Patagonia 2016: Expedição MaCamp de Trailer.
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18 de abril de 2016 às 12:09 #89924Capt.A330Participante
Muito obrigado Rodrigo!
As fotos, na maioria dos casos nestes primeiros relatos, foram tiradas por Isabella, e algumas poucas, por mim.
Grande abraço para você e tuas meninas!
=============================================================================================== Edin, obrigado pela tua companhia, e logo estou de volta seguindo o relato.
Grande abraço e até daqui a pouco!Dardo.
19 de abril de 2016 às 21:41 #89964Capt.A330ParticipanteContinuando com o relato…
Segunda-feira, 18/01/2016, segunda parte:
Após o almoço, como anteriormente comentava, estávamos nos deslocando em direção a Trenque Lauquen, ainda na Prov. de B. Aires, onde abasteceríamos os rebocadores, quando vimos uma cena curiosa; três Sacerdotes, Franciscanos ao que parecia, caminhando com mochilas nas costas, indo para acampar quem sabe onde, e se veiam bem animados…bem, na Argentina, o Campismo é bem mais difundido do que no resto da América Latina, incluindo nosso País, e é bom ver que mantem em alta esta saudável pratica, que é comum para nós Campistas, más não para uma enorme faixa da nossa população.
Provavelmente por isso, é que existem tantos Camping espalhados por toda a Argentina, e não só em regiões turísticas conhecidas…por vezes, numa cidadezinha de menos de 3.000 hab., você encontra um Camping…pode ser pequeno (de fato, a maioria é), sem nenhum luxo, más existem, e isso, para nós Caravanistas e Campistas em geral, faz muita diferença.
Bem, eis que chegamos no posto YPF na rotatória das Rutas 5 e 33, e vamos lá abastecer num lugar que já conhecia, e tive a surpresa de que a bomba de S10 (ou Euro diesel, como chamam lá), tinha mudado…ao perguntar a razão, disseram que deixaram a bomba de S500 num local amplo, próprio para camiões abastecer, e as de Euro, de lado da loja de conveniências, já que somente camionetas e carros (sim, lá tem carros de passeio diesel como na Europa) normalmente usa o S10 (Euro)…más eles não pensaram que teriam que abastecer os rebocadores atrelados ao Papa-leguas e o Guanaquito…quê falta de imaginação e planejamento, quê falta de absurdo…vou enviar uma carta de protesto ao Presidente Macri!
Então, Thomas se deu bem (a Maroca é igual ao dono, bebe qualquer coisa! KKKKK…brincadeirinha, Thomas!), enquanto Polini e eu nos esprememos para abastecer…Putz, passei com o Guanaquito a três dedos dum telhado, e a roda esquerda traseira, a duas micras da base de cimento da bomba…ainda bem que Beti e Neiva me ajudaram muito sinalizando e conferindo as distancias para não machucar meu amado filho…
Realmente, como a Rep. Argentina é bem menos povoada do que o Brasil, os postos, obviamente, seguem esta tendencia de ser mais enxutos, por ter menos movimento, o que por vezes, causa pequenos problemas de espaço nos mesmos, especialmente para nossos comboios, e se hum rebocador e Trailer ocupa muito espaço nestes postos pequenos, imagina três…por isso, a minha preocupação constante de onde iríamos parar para abastecer, em função de nosso tamanho somado, pois não raro, quando o primeiro conjunto parava de lado da bomba de abastecimento, o último conjunto corria perigo de ficar com a rabeira do Trailer na estrada ou rua…normalmente era o Papa-léguas que ficava em posição desconfortável, más rapidinho Polini elaborou um plano de sair logo da zona de perigo, e não tivemos maiores dificuldades dali em diante. (Lembrei quando da ida para o 1ro. Encontro MaCamp em Campos do Jordão, quando Odair, Jairo e eu entramos num postinho em Sampa, com um Imperial, um Vila Rica e um Diamante, os três maiores Trailers da Turiscar juntos…fechamos o posto…não tinha lugar para entrar nem de bicicleta!)
Em compensação, nosso posto em Trenque Lauquen tinha um pátio grande na parte traseira do mesmo, com boa grama e sombra, e que de fato, era um ponto de reunião, por estar situado no cruzamento das Rutas 33 e 5, coisa que aproveitamos, claro, para descansar por alguns instantes e tirar mais fotos.
Então, quando conversamos sobre a viagem em geral até então , Polini teve a ideia de, como estava relativamente cedo, não muito longe de nosso ponto de pernoite, ou seja, 160 km para Santa Rosa, e a 260 km para G. Acha, poderíamos voltar à nossa programação original, e continuar direto até o Camping de Acha, para pernoitar lá.
Thomas achou a ideia razoável, e eu concluí que, embora teríamos que acelerar nosso ritmo de marcha, o fato de voltar à nossa programação original era interessante, e assim o fizemos; o único porém para mim, é que teríamos que aumentar nossa velocidade de cruzeiro, que pelo fato de eu ir na frente, mantinha os 80/85 km/h, velocidade que sempre utilizo quando viajo sozinho, em função de me manter dentro da velocidade máxima estipulada em lei e assim evitar aborrecimentos com os guardas, além de ser uma velocidade econômica para meu conjunto rebocador e rebocado, e também porque considero esta velocidade de cruzeiro mais segura, especialmente para frear de emergência…afinal, quando voava jatos a 900 km/h, já tive e curti a sensação de ser rápido que chega… e como diz o decalque do MaCamp que tenho grudado no Guanaquito, “Não tenho pressa, estou em casa…”,..e ainda, uma coisa que considero muito importante também, é que a 80/85 km/h, eu posso curtir a paisagem sem ficar comprometida minha atenção ao dirigir, quanto ao tempo de resposta em caso duma freada de emergência ou qualquer outra eventualidade que demande uma ação imediata …passei uma vida inteira como Piloto agindo assim, e isso me conservou vivo, o que não é pouca coisa.
Bem, como considerei que o custo-beneficio compensava, embora perderia muito da paisagem pela concentração e cuidado extra que a situação exigia, e o consenso era geral, lá vamos nós, “cruzeirando” a 100 km/h, e até 110 km/h de GPS (118 km/h de velocímetro) as vezes para ultrapassar alguns motoristas locais que viam meu decalque enorme de “80 km/h” fixado na traseira do Guanaquito…confesso que ficava um pouco envergonhado com a surpresa do pessoal ao ser ultrapassados por um comboio que deveria estar a 80 km/h…imagino o pessoal nos vendo ultra-pasarlos e dizendo entre eles… “Che, mirem ese Brasileño corriendo enloquecido con una Casa Rodante grandota…no, mirá, no es uno, son tres !!!” …podem acreditar que não o fiz mais, mea culpa.
O fato é que chegamos, conforme planejado, em General Acha antes do anoitecer, por causa do entardecer ser apos as 21 hr, já que cada vez mais estamos indo para o Oeste, seguindo o sol, e ainda bem, pois coisa que detesto é chegar num Camping, especialmente quando não conheço o mesmo, e ter que instalar acampamento no escuro, e precisar ligar luz, água, cuidar para não perder ferramentas, etc. de maneira precária, comum quando a visibilidade é diminuída.
Quando chegamos no Camping, do qual tinha me informado meses antes com a Família Silva, que no ano anterior, se mal não lembro, tinha passado por lá, e que me deu dicas muito importantes e úteis, pelo que sou muito grato, para poder ingressar no mesmo; a entrada era um pouco estreita, e pior, com uma curva acentuada após, o que permitia o Papa-léguas entrar bem, más que embora possível, não me deixava comodo com a manobra a ser realizada com o Guanaquito.
Eis que entrando a pé, falando com o pessoal que já estava acampado lá, me disseram que tinha outra entrada que era um pouco maior, e que daria mais folga aos Turiscar, especialmente pela altura, já que eu não queria machucar a placa solar instalada no teto do Guanaquito; então, assim o fizemos Thomas e eu, e após umas manobras com cuidado de não machucar os Trailers, pudemos finalmente, nos ajeitar no local.
O Camping de General Acha, inicialmente parece feiinho, sem grama, só com terra, más o fato de ter água, luz, e principalmente, segurança, compensavam os defeitos iniciais…além do mais, como é Municipal, não nos onerou nem um centavo sequer o pernoite,e os vizinhos, alguns rapazes que estavam festejando um aniversário com um churrasco, claro, foram muito educados, pois não fizeram barulho e muito menos bagunça, e ainda carregaram para pertinho de nós, uma pesada mesa de madeira com bancos do Camping, onde jantaríamos…
Os vizinhos, muito educados, foram embora perto de media noite, sem que a gente ouvisse qualquer algazarra, e dormimos bem, após um dia cansativo, onde percorremos por volta de 850 km, bem acima da nossa proposta de aprox. 650 km por dia, más, no final das contas, compensou o atraso causado pela famigerada policia de Entre Rios.
Amanhã cedo, entraremos de fato no deserto patagônico…esperando ansioso!Local do posto de Trenque Lauquen: https://goo.gl/maps/bNrsCiDh4EL2
Vista com Street View: https://goo.gl/maps/zvS8jn8w99K2
Entrada lateral, por onde Polini ingressou no Camping Municipal de General Acha: https://goo.gl/maps/m395mMkMxK82
Entrada que Thomas e eu utilizamos: https://goo.gl/maps/r9rX5naJbbS2
Fotos:
Um par de fotos do dia que lotamos o posto, como relatei anteriormente neste tópico, indo para Campos do Jordão para o Primeiro Encontro MaCamp…saudades…
Os Três Mosqueteiros Grandalhões tomando o posto de assalto…
O dono do posto deu Graças a Deus quando fomos embora…
Voltando à viagem do relato:
Foto de Isa, mostrando os campos de girassóis na Prov. de B. Aires.
É, na Argentina o Campismo é bem mais aceito…até os Padres saem acampar de mochilão…Foto de Isa.
Mais uma foto de Isa…imagino que deve ser um Camping Abençoado…
O posto em Trenque Lauquen.
Foto de Isa. “Olha eu aqui!” Não, Thomas não estava bebendo e dirigindo, não…isso que tem na mão não é um copo, é um dosador de aditivo para o diesel…acho…
Me espremendo atrás do Papa-leguas…passou perto!
É, não sobrou muito espaço mesmo na curva…
Bom, o Papa-léguas entendeu que era o ponto de reunião mesmo… Foto de Isa.
Bela sombra para o comboio.
A turma toda…bem, faltou Thomas, más ele diz que “Guasca bom, não se mistura…” KKKKK
Foto de Isa, mostrando o descanso do comboio.
“Todos a bordo!” Continuando a viagem…
Na estrada de novo. Foto de Isa.
Entardecer perto de General Acha, Prov. de La Pampa.
Foto de Isa; na medida que nos afastamos da Provincia de B. Aires, a vegetação começa a mudar.
“Acelera Guanaquito, que o sol não espera…”
Foto de Isa, mostrando a chegada em G. Acha.
A entrada do Camping Municipal de G. Acha; bem que a Familia Silva falou que era estreita e em curva…
O Papa-leguas foi e passou bem…
Bagualito e Guanaquito, na foto de Isa, fomos por outra entrada mais larga (pero no mucho!), que descobri com o pessoal do lugar.
A lua, na foto de Isa, no céu do entardecer de G. Acha.
Bem mais de perto, na foto de Isa.
Continua…
25 de abril de 2016 às 17:23 #90028Isabella.NTParticipanteBoa tarde Dardo! Após muitos dias e tentativas de criar uma conta aqui no MaCamp, cá estou eu! Tenho andado ocupada com a faculdade, mas sempre que posso dou uma passada por aqui para ler o relato e reviver a incrível viagem que me foi proporcionada. Espero poder te ver em breve!
Abraços, Isabella.
25 de abril de 2016 às 19:03 #90033Capt.A330ParticipanteMinha querida Isabella, que alegria te encontrar por aquí! É, você prometeu que escreveria no MaCamp, e cumpriu a promessa, não como OUTROS integrantes da familia que tem preguiça de postar…KKKKK
Quando, e se, tiver tempo, me deixaria muito feliz que você comentasse algumas das tuas fotos, pois elas não só são lindas, tem ainda o sentimento que só você sentia ao capturar a mesma…meus parabéns pelo teu dom, e espero que lembres este relato, como uma parte da tua viagem, que tão bem retrataste.
Grande abraço Isa!Dardo.
26 de abril de 2016 às 20:01 #90069Capt.A330ParticipanteContinuação…
Terça feira, 19/01/16.Após uma boa noite de sono, acordamos com o sol dando o ar da sua graça, e como prenuncio dum dia ensolarado e quente, o ar já começava a ficar mais cálido, na medida que o astro rei subia no horizonte….esse amanhecer naquele árido terreno me fez lembrar de https://www.youtube.com/watch?v=VNzutbEeyRM … ou se quiserem em português https://www.youtube.com/watch?v=TyeGFiYh29M
De fato, o local onde se encontra o Camping é muito seco, com terra, ou melhor, uma especie de areia que cobre quase que por completo o local de estacionamento do Camping, o que obriga a ter cuidado de não entrar com essa areia para dentro dos Trailers; tomamos café todos juntos, e começamos a sair devagar, rodeando, Thomas e eu, a entrada ao parque, para logo estar cortando a estrada com rumo de Chacharramendi, inicialmente, onde deveríamos abastecer os rebocadores, e onde de fato, entraríamos na Ruta del Desierto.
Cuidei muito de NÃO seguir a placa que indica Bariloche pela Ruta 152, e sim, seguimos pela direita, pela Ruta 143 https://goo.gl/maps/huiNVkvdKxm …bem, se não conhecer este delicado detalhe, que embora leva você percorrer por volta de 23 km a mais do que percorrendo a Ruta 152, más que compensa muito, pois a 152 está em más condições de conservação já faz algum tempo, pode ser traumático…uma pena, pois ela, a Ruta 152 pasa pelo Parque Nacional Lihuel Calel http://www.parquesnacionales.gob.ar/areas-protegidas/region-patagonia/pn-lihue-calel/ , que me falaram que é muito bonito, más com essa estrada, “No way Jose”…
Aos poucos, o sol deu lugar a uma nebulosidade bastante forte, e até algumas poucas gotas caíram, más bordeamos a tormenta, deixando de lado as nuvens ameaçadoras, embora um pouco de chuva não seria uma má pedida…e a propósito, até que estava bastante verde o deserto, por causa do El Niño, que teve como resultado um aumento de umidade no deserto que não é comum nessa região em particular, o que nos permitiu mais adiante, ao parar no mesmo, ver que tinha bastante vegetação rasteira para a época do ano.
Bem, eu pretendia fazer o relato deste dia completo, más revendo as fotos de Isabella (e me deleitando com elas), vi que Isa tinha sido muito profícua, com uma extensa coleção, e mais algumas minhas, que para não cansar, vou dividir em 3 partes: a primeira, desde a saída do local de pernoite em Acha, até a entrada no deserto em Chacharramnedi, a segunda, desde a entrada no deserto até sairmos dele, e por último, a passagem por Neuquen, El Chocón, Picun Leufu (sim, aquela cidadezinha que o Meigo adorou!), e a chegada no nosso local de pernoite em Piedra del Águila.
Então, as fotos e fim da primeira parte.Fotos:
Nesta 1ra. parte, todas as fotos são tomadas por Isabella.O lugar do pernoite.
Uma panorámica do Acampamento.
Outra vista do local de pernoite.
Papa-léguas de prontidão.
Bagualito pronto para partir.
“Amor, compra uma Frontier para mim?”…”Shhhhh, fala baixo Mayumi, que a Maroca está ouvindo…além do mais, você já tem uma Nissan em casa!”
Bem, se alguém precisasse dum estepe para o Trailer, esse estava disponível…
Iniciando a saída do Camping.
Bordeando o Camping.
Cruzando o portal de entrada.
Na saída de G. Acha, uma Casa Rodante do lugar.
Uma Casa Rodante “Pop-up” da Argentina na Ruta 143.
Continua…
27 de abril de 2016 às 09:04 #90084PelagioParticipanteQue vontade de cair nessa estrada…
27 de abril de 2016 às 12:32 #90085Capt.A330ParticipanteBuenas Pelágio!
Sim, acho que temos os “Rodanteros”, alma de Ciganos…não podemos ver uma estrada, que já queremos desbravar ela com nossas “Casas Rodantes”…Saudades!
Grande abraço!Dardo.
27 de abril de 2016 às 14:18 #90088Marcos PivariMestreSegue foto que recebemos do campista Gilson Souza que fotografou o comboio na Patagônia durante sua viagem de motor home….. legal, ne?
27 de abril de 2016 às 15:04 #90090Capt.A330ParticipanteBuenas!
Legal Marquitos…então tinha um MH brasileiro por lá…não lembro de ter visto…nesse momento estávamos na entrada de El Chocón, vendo as estátuas dos dinossauros, numa rápida parada no retorno da viagem.
Abraços!Dardo.
28 de abril de 2016 às 19:15 #90145irlanegcParticipanteQuantas belas imagens. Parabéns a todos que foram.
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