Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015
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24 de novembro de 2015 às 17:06 #64985Roger FormigaParticipante
Então Francisco, como falou o Alexandre, pega uns fins de semana numa praia legal, camping estruturado e leva ela que vai curtir. A minha companheira ficou um tempo também sem querer acampar, mas depois de uns anos só ficando em pousada ou hotel chegou a conclusão que se tiver camping no lugar é a melhor opção. Quanto aos DKV eu lembro quando era criança tinha muitos, tinha os Willys também. Não sabia desse detalhes dos 3 cilindros independentes. []´s
24 de novembro de 2015 às 18:09 #64986AnônimoInativoEu tive um DKV preto, as portas abriam para a frente (suicida), ele não tinha bomba d agua, o motor era tão simples que não tinha bronzinas e casquilhos, ele usava rolamentos, o difícil era arrumar alguem que regulassem os tres platinados dentro de um só distribuidor, o carro era danado,kkkkkkkkkkk, um grande abraço AMIGOS.
27 de novembro de 2015 às 00:26 #65027Roger FormigaParticipanteDe Serro a Diamantina Serro foi uma bela surpresa. Sabia que era uma cidade colonial antiga, mas não esperava muito. Tinhamos acabado de passar em Conceição que não tinha quase nada preservado. Ficamos hospedados na Pousada Serrana, que fica em frente a rodoviária, bem no centro. Tem preço bom, ótimo atendimento, bom café da manhã, hi-fi, banheiro amplo com água quente, frigobar. Recomendo. [attachment=7780] [attachment=7781] Na quinta-feira dia 8 de outubro, tiramos a manhã para conhecer Serro. Na noite anterior, ainda demos uma volta pela cidade que não é muito grande. [attachment=7772] Pelas fotos a seguir, dá para ter uma idéia da arquitetura colonial e da conservação, que não chega a ser 100% mas é boa. [attachment=7773] [attachment=7774] [attachment=7775] [attachment=7776] [attachment=7777] [attachment=7779] Serro produz um tipo de queijo que é característico do lugar e é famoso na região. Em BH o dono do hostel em que ficamos, nos recomendou muito esse queijo. Realmente é muito bom. É um queijo minas, mais macio que o Canastra, quase um requeijão. Existe uma Cooperativa de produtores que vende esse queijo em um mercado da própria cooperativa que fica em frente a rodoviária. Claro que não deixamos de comprar algumas peças, inclusive a muzzarela deles que também é prima, recomendo bastante. [attachment=7782] Com toda essa fama do queijo, a grande festa do lugar é a festa do queijo que seria no fim de semana seguinte. Como estávamos com o tempo curto, não deu para ficar. Além do queijo, uma característica muito positiva da cidade, é a simpatia do povo. Todo mundo te cumprimenta, bom dia, boa noite. Andamos pela cidade na noite anterior e todos nos cumprimentavam. Durante o dia igual. Numa esquina passamos por um rapaz que falava ao celular, não cumprimentamos, mas ele se afastou do celular e disse – boa noite hein! , claro, respondemos, opa! boa noite ! Moramos numa cidade pequena no interior, aqui nos cumprimentamos no bairro, onde todos se conhecem, mas no centro somente aos conhecidos. Lá em Serro a regra é essa, todos se cumprimentam, muito legal mesmo. [attachment=7778] Meio dia, checkout no hotel e pegamos caminho para Diamantina. Existe um caminho mais curto por estrada de terra, mas mais demorado. Optamos pelo asfalto para não demorar muito, mas deixamos de conhecer um vilarejo que tem no caminho indo por terra que nos disseram valer muito a pena conhecer que é São Gonçalo do Rio das Pedras. Fica a dica para quem for, e para nosso retorno qualquer dia. O caminho pelo asfalto é a BR-259 até Datas e depois a BR-367. [attachment=7808] Essa Br-259 foi a pior estrada em condições de asfalto que pegamos em toda a viagem. Ela está sendo recapeada, mas estava terrível na maior parte do percurso, muito esburacada. [attachment=7809] [attachment=7810] A maior parte do caminho é pelo alto da serra, altitude média de 1.200m , vegetação típica de serrado, muita pedra, visual muito bonito. [attachment=7811] Paramos no caminho para conhecer a cidade de Datas. [attachment=7783] Chegamos em Diamantina por volta das 16 horas e fomos diretamente para o camping. Já tinha feito contato anteriormente, o camping estava funcionando, foi fácil de chegar. Ficamos no camping São Pedro. A avaliação desse camping eu fiz aqui neste post: http://www.portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6083 No próximo post vou falar de Diamantina.
27 de novembro de 2015 às 00:35 #65031Marcos PivariMestreLindas paragens….. Coisa boa
27 de novembro de 2015 às 01:17 #65032Alexandre RabelloModeradorQue arquitetura simpática, e que céu…lindo contraste!
27 de novembro de 2015 às 17:32 #65044Junior ABCParticipanteadoro cidades simpáticas que todos nos cumprimentam!
27 de novembro de 2015 às 19:13 #64801Roger FormigaParticipantePois é meus caros, tem uns lugares em nosso BR que são muito legais mesmo. Essas cidades pequenas que conservaram a simplicidade das construções e das pessoas são ótimas.
2 de dezembro de 2015 às 15:41 #65144Roger FormigaParticipanteD I A M A N T I N A Quando saimos de Serro, a dona da pousada nos alertou para um problema em Diamantina, a grande infestação de pernilongos. Ao chegarmos ao camping São Pedro, falamos com a proprietária sobre isso e ela disse que realmente estava terrível, que eles estavam tendo que dormir com mosquiteiros nas camas, que toda a cidade estava passando por isso e que não havia uma solução pois um departamento jogava a culpa em outro que jogava para outra esfera do serviço público. [attachment=7849] Bem, como moramos em zona rural, estamos acostumados com pernilongos, acampamos muitas vezes em lugares com borrachudos e pernilongos, achamos que tudo bem. Bem, até que chegou o começo da noite e as nuvens de pernilongos começaram a aparecer. Fechamos o gazebo, mas como ele não tem uma parte de baixo que feche totalmente, ficam passagens. Por um tempo, tranquilo, na tela do lado de fora muitos, muitos mesmo, pernilongos pousados, dentro um ou outro que conseguia entrar. Passando algumas horas, já não era um ou outro mas muitos dentro. Passamos um repelente, eles não picavam mas ficavam em volta do rosto. Nessa noite não deu para ficar do lado de fora da barraca, nem caminhar, nem dentro da tenda. Fomos dormir cedo, pois na barraca não entravam. [attachment=7850] Sexta-feira 9 de outubro, saímos para conhecer o centro histórico de Diamantina. [attachment=7852] Talvez tivéssemos criado muita expectativa em relação a Diamantina ou talvez depois de ter passado por Serro, Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina não encantou. [attachment=7853] Já no dia anterior, quando chegamos na cidade, não tivemos aquele impacto, uau! , como foi quando entramos pela primeira vez em Ouro Preto ou em Serro. A região em volta do centro histórico é igual a toda cidade grande, muito trânsito, comércio, periferia, caos. O centro histórico deixa muito a desejar em relação a ocupação, conservação, sinalização. [attachment=7854] Um bom exemplo é a casa de Chica da Silva, grande personagem histórica da cidade. A casa está lá, aberta para visitação, os cômodos vazios, uns quadros e poemas nas paredes e só. Demonstra pobreza, nada a ver com a riqueza que foi a vida de Chica e a cidade da época. [attachment=7851] Casa de Chica da Silva [attachment=7864] Portal da capela que existia no quintal da casa de Chica. Sobrou somente o portal. [attachment=7860] Fonte que fica no quintal da casa de Chica. [attachment=7861] Igreja de N. Sra. do Carmo, fica em frente a casa de Chica e tem uma particularidade: a torre fica nos fundos. Há duas versões para o fato da torre ter sido construída na parte de trás da igreja: esta alteração permitiria que Chica da Silva frequentasse as missas, já que imperava uma lei que proibia os negros de irem “além das torres”, ou a mudança teria sido um pedido da própria Chica, que não queria que o barulho dos sinos chegasse até sua casa. Foi construída pelo contratador João Fernandes de Oliveira marido de Chica e um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil na época. [attachment=7855] Durante nosso passeio por Diamantina, a Esmeralda aproveitou para cortar o cabelo em um dos salões da cidade. Enquanto ela ficou no salão eu fiquei caminhando. Depois ela me disse que o assunto de todo mundo era os pernilongos, que não havia isso antes que todo mundo estava revoltado. [attachment=7856] Apesar de esperar mais do centro histórico de Diamantina, não quero dizer que não vale a pena conhecer, muito pelo contrário, vale sim, mas que comparando com outras cidades, Diamantina precisa melhorar na conservação e utilização desse patrimônio. [attachment=7857] [attachment=7858] [attachment=7859] [attachment=7862] [attachment=7863] No final da tarde voltamos para o camping e resolvemos ir embora no dia seguinte. A região tem muitos outros atrativos, tem um Parque Nacional, cachoeiras, paisagens da Serra dos Cristais. É um lugar que fica para voltarmos e explorar mais, esperando que tenham resolvido o problema dos mosquitos. Então no sábado dia 10 de outubro, desmontamos acampamento e pegamos estrada em direção a Serra da Canastra. Haveria nesse fim de semana um evento que gostaríamos de participar que era o Encontro Nacional Gurgel Guerreiro, que seria na Canastra, evento esse que reuniria dezenas de proprietários de veículos Gurgel do Brasil.
2 de dezembro de 2015 às 15:52 #65151Junior ABCParticipanteSalvo os pernilongos que os fizeram sair antes do esperado o passeio deve ter sido bacana, muito legal essa história da igreja e de Chica da Silva, agora fica a dúvida qual seria a verdadeira história da torre! Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
8 de dezembro de 2015 às 02:05 #65268Roger FormigaParticipanteSeguindo com o relato, agora que sobrou um tempinho para editar mais algumas fotos. No sábado 10 de outubro acordamos cedinho para deixar Diamantina pois o percurso era bem longo, mais de 500 Km, praticamente uma travessia de MG. [attachment=7895] Amanhecendo em Diamantina Planejei a rota o mais reto possível e pegamos estrada. O alto da serra em Diamantina é muito bonito, tem muitas formações rochosas interessantes, parei algumas vezes para curtir a paisagem e fotografar. Ficamos na intenção de voltar qualquer dia para explorar mais a região, muito bonita mesmo. [attachment=7896] [attachment=7897] Descendo a serra, a paisagem muda, fica tudo muito seco e o calor sobe barbaridade. Tinha instalado um termômetro na cabine do X-12. Bem, a temperatura ficou entre 39 e 40 graus o dia todo, sem refresco. Sombra para parar na estrada para um lanche, coisa rara. Lá pelas tantas uma boa sombra de mangueiras, mas muito calor, nem na sombra tinha trégua. Esse dia foi cansativo pelo calor, a paisagem já não é tão bonita, estrada que é um retão só, e realmente nesse dia fez muita falta um ar-condicionado no carro. [attachment=7898] Na BR-040, já “perto” de Brasília. No fim da tarde, exaustos pelo calor, paramos na cidade de Pompéu para descansar e passar a noite. Não daria para chegar no mesmo dia na Canastra. [attachment=7899] O gurgelzinho tem suas vantagens e várias desvantagens. Uma delas é o teto de lona, que deixa passar o calor e o frio. O calor é pior até, pois não tem como resolver. Outra desvantagem é o rendimento na estrada. A velocidade média é sempre baixa. De Diamantina a Pompéu a velocidade média em movimento ficou em 57 Km/h e essa foi das melhores médias. Em trechos com muita serra a média em movimento cai ainda mais como no trecho entre Serro e Diamantina, a média em movimento foi de 42 km/h. Ficamos em Pompéu num hotelzinho de beira de estrada, bem ruinzinho, barato, nem vou deixar referências. O café da manhã foi o pior que já vimos em hotel ou pousada, deu para comer uns pães de queijo apenas e mais nada. Então, domingo 11 de outubro, saímos de Pompéu para o trecho final até a Canastra. Paramos em uma sombra no meio da manhã e fizemos no nosso café da manhã. Um pouco mais adiante, em um lugar que não marquei no GPS, cruzamos com uma carreata de carros de bois. Tinha um bom número deles, não contei, mas eram muitos. [attachment=7900] Aqui um pequeno vídeo dessa carreata. http://stonesoft.com.br/formiga/videos/carreata.flv Chegamos em Piumhi, já na região da Canastra entre o meio e o fim da tarde. Nessas tínhamos perdido o evento do Gurgel Guerreiro. Optamos então em ir direto para São Roque de Minas que era um de nossos objetivos, para conhecer o Parque Nacional. [attachment=7901] Chegamos em São Roque de Minas e fomos procurar o camping. [attachment=7902] Tínhamos a indicação do Camping da Picareta, que consta aqui no guia. Pegamos informação e fomos para lá. Assim que entramos na fazenda onde fica o camping, o X-12 apagou, pane elétrica. Verifique o que pude e sabia, não achei o defeito. Não saía faísca das velas. Um grupo de motociclistas que estava saindo do camping ainda parou para ajudar, tinha um deles que era mecânico, mas não achou o defeito. Como estava perto do camping, fui até lá procurar ajuda, de alguém que pudesse rebocar o carro. Consegui com um campista e fomos fazer o resgate. [attachment=7904] Então, com o X-12 rebocado escolhemos um bom lugar e montamos acampamento. Como era um fim de semana de feriado, tinha bastante gente no camping, mas a área é muito grande, sobrava lugar. Sobre o camping, eu já comentei aqui neste post: http://www.portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6093 No próximo post falarei da Serra da Canastra.
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