto nesse ponto…claro, nenhum de nós tinha a tal, e já quiseram elaborar multas e tal…bem, considerando que falo bem o idioma castellano, argumentei de todas formas possíveis e com todo tipo de argumentos cabíveis, até que horas depois (sim, horas!), conseguimos ser liberados…foi muito desgastante, e aviso aos Rodantes: evite problemas e demoras: faça sua Carta Verde do Trailer na sua seguradora ou na fronteira, para evitar aborrecimentos!
Justiça seja feita: em todos os outros lugares que nos pararam, fomos muito bem tratados, tanto pela policia, quanto pela Gendarmería Nacional.
Assim que conseguí, avisei Odair para que fisese a carta antes de pasar por esses aborrecimentos, e de fato, ele fez, e quando chegou na policia de Entre Rios, o primeiro que fizeram, foi pedir a tal de carta, conforme ele relata neste Fórum da Expedição Baumeister.
Como já comentei, isto nos demorou muito, e fez que eu tivesse que reavaliar o local de pernoite, já que só chegaríamos de noite no local previsto, na região de Zárate, na Prov. de Buenos Aires.
Enquanto rodávamos a estrada com algumas pequenas ondulações por setores, embora tudo dupla, ia pensando na vastidão daqueles lugares, e como Polini e Thomas reagiriam a isto, aostumados as florestas do Paraná (onde ainda tem), pois era difícil ver árvores, excepto alguns eucaliptos plantados pelo homem e alguns poucos árvores baixos, já que naquela região, os pastiçais e banhados são imensos, a perder de vista, sem elevações, plainos, embora com bastante vida, especialmente pássaros que vivem em grande quantidade naquelas planicies.
Calculando com calma e avaliando possibilidades, vi que conseguiríamos chegar antes da noite em Gualeguychú, onde pernoitei algumas vezes, e assim fizemos, onde fomos autorizados (regalias da minha carteira de Comandante) a ficar, montando nosso Acampamento e culminando já quase no escuro…demorei para dormir, pensando nesta mudança de pontos de pernoite em função do aborrecimento passado com a policia de Chajarí e que tanto tempo nos fez perder, e minha preocupação era que, como responsável da Expedição, tinha que ver o melhor para todo o grupo, como por exemplo, os lugares de parada tinham que comportar lugar suficiente para o comboio completo, e ter água para todos (água é um bem precioso em regiões desérticas, como verificaríamos mais para frente), e se possível luz, e também, recursos para emergencias de saúde, e também segurança, e também um bom acesso, e também pouco barulho, e também…é, se pensa que é fácil, experimenta rodar quase 8.000 km cuidando destas e mais coisas que uma caravana ocasiona…
Também tinha que considerar que como Thomas e Polini nunca tinham rodado por essas latitudes, o fato de se perder ao desgarrar acidentalmente do grupo, era uma coisa que me preocupava muito…por isso, em toda cidade que passávamos e que era de maior porte, eu ficava tenso e muito preocupado com os semáforos na cidade, pois se eu passava, e os outros ficavam presos nos mesmos, tinha que perceber rápido, para achar um lugar no medio do transito onde pudesse parar (com 14 mts de comprimento, as vagas de estacionamento não são muitas…), e esperar os que ficaram para trás…sabia que Polini e Thomas eram espertos e não me perderiam de vista, mas não adiantava me dizer isso, a preocupação se fazia presente de qualquer jeito em toda cidade que tínhamos que atravesar!
Bom, após ficar chateado comigo mesmo, que deveria estar descansando para no dia seguinte estar bem acordado para a viagem e não virando na cama, conseguí diagramar um plano de contingencia para implementar no dia seguinte…ou melhor, nesse dia, que já era de madrugada…mesmo sem gostar muito, vou precisar de bastante café hoje!Fotos:
Lembrando: para ver a foto ampliada, ou no seu tamanho normal, é só “clicar” com o botão direito do “mouse”, e “Abrir imagem numa nova guia”, para ver os detalhes da foto.Esta foto foi tirada por mim, que já comecei a ter tempo para isso, e mostra nosso amanhecer.
Ainda com orvalho no Acampamento.
Parte do Acampamento.
Outra vista do Acampamento. Foto de Isa.
O comboio parado no posto em Paso de los Libres. Foto de Isa.
A famigerada polícia de Entre Rios.
Familia tomando café da manhã. Foto de Isa.
Parada para check de equipamento e bio-break. Foto de Isa.
Estamos indo…Foto de Isa.
Os banhados de lado da estrada. Foto de Isa.
“Embora gente, que o sol está sumindo…” Foto de Isa.
Chegando com o (no) entardecer…Foto de Isa.
At night…Foto de Isa.
Bela foto do Bagualito noturno, e no canto direito da foto, um pedacinho do entardecer…Foto de Isa.
Acampamento noturno. Foto de Isa.
Continua…
14 de abril de 2016 às 16:20 #89857Familia SilvaParticipanteGrande Comandante, ainda não tivemos a alegria de nos conhecer pessoalmente, mas trocamos algumas informações sobre essa viagem, estou ansioso para saber se estiveram no camping que me perguntou em General Acha, espero quetenha conseguido entrar com os trailers lá. Abraços e estamos matando saudades dessas paisagens maravilhosas, e quanto a policia fomos multado nesta mesma rodovia.
Familia Silva.
14 de abril de 2016 às 23:21 #89861rafael mafraParticipanteMaravilha de relato Dardo…estou acompanhando sonhando em poder realizar logo que possível…
Grande abraço
15 de abril de 2016 às 10:01 #89864Capt.A330ParticipanteBuenas Rafael; Um prazer contar contigo acompanhando o relato, abraços!
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Familia Silva, quê bom ver voces por aquí!
Estivemos sim em General Acha, e pernoitamos lá; era bem como você contou, e no decorrer do relato, teremos a saga e as fotos do Camping de G. Acha.
Muito obrigado pelas dicas, e grande abraço!Uma foto tirada por Isa do Camping de General Acha, como prévia:
Dardo.
15 de abril de 2016 às 19:05 #89875Marcos PivariMestreÉ incrível como a gente “viaja junto” nesses posts de acampadas……. em especial esta série atual…. vai ser legal quando chegar a hora que o odair se junta à turma para vermos relatos diferentes da mesma reunião…….. to de pipoca e guaraná nesse tópico…..
Poxa… achava que essa coisa da corrupção policial da argentina pudesse ser um pouco de lenda……….. 😯
15 de abril de 2016 às 20:04 #89876Capt.A330ParticipanteBuenas Marquitos!
A corrupção da policia na Argentina é SOMENTE na Provincia de Entre Rios; em todas minhas viagens, com e sem o Guanaquito, NUNCA tive problemas com a policia, excepto a de E. Rios, e muito menos tive desgostos com a Gendarmeria Nacional, que na realidade, não são bem policiais, são uma forca militar, tipo Polícia do Exercito, e que sempre foram muito educados e sérios.
Bem, para que não esfrie a pipoca, nem esquente o guaraná, vou adiantar um pouco de trabalho, para tentar continuar amanha com o relato.
Abraços!Dardo.
16 de abril de 2016 às 12:21 #89881Capt.A330ParticipanteContinuando com o relato…
Segunda-feira, 18/01/2016:
Hoje, o dia foi muito intenso e extenso, pelo que vou dividir o relato em duas partes, para não cansar quem acompanha o mesmo.Primeira parte:
Acordamos cedo (para variar!), e logo após o café, na estrada de novo! https://www.youtube.com/watch?v=1vrEljMfXYo
Na minha percepção e cálculo de distancia vezes tempo e velocidade (regrinha básica utilizada na aviação para cálculos de tempo, distancia e autonomia, dentre outros), imaginei que saindo cedo de Gualeguaychú, poderíamos percorrer, Deus mediante se não tivermos outras demoras não previstas, a distancia desde nosso pernoite em E. Rios, até Santa Rosa, capital de La Pampa, e não até General Acha, conforme planejado anteriormente, pois o local de pernoite inicial seria em Zàrate, e não onde foi de fato, distante mais de 140 km.
Com estes dados na cabeça, que foram expostos para todos os integrantes da Expedição, continuamos devorando km, para passar a região das redondezas de Buenos Aires antes do horario de maior transito, lugares estes que seriam, em menor grau Zárate e redondezas, porém principalmente, a região de Luján.
Embora estas pequenas cidades não tem nem a metade de tamanho que seus equivalentes no Brasil, o tránsito pode chegar a ser caótico, o que não é nada bom para um comboio de mais de 40 mts somados, como o nosso, e com menos agilidade, obvio, do que um carro pequeno.
Passamos as pontes de Zárate-Brazo Largo, sendo que a primeira, no sentido da nossa circulação, divide as Provincias de Entre Rios e Buenos Aires…ficando longe da policia de E. Rios, até que enfim!!!
Paramos para abastecer no posto YPF que fica bem na frente da fábrica da Toyota, pausa para um breve descanso, espichar as pernas, banheiro, loja de conveniencias (medialunas!), e lá vamos nós de novo, para atravesar Luján antes de medio dia; a passagem pela região de Luján requer bastante cuidado e atenção, embora não é “bicho de sete cabeças”, como meu Irmãozinho Meigo pode constatar e comentar, já que passou sozinho por lá com o Baumeister, e logo estávamos na ponte estreita, onde podem passar dois carros pequenos lado a lado e/ou no sentido contrario, más não dois veículos pesados/largos, e por isso, é de bom tom esperar estar livre para passar a estreita ponte com os 2,20 mt de largura dos Turiscar, e mais ainda, com os 2,40 mt do Imperial, que em movimento, parece muito mais largo!
Bem, segundo o Presidente Macri, é de absoluta prioridade terminar a tarefa que o governo anterior não fez, de terminar a duplicação do acesso da Ruta 5 com a Ruta 7, que leva para o centro de Baires…tomara que seja realidade, a região muito necessita disto.
“Sobrevivemos” à região de Luján, e já estávamos na Ruta 5, em direção inicialmente para Chivilcoy, onde planejamos almoçar no Aero Club, que tem uma boa sombra, muito necessária com aquele sol escaldante de Janeiro às 12:00, onde me pareceu ver um urubu voando com só uma asa, pois usava a outra para se abanar…chegando ao Aero Club, onde já estou autorizado a entrar faz anos, estacionamos o comboio na sombra das altas árvores, e ainda corria um ventinho que era uma benção para nossas aquecidas Casas Rodantes, como chamam por lá os Trailers, e também os MH, e não deixam de ter razão…
Almoço degustado, comboio conferido, descanso rápido, e lá vamos nós de novo pela Ruta 5, com destino inicial de Trenque Lauquen, Prov. de B. Aires para abastecer, e depois, Santa Rosa, na Provincia de La Pampa.
A Ruta 5, que vai de Baires até La Pampa no seu percurso principal, não é muito larga, porém, com pedágio (barata), está em boas condições, com acostamentos de grama parelhos, sem problemas para desacelerar e parar, o que aumenta a segurança, e por vezes, com lugares para sair da mesma e disfrutar de lugares de descanso, com sombra, conforme Odair reparou e comentou no seu tópico neste mesmo fórum.
Fim da primeira parte.Fotos:
Saindo cedo de Gualeguaychu.
As ponte de Zárate-Brazo Largo-foto de Isa.
A vista de cima da ponte.
Guanaquito na ponte, na foto de Isa.
Saindo da ponte; no lado direito, podemos ver a ponte do ferrocarril, na foto de Isa.
Abastecendo em Zárate; detrás, a fabrica da Toyota, “berço” da HiLux do Meigo.
Parados de lado dum camião brasileiro que pega as Hilux para trazer para o Brasil, em Zárate, enquanto Thomas abastecia; foto de Isa.
Bela foto de Isa mostrando os Trailers alinhados em ángulo, lá no posto de Zárate.
Passando a ponte estreita, na foto de Isa.
“Tudo mundo já passou?” Foto de Isa.
Local do almoço, na foto de Isa.
Não lembro se o Papa-léguas ficou no sol mesmo, ou se só a Frontier estava na sombra…com a palavra, Polini para lembrar. Foto de Isa.
Bela foto de Isa no local do almoço.
A Ruta 5 e seus acostamentos.
Continua…
16 de abril de 2016 às 16:25 #89889Rodrigo RibeiroParticipanteShow de imagens!!! Parabéns é de tirar o fôlego! !!!
Grande Abraço
17 de abril de 2016 às 15:44 #89903EdintruderParticipanteSó acompanhando e sonhando aqui!
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