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GustavoN

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Visualizando 10 posts - 441 até 450 (de 455 do total)
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  • em resposta a: Em busca da casa móvel #58537
    GustavoN
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    Muito obrigado a todos pelos comentários gentis, e me desculpem pelo suspense não intencional. Estive (e ainda estou) viajando e estava difícil de reservar um tempo para continuar o relato. Hoje a noite consegui sentar com um pouco de paz para ir em frente. Depois de sairmos da Sinostrailer naquele dia fomos então a Casa do Camping, atrás de alguns usados muito bonitos que estavam anunciados online, e também de mais informações sobre a fabricação de trailers novos. Apesar da Sinostrainer ser em Novo Hamburgo e a Casa do Camping em São Leopoldo, as cidades são vizinhas e a viagem demora só 10 ou 15 minutos, então em um pulinho estavamos alí. Fomos recebidos pela Clarice, que não perdeu tempo e começamos imediatamente o passeio no pátio pelos dois veículos usados que vimos online, ambos de fabricação da própria Casa do Camping. O primeiro que vimos foi um trailer de 4 metros e 80, muito bonito: [attachment=5308] [attachment=5309] [attachment=5310] [attachment=5311] O trailer era utilizado por um casal com três filhos, como se percebe pelo treliche. Nesse caso especifico não tinhamos muita esperança de nos interessarmos nos trailers em sí, pois eram um pouco pequenos para o que tinhamos em mente, mas sim nos materiais utilizados, na qualidade do acabamento, e assim por diante. Em seguida fomos ver um outro de 3 metros e 80, também praticamente zero: [attachment=5312] [attachment=5313] [attachment=5314] Gostamos bastante do que vimos. Por um lado os trailers são parecidos com os da Turiscar, como era de se esperar pelo histórico da empresa. Por outro lado, eles tem um ar moderno, com materias novos, e geralmente claros (depende da escolha do freguês ainda). Nos sentimos bem dentro deles. Ainda como parte do passeio, novamente fomos dar uma olhada rápida na parte da fabricação dos trailers: [attachment=5315] [attachment=5316] [attachment=5317] Nesse ambiente também haviam vários outros trailers comerciais não relacionados com camping (lanche, escritório, etc). Questionei sobre trailers maiores, e a Clarice nos informou que em média de cada 5 trailers de camping, 4 são menores e 1 é dos maiores, com 6 metros ou mais. Depois da andança, fomos para o escritório para tentar conversar um pouco sobre a fabricação de trailers novos mas infelizmente essa parte, a que tinhamos mais interesse, não deu totalmente certo. Já era final de tarde, e por essas alturas nosso filho de dois anos já estava cansado de ficar nos aturando conversando sobre “coisas chatas” com estranhos, e resolveu que o escritório era muito monótono para ele. Pra nosso azar, no pátio também havia um cão em algum local que não era muito tranquilo, e não podiamos permitir que ele saísse a passear. Com essa função, sob determinado atríto, conseguimos conversar sobre algumas coisas pra entender melhor o processo, mas não fomos tão a fundo como gostariamos. Conseguimos saber que o valor base do trailer de 7 metros, e de como ele se pareceria esteticamente, mas não tinhamos idéia exata do que estava incluído ou não nesse valor. Solicitei então que me fosse enviado por email um descritivo mais completo do projetoe, incluindo algumas solicitações especificas sobre conversor, inversor, placa solar, etc. Em seguida recebi o email, mas não era exatamente o que eu esperava. No email constava os detalhes base do projeto, como indicando que a suspensão era por torção, que as laterais e teto usavam madeira naval, que o exterior era em alumínio, e assim por diante. Todos esses detalhes são interessantes e importantes, mas já imaginavamos por se tratar de um “Turiscar moderno”. O que não sabiamos eram os demais detalhes, como por exemplo o conversor e inversor utilizados e suas potências, se era possível incluir a instalação das placas solares que haviamos solicitado, e assim por diante. Porém, como resposta a essas solicitações veio simplesmente que o projeto incluiria “inversor para a geladeira”, por exemplo, e que as placas solares não estavam no orçamento. Então, apesar de termos achado os trailers da Casa do Camping muito bonitos, acabamos por ter uma visita um pouco frustrante. Por um lado, nosso pequeno nos tirou muita da atenção que gostariamos de ter dado ao evento, e por outro recebemos uma boa atenção da empresa, mas tradicionalmente comercial (o que é normal, mas impossível não conrastar com a que tinhamos recebido momentos atrás na Sinostrailer naquele dia) e também insuficiente até esse ponto, no sentido que precisavamos solicitar mais informações sobre o que acabavamos de conversar. Depois dessa visita, aproveitamos que estavamos na região e subimos até a serra para nos hospedarmos em nossa pousada favorita em Canela. Na noite, conversamos sobre os eventos do dia e sobre o que fazer. Nisso veio a idéia de agendar uma nova visita a Sinostrailer para o dia seguinte, já que ainda estavamos por perto. Liguei para a Elisa e perguntei se eles teriam disponibilidade para nos atender para conversarmos novamente, e se por acaso conseguiriamos aproveitar também essa segunda visita para conhecermos o trailer da Apolo que não estava no pátio. Ela ligou para o Marcelo, dono do trailer, e confirmou: no dia seguinte o trailer estaria lá as 17h, e teriamos tempo para conversar sobre outras idéias. No próximo capítulo, que vou tentar escrever ainda hoje ou amanhã, mais fotos e a decisão do trailer.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58412
    GustavoN
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    Estamos quase lá, Andre. :-) Depois da visita local, começamos a planejar um tour para visitar vários trailers usados. Como esperado, a maior concentração de veículos no estado fica na volta de Porto Alegre, então fizemos uma lista inicial de veículos interessantes que gostariamos de ver durante um final de semana estendido. Além disso, duas das principais empresas de trailers do estado, a Sinostrailer e a Casa do Camping, ficam ao lado de Porto Alegre em Novo Hamburgo e São Leopoldo respectivamente, então incluímos ambas no tour também. Enquanto preparavamos a rota do tour e faziamos a filtragem da lista, acabamos percebendo que três dos trailers semi-novos que gostariamos de ver na verdade estavam sendo anunciados pela Casa do Camping e pela Sinostrailer, e vimos também que haviam trailers usados anunciados pela Sinostrailer em excelente estado, e que provavelmente estariam em estado no mínimo equivalente ao que achariamos no mercado fora dali. Com isso, acabamos fazendo uma filtragem mais radical para otimizar nosso tempo, e resolvemos visitar somente a Sinostrailer e a Casa do Camping, nessa ordem. Se não achassemos algo usado interessante em nenhuma das duas, já poderiamos conversar sobre a construção de um novo na Casa do Camping com todas as possibilidades em mente. E assim o fizemos. Passamos um final de semana com amigos na região, e na segunda-feira fomos até a Sinostrailer para conversar. Fomos incrívelmente bem recebidos pela Elisa e pelo Paulo. Além do profissionalismo evidente, o casal nos fez sentir em casa, com direito a chimarrão e tudo. Explicamos que gostariamos de ver trailers entre 6 e 7 metros em bom estado, e a Elisa rapidamente fez uma seleção das chaves mais adequadas para uma caminhada no pátio. Começamos por um Turiscar Vila Rica Residence 94: [attachment=5224] [attachment=5225] [attachment=5226] Gostamos muito desse. Precisaria de algum retoque para deixá-lo com a nossa cara, mas parecia um candidato razoável a se tornar nossa casa móvel. Em seguida fomos ver um Turiscar Diamante Club 95, também em ótimo estado: [attachment=5227] [attachment=5228] [attachment=5229] Também pareceu um bom candidato. Os preços eram semelhantes, e as coisas que gostariamos de arrumar também, então ainda ficamos mais inclinados ao Vila Rica que tinhamos visto antes, pelo espaço. Dando mais uma volta no patio também tivemos a sorte de poder ver algumas outras curiosidades. Por exemplo, esse trailer ficou embaixo d’água em torno de um mês nas enchentes que houveram em São Lourenço do Sul no RS, e está sendo refeito praticamente do zero: [attachment=5230] [attachment=5231] E esse outro estava sendo pintado: [attachment=5232] Também havia esse trailer no meio da loja que estava sendo refeito do zero. Segundo o Paulo, era originalmente um Turiscar Vila Rica do qual foi aproveitado só o chassis. O objetivo inicial era para uso próprio, então ele tem uma série de particularidades como ser um pouco mais alto que o normal, uma porta mais larga, e o objetivo é utilizar fibra ao invés de alumínio: [attachment=5233] [attachment=5234] [attachment=5235] [attachment=5236] [attachment=5237] Após o início dos serviços, o Paulo acabou conseguindo um Imperial em bom estado para uso próprio, e mudou o plano incial. Os serviços nele continuam, mas mais devagar. Além dos trailers, outro fator que chamou atenção era o número alto de motorhomes no pátio. Alguns estavam a venda, mas muitos estavam lá para manutenções diversas, e uma boa parte dos donos destes queriam seus veículos de volta para os passeios de Páscoa, então a atividade era grande. Após o tour no pátio da Sinostrailer, ainda haviam mais dois trailers anunciados por eles que gostariamos de ver e que não estavam no pátio. Um deles não conseguimos agendar, mas o outro estava por perto e resolvemos visitá-lo com a companhia do Paulo: [attachment=5238] Infelizmente não tirei fotos internas dele, mas está em muito bom estado, incluindo dois ar condicionados split, aquecedor a gás, e outras modificações que a própria Sinostrailer fez. Possivelmente em condições de colocar na estrada e viajar no ato. Por outro lado, o preço está um pouco elevado, acompanhando o estado do trailer. Era mais uma possibilidade a ser pensada. E assim encerramos a visita a Sinostrailer, com um pouco de pressa a essa altura pois a tarde estava indo embora e ainda queriamos ter um bom tempo de conversa na Casa do Camping. Ao sairmos, conversamos entre nós o quanto gostamos dessa visita. É raro hoje em dia ver empresas com pessoas tão simples e simpáticas, e independente de onde comprarmos nosso trailer, já sabemos onde queremos fazer a manutenção dele. Na próxima conto sobre nossa visita a Casa do Camping.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58411
    GustavoN
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    Estamos quase lá, Andre. :-) Depois da visita local, começamos a planejar um tour para visitar vários trailers usados. Como esperado, a maior concentração de veículos no estado fica na volta de Porto Alegre, então fizemos uma lista inicial de veículos interessantes que gostariamos de ver durante um final de semana estendido. Além disso, duas das principais empresas de trailers do estado, a Sinostrailer e a Casa do Camping, ficam ao lado de Porto Alegre em Novo Hamburgo e São Leopoldo respectivamente, então incluímos ambas no tour também. Enquanto preparavamos a rota do tour e faziamos a filtragem da lista, acabamos percebendo que três dos trailers semi-novos que gostariamos de ver na verdade estavam sendo anunciados pela Casa do Camping e pela Sinostrailer, e vimos também que haviam trailers usados anunciados pela Sinostrailer em excelente estado, e que provavelmente estariam em estado no mínimo equivalente ao que achariamos no mercado fora dali. Com isso, acabamos fazendo uma filtragem mais radical para otimizar nosso tempo, e resolvemos visitar somente a Sinostrailer e a Casa do Camping, nessa ordem. Se não achassemos algo usado interessante em nenhuma das duas, já poderiamos conversar sobre a construção de um novo na Casa do Camping com todas as possibilidades em mente. E assim o fizemos. Passamos um final de semana com amigos na região, e na segunda-feira fomos até a Sinostrailer para conversar. Fomos incrívelmente bem recebidos pela Elisa e pelo Paulo. Além do profissionalismo evidente, o casal nos fez sentir em casa, com direito a chimarrão e tudo. Explicamos que gostariamos de ver trailers entre 6 e 7 metros em bom estado, e a Elisa rapidamente fez uma seleção das chaves mais adequadas para uma caminhada no patio. Começamos por um Turiscar Vila Rica Residence 94: [attachment=5224] [attachment=5225] [attachment=5226] Gostamos muito desse. Precisaria de algum retoque para deixá-lo com a nossa cara, mas parecia um candidato razoável a se tornar nossa casa móvel. Em seguida fomos ver um Turiscar Diamante Club 95, também em ótimo estado: [attachment=5227] [attachment=5228] [attachment=5229] Também pareceu um bom candidato. Os preços eram semelhantes, e as coisas que gostariamos de arrumar também, então ainda ficamos mais inclinados ao Vila Rica que tinhamos visto antes, pelo espaço. Dando mais uma volta no patio também tivemos a sorte de poder ver algumas outras curiosidades. Por exemplo, esse trailer ficou embaixo d’água em torno de um mês nas enchentes que houveram em São Lourenço do Sul no RS, e está sendo refeito praticamente do zero: [attachment=5230] [attachment=5231] E esse outro estava sendo pintado: [attachment=5232] Também havia esse trailer no meio da loja que estava sendo refeito do zero. Segundo o Paulo, era originalmente Turiscar Vila Rica do qual foi aproveitado só o chassis. O objetivo inicial era para uso próprio, então ele tem uma série de particularidades como ser um pouco mais alto que o normal, uma porta mais larga, e o objetivo é utilizar fibra ao invés de alumínio: [attachment=5233] [attachment=5234] [attachment=5235] [attachment=5236] [attachment=5237] Após o início dos serviços, o Paulo acabou conseguindo um Imperial em bom estado para uso próprio, e mudou o plano incial. Os serviços nele continuam, mas mais devagar. Além dos trailers, o outro fato que chamou a atenção era o número alto de motorhomes no patio. Alguns estavam a venda, mas muitos estavam lá para manutenções diversas, e uma boa parte dos donos destes queriam seus veículos de volta para os passeios de Pascoa. Após o tour na Sinostrailer, haviam mais dois trailers que gostariamos de ver e que não estavam no patio. Um deles não conseguiriamos ver no dia, mas o outro estava por perto e resolvemos visitá-lo com a companhia do Paulo: [attachment=5238] Infelizmente não tirei fotos internas dele, mas está em muito bom estado, incluindo dois ar condicionados split, aquecedor a gás, e outras modificações que a própria Sinos fez. Possivelmente em condições de colocar na estrada e viajar. Por outro lado, o preço está um pouco elevado, acompanhando o estado do trailer. Era mais uma possibilidade a ser pensada. E assim encerramos a visita a Sinostrailer, com um pouco de pressa a essa altura pois a tarde estava indo embora e ainda queriamos ter um bom tempo de conversa na Casa do Camping. Ao sairmos, conversamos entre nós o quanto gostamos dessa visita. É raro hoje em dia ver empresas com pessoas tão simples e simpáticas, e independente de onde comprarmos nosso trailer, já sabemos onde queremos fazer a manutenção dele. Na próxima conto sobre nossa visita a Casa do Camping.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58397
    GustavoN
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    Seguindo a história então, enquanto o negócio da camionete era fechado fomos em busca de trailers locais para conhecermos melhor um exemplar por dentro. Encontramos apenas um único Turiscar a venda na cidade, um Rubi. O anúncio informava que havia sido reformado a pouco para uso próprio, mas o dito ficou parado após a reforma esperando por um pouco de ação. Agendamos então a visita por telefone com o Venâncio para ver o candidato ao vivo. Antes de irmos, conversei com minha esposa para prepará-la para ver algo que não estaria nas condições que gostaríamos. O dia novamente estava quente, e apesar do anúncio informar uma reforma, o valor estava baixo, então não esperava encontrar algo em um estado fantástico. Seria problemático para nós se a primeira impressão prática sobre trailers fosse traumática. Pedi então que direcionassemos nossa atenção para fatores que seriam constantes e independentes do estado: o espaço interno, a acomodação dos móveis, o tamanho da mesa, e assim por diante. Na visita fomos inicialmente recepcionados pelo pai do Venâncio, que havia sido o principal usuário do trailer, e logo em seguida chegou o Venâncio para nos mostrar os detalhes. O trailer era um Rubi, do modelo antigo que ainda tinha o janelão na frente. O estado geral era razoável: [attachment=5216] [attachment=5217] Mas haviam algumas coisas mais complicadas para serem resolvidas, provavelmente resultado de ter ficado na rua por muito tempo: [attachment=5218] [attachment=5219] De qualquer forma, como combinamos procuramos prestar mais atenção no espaço interno e disposição geral das coisas, para melhorar nossa ideia do que buscavamos. O espaço era bom, mas o ideal seria se houvesse uma terceira cama além da de casal e da mesa da sala, para podermos acomodar o rapazinho sem comprometer a mesa principal para nosso uso. Fora isso, ambos achamos que nos sentiríamos bem dentro de um ambiente renovado naquele formato. Ao final da visita, questionei sobre sua experiência enquanto criança nesse mundo dos passeios com a casa a reboque, e a resposta foi totalmente positiva. Encorajador para nós que estamos prestes a colocar nosso filho no mesmo rumo. Como parte desse papo, também recebemos mais uma dica sobre o “esconderijo” dos trailers e motorhomes em nossa cidade. De outras conversas, já sabiamos que havia um estacionamento em alguma parte da cidade que muitos proprietários utilizavam para esse fim, mas não sabiamos onde. O Venâncio também não tinha o endereço, mas tinha ouvido falar que ficava perto de uma determinada região da cidade. Com essa dica fui até a região, e começei a perguntar em pontos próximos (postos, etc) se sabiam onde ficava, até que achei. Não era exatamente um estacionamento, mas sim um galpão antigo, e o ponto realmente é um tanto escondido, o que justifica as pessoas com quem tinhamos contato não saberem dizer ao certo onde é. Mesmo tendo visitado, eu mesmo não sei dizer o endereço. Teria que explicar como chegar. O visual do local é legal: [attachment=5220] Infelizmente, está lotado. Tem até trailer sobrando que tem que ser manobrado para tirar o de trás. Lá bati um papo com o Carlinhos, que cuida o local, com o Eduardo, dono de um Turiscar Eldorado que fica lá, e com o Oliveira, dono de um antigo motorhome Turiscar que dorme lá também. Na conversa, um deles ficou impressionado que tinhamos a idéia de rebocar um trailer de maior porte com uma S10, pois acreditava que trailers de dois eixos eram mais instáveis, segundo experiência própria rebocando um desses há tempos atrás, e também que a S10 não era potente o suficiente. Respondi que esses detalhes não parecem corretos, e que embora um novato nesse mundo, nas pesquisas que fiz (e pela lógica) os trailers de dois eixos são mais estáveis, e que provavelmente a experiência dele havia sido com um trailer da Karmann Ghia com uma suspensão comprometida, e informei que a nova S10 tem potência e torque razoáveis. Ele confirmou que havia sido um trailer da Karmann Ghia, mas permaneceu incrédulo sobre a potência da S10 ser adequada. Fazer o quê? No todo muito boas conversas, e gostamos de ter conhecido o Rubi e seus donos. Precisavamos ver mais trailers. Continua…

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58396
    GustavoN
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    Seguindo a história então, enquanto o negócio da camionete era fechado fomos em busca de trailers locais para conhecermos melhor um exemplar por dentro. Encontramos apenas um único Turiscar a venda na cidade, um Rubi. O anúncio informava que havia sido reformado a pouco para uso próprio, mas o dito ficou parado após a reforma esperando por um pouco de ação. Agendamos então a visita por telefone com o Venâncio para ver o candidato ao vivo. Antes de irmos, conversei com minha esposa para prepará-la para ver algo que não estaria nas condições que gostaríamos. O dia novamente estava quente, e apesar do anúncio informar uma reforma, o valor estava baixo, então não esperava encontrar algo em um estado fantástico. Seria problemático para nós se a primeira impressão prática sobre trailers fosse traumática. Pedi então que direcionassemos nossa atenção para fatores que seriam constantes e independentes do estado: o espaço interno, a acomodação dos móveis, o tamanho da mesa, e assim por diante. Na visita fomos inicialmente recepcionados pelo pai do Venâncio, que havia sido o principal usuário do trailer, e logo em seguida chegou o Venâncio para nos mostrar os detalhes. O trailer era um Rubi, do modelo antigo que ainda tinha o janelão na frente. O estado geral era razoável: [attachment=5216] [attachment=5217] Mas haviam algumas coisas mais complicadas para serem resolvidas, provavelmente resultado de ter ficado na rua por muito tempo: [attachment=5218] [attachment=5219] De qualquer forma, como combinamos procuramos prestar mais atenção no espaço interno e disposição geral das coisas, para melhorar nossa ideia do que buscavamos. O espaço era bom, mas o ideal seria se houvesse uma terceira cama além da de casal e da mesa da sala, para podermos acomodar o rapazinho sem comprometer a mesa principal para nosso uso. Fora isso, ambos achamos que nos sentiríamos bem dentro de um ambiente renovado naquele formato. Ao final da visita, questionei sobre sua experiência enquanto criança nesse mundo dos passeios com a casa a reboque, e a resposta foi totalmente positiva. Encorajador para nós que estamos prestes a colocar nosso filho no mesmo rumo. Como parte desse papo, também recebemos mais uma dica sobre o “esconderijo” dos trailers e motorhomes em nossa cidade. De outras conversas, já sabiamos que havia um estacionamento em alguma parte da cidade que muitos proprietários utilizavam para esse fim, mas não sabiamos onde. O Venâncio também não tinha o endereço, mas tinha ouvido falar que ficava perto de uma determinada região da cidade. Com essa dica fui até a região, e começei a perguntar em pontos próximos (postos, etc) se sabiam onde ficava, até que achei. Não era exatamente um estacionamento, mas sim um galpão antigo, e o ponto realmente é um tanto escondido, o que justifica as pessoas com quem tinhamos contato não saberem dizer ao certo onde é. Mesmo tendo visitado, eu mesmo não sei dizer o endereço. Teria que explicar como chegar. O visual do local é legal: [attachment=5220] Infelizmente, está lotado. Tem até trailer sobrando que tem que ser manobrado para tirar o de trás. Lá bati um papo com o Carlinhos, que cuida o local, com o Eduardo, dono de um Turiscar Eldorado que fica lá, e com o Oliveira, dono de um antigo motorhome Turiscar que dorme lá também. Na conversa, um deles ficou impressionado que tinhamos a idéia de rebocar um trailer de maior porte com uma S10, pois acreditava que trailers de dois eixos eram mais instáveis, segundo experiência própria rebocando um desses há tempos atrás, e também que a S10 não era potente o suficiente. Respondi que esses detalhes não parecem corretos, e que embora um novato nesse mundo, nas pesquisas que fiz (e pela lógica) os trailers de dois eixos são mais estáveis, e que provavelmente a experiência dele havia sido com um trailer da Karmann Ghia com uma suspensão comprometida, e informei que a nova S10 tem potência e torque razoáveis. Ele confirmou que havia sido um trailer da Karmann Ghia, mas permaneceu incrédulo sobre a potência da S10 ser adequada. Fazer o quê? No todo muito boas conversas, e gostamos de ter conhecido o Rubi e seus donos. Precisavamos ver mais trailers. Continua…

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58394
    GustavoN
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    Com certeza é possível, João, e deve ser divertidíssimo. Gosto muito de fazer as coisas em casa também. O problema nesse caso é que o tempo é finito, e precisamos escolher o que fazer com ele.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58387
    GustavoN
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    Continuando então o relato, nessa altura já tinhamos alguma compreensão do que o mundo dos motorhomes ao redor de nós tinha a nos oferecer, mas sabiamos pouco sobre o outro braço do mercado de veículos recreacionais: os trailers. Nas minhas pesquisas com os motorhomes já tinha passado pelos excitantes relatos do Dardo aqui no forum, contando em detalhe as visitas ao sul do continente em seu Turiscar Diamante (Guanaquito, para os íntimos). Isso acabou com qualquer preconceito sobre viagens mais longas em trailers que pudessemos ter. Então o que mais poderiamos não saber a respeito dessas casas móveis? Haviam os aspectos que eram intuitivos. Por exemplo, no trailer vão todos dentro do carro, e no motorhome as pessoas podem ir mais a vontade (com uma mesa para uso do laptop, geladeira e banheiro mais próximos em caso de parada, etc). Frequentemente o motorhome também acomoda mais pessoas durante a viagem, e evita a transferência entre os dois veículos em caso de chuva. Por outro lado, com o trailer existe um outro veículo (em geral um bom veículo, no caso dos trailers maiores) que pode ser usado de forma independente. E, é claro, o preço da aquisição é bastante relevante. O valor de um trailer grande usado em muito bom estado é geralmente de três a quatro vezes mais baixo que o de um motorhome médio em estado semelhante. O que mais poderiamos estar esquecendo? Precisavamos visitar alguns trailers, mas antes disso seria ótimo ter mais informação de um veterano desse mundo. Para tanto, resolvi escrever um email para o Dardo explicando nossa situação e tocando em alguns pontos chave para abrir a conversa: porque trailer e não motorhome? Quais seriam algumas boas opções de veículo para tração? As respostas, como vocês aqui no forum podem imaginar, foram surpreendentes para nós. Não porque as informações fornecidas divergiam muito do que imaginavamos, mas sim pelo carinho e dedicação investidos em nos ajudar. Somos extremamente gratos pela atenção que recebemos. Em termos do discutido, o principal ponto enfatizado foi o de se ter um veículo independente para passear nas redondezas dos locais de estadia. Embora já tivessemos esse item em nossa lista, a enfase dada nos abriu mais os olhos quanto a importãncia disso. De fato nas conversas que tivemos e pesquisas que fizemos, os motorhomes de porte médio a grande geralmente carregam uma moto ou um carro a reboque, para deslocamentos locais, o que faz sentido dado a inconveniência de circular com um motorhome e de “levantar acampamento” para toda a saída. A moto é inviável para nós, então teriamos que pensar seriamente em um veículo para acompanhar. Isso são dois motores ao invés de um, e dois seguros, duas manutenções. Além disso, com um veículo único é necessário levar a casa para trocar óleo e fazer outras manutenções regulares que um veículo de tração precisa. Além da impraticidade, não é toda a oficina que comporta um veículo desse porte, e as que comportam costumam cobrar algo a mais por isso. Sobre as opções de veículos de tração, o Dardo nos colocou a par das necessidades básicas para tração (torque, e portanto motor a diesel, etc), e mencionou algumas opções mais interessantes, incluindo a Frontier SL, Ranger, e nova S10. Com esses dados em mãos, me pus a pesquisar. Quanto mais estudava, mais gostava da idéia de ter a casa móvel e o carro de tração em veículos separados. Atualmente temos um Fiesta 2009, que eu gosto muito por ser um carro barato, de manutenção barata, seguro (raro modelo do Fiesta com ABS e Airbag dessa época) e bastante potente por ser muito leve. Foto do rapaz logo após o último banho: [attachment=5213] Porém, é um carro pequeno, e sentimos mais isso hoje que temos um terceiro tripulante que demanda uma parafernália razoável. Seria ótimo ter uma camionete moderna para passeios mais longos, mesmo quando a casa móvel não for necessária. Por sorte, nosso estacionamento no prédio onde moramos também comporta dois veículos, e há um estacionamento logo ao lado do prédio que comporta trailers, mesmo os de grande porte. Então, comecei a sentir que andavamos remando contra a maré, e que de repente a correnteza estava a favor. Pesquisando as várias opções de camionetes, excluimos a Frontier logo de cara por não haver autorizada na cidade. Ficou então entre a S10 e a Ranger. Muitas leituras e reviews depois, resolvemos fazer uma visita a Chevrolet local para ver a S10 pessoalmente. Ao mesmo tempo, quis a sorte que houvesse uma S10 2015 usada na cidade, com 6 mil km de uso. Marcamos as duas visitas, uma em seguida da outra.. primeiro a nova, depois a usada. Na Chevrolet fomos recebidos pelo Alex, que nos deu toda a atenção necessária, nos mostrou todo o veículo por dentro, suas características (que já conheciamos, mas não ao vivo) e sob forte pressão nossa fez o melhor preço que conseguiria para o veículo novo. Logo em seguida, fomos visitar o Guilherme e o Nelson, donos da S10 usada, que nos informaram que estavam vendendo o veículo para obter capital de giro. Depois de muita conversa, uma redução generosa no preço, revisões, voltas de teste, fechamos negócio na S10 usada e nos tornamos felizes proprietários de – como diria o Dardo – um bom rebocador, jeep 4×4, e veículo de passeio: [attachment=5214] Agora tinhamos metade do problema resolvido, e em paralelo estudavamos os trailers, que agora eram um destino certo. Na continuação da história, mais visitas e mais fotos. Novamente, muito obrigado ao Dardo por toda a força.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58386
    GustavoN
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    Continuando então o relato, nessa altura já tinhamos alguma compreensão do que o mundo dos motorhomes ao redor de nós tinha a nos oferecer, mas sabiamos pouco sobre o outro braço do mercado de veículos recreacionais: os trailers. Nas minhas pesquisas com os motorhomes já tinha passado pelos excitantes relatos do Dardo aqui no forum, contando em detalhe as visitas ao sul do continente em seu Turiscar Diamante (Guanaquito, para os íntimos). Isso acabou com qualquer preconceito sobre viagens mais longas em trailers que pudessemos ter. Então o que mais poderiamos não saber a respeito dessas casas móveis? Haviam os aspectos que eram intuitivos. Por exemplo, no trailer vão todos dentro do carro, e no motorhome as pessoas podem ir mais a vontade (com uma mesa para uso do laptop, geladeira e banheiro mais próximos em caso de parada, etc). Frequentemente o motorhome também acomoda mais pessoas durante a viagem, e evita a transferência entre os dois veículos em caso de chuva. Por outro lado, com o trailer existe um outro veículo (em geral um bom veículo, no caso dos trailers maiores) que pode ser usado de forma independente. E, é claro, o preço da aquisição é bastante relevante. O valor de um trailer grande usado em muito bom estado é geralmente de três a quatro vezes mais baixo que o de um motorhome médio em estado semelhante. O que mais poderiamos estar esquecendo? Precisavamos visitar alguns trailers, mas antes disso seria ótimo ter mais informação de um veterano desse mundo. Para tanto, resolvi escrever um email para o Dardo explicando nossa situação e tocando em alguns pontos chave para abrir a conversa: porque trailer e não motorhome? Quais seriam algumas boas opções de veículo para tração? As respostas, como vocês aqui no forum podem imaginar, foram surpreendentes para nós. Não porque as informações fornecidas divergiam muito do que imaginavamos, mas sim pelo carinho e dedicação investidos em nos ajudar. Somos extremamente gratos pela atenção que recebemos. Em termos do discutido, o principal ponto enfatizado foi o de se ter um veículo independente para passear nas redondezas dos locais de estadia. Embora já tivessemos esse item em nossa lista, a enfase dada nos abriu mais os olhos quanto a importãncia disso. De fato nas conversas que tivemos e pesquisas que fizemos, os motorhomes de porte médio a grande geralmente carregam uma moto ou um carro a reboque, para deslocamentos locais, o que faz sentido dado a inconveniência de circular com um motorhome e de “levantar acampamento” para toda a saída. A moto é inviável para nós, então teriamos que pensar seriamente em um veículo para acompanhar. Isso são dois motores ao invés de um, e dois seguros, duas manutenções. Além disso, com um veículo único é necessário levar a casa para trocar óleo e fazer outras manutenções regulares que um veículo de tração precisa. Além da impraticidade, não é toda a oficina que comporta um veículo desse porte, e as que comportam costumam cobrar algo a mais por isso. Sobre as opções de veículos de tração, o Dardo nos colocou a par das necessidades básicas para tração (torque, e portanto motor a diesel, etc), e mencionou algumas opções mais interessantes, incluindo a Frontier SL, Ranger, e nova S10. Com esses dados em mãos, me pus a pesquisar. Quanto mais estudava, mais gostava da idéia de ter a casa móvel e o carro de tração em veículos separados. Atualmente temos um Fiesta 2009, que eu gosto muito por ser um carro barato, de manutenção barata, seguro (raro modelo do Fiesta com ABS e Airbag dessa época) e bastante potente por ser muito leve. Foto do rapaz logo após o último banho: [attachment=5213] Porém, é um carro pequeno, e sentimos mais isso hoje que temos um terceiro tripulante que demanda uma parafernália razoável. Seria ótimo ter uma camionete moderna para passeios mais longos, mesmo quando a casa móvel não for necessária. Por sorte, nosso estacionamento no prédio onde moramos também comporta dois veículos, e há um estacionamento logo ao lado do prédio que comporta trailers, mesmo os de grande porte. Então, comecei a sentir que andavamos remando contra a maré, e que de repente a correnteza estava a favor. Pesquisando as várias opções de camionetes, excluimos a Frontier logo de cara por não haver autorizada na cidade. Ficou então entre a S10 e a Ranger. Muitas leituras e reviews depois, resolvemos fazer uma visita a Chevrolet local para ver a S10 pessoalmente. Ao mesmo tempo, quis a sorte que houvesse uma S10 2015 usada na cidade, com 6 mil km de uso. Marcamos as duas visitas, uma em seguida da outra.. primeiro a nova, depois a usada. Na Chevrolet fomos recebidos pelo Alex, que nos deu toda a atenção necessária, nos mostrou todo o veículo por dentro, suas características (que já conheciamos, mas não ao vivo) e sob forte pressão nossa fez o melhor preço que conseguiria para o veículo novo. Logo em seguida, fomos visitar o Guilherme e o Nelson, donos da S10 usada, que nos informaram que estavam vendendo o veículo para obter capital de giro. Depois de muita conversa, uma redução generosa no preço, revisões, voltas de teste, fechamos negócio na S10 usada e nos tornamos felizes proprietários de um bom rebocador, jeep 4×4, e veículo de passeio (como diria o Dardo): [attachment=5214] Agora tinhamos metade do problema resolvido, e em paralelo estudavamos os trailers, que agora eram um destino certo. Na continuação da história, mais visitas e mais fotos. Novamente, muito obrigado ao Dardo por toda a força.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58385
    GustavoN
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    É verdade, João, e infelizmente a solução do problema não é simples. É bom para todos nós que tenhamos empresas próximas de nós especializadas na construção desses equipamentos, mas para as próprias empresas também sai caro. Essas empresas entregam um número surpreendetemente pequeno de veículos por mês, o que quer dizer que esses poucos veículos tem que pagar todo o serviço. É como viver em um condomínio de luxo com poucos apartamentos.. os poucos moradores arcam com todo o custo. Claro, também existe o chamado “custo Brasil”, como dizem alguns economistas: já que o pessoal está acostumado a pagar caro, há um abuso por parte das empresas e coisas triviais são taxadas a preço de ouro. Por exemplo, por três lâmpadas de led – duas para a cama de casal e uma na poltrona da sala – a Santo Inácio cobra 540 reais. Ridículo. A solução desse problema, na minha opinião, deve necessariamente ser conjunta. A infraestrutura dos campings precisa melhorar, a segurança precisa melhorar, as estradas precisam melhorar. Isso aumenta o interesse no consumo, e consequentemente o interesse na produção. O aumento de volume e o aumento da concorrência tornará o processo todo mais barato, o que também aumentaria o interesse em melhores campings e infraestrutura em geral. É um círculo virtuoso em que todos sairíamos ganhando.

    em resposta a: Em busca da casa móvel #58376
    GustavoN
    Bloqueado

    Muito obrigado pelos comentários! Continuamos então a história… Enquanto faziamos as visitas e aprendiamos com veículos usados interessantes que estavam próximos, também estudavamos as empresas que faziam veículos novos. Uma das empresas que nos chamou a atenção foi a Santo Inácio, localizada em Gramado na serra gaúcha, com veículos relativamente pequenos mas com bastante acomodação. Uma das plantas mais interessantes que vimos foi a do veículo de 8 metros e meio, com slide-out na sala. Utilizando a mesma técnica da Safari com uma cama sobre a cabine, o veículo oferece acomodação para o sono de 6 ou 7 pessoas com conforto: [attachment=5207] [attachment=5208] Depois de um estudo preliminar, entrei em contato com a Santo Inácio para entender melhor a proposta. Fui atendido pelo Victor, do departamento comercial, que durante uma agradável conversa de duas horas por telefone me explicou em detalhe o equipamento, e também todo o processo de acquisição e fabricação dos veículos, que precisa ser agendada e demorava em torno de 6 meses para finalização naquele momento. O preço para aquisição é alto, mas não totalmente inesperado pelo que já estavamos vendo em geral no mercado de usados. No momento do contato o preço base da montagem ficava em 239 mil, e o preço do chassis Iveco 70C16 Daily, que deve ser adquirido diretamente da Fiat, era estimado em 120 mil. Na soma, e adicionando alguns dos opcionais mais interessantes que gostariamos (sala slide-out, cozinha externa, etc), o preço agregado girava em torno dos 430 mil. Apesar de ser um equipamento de muita qualidade e muitos opcionais, certamente um sonho de consumo de muitos campistas, esse valor é proibitivo para nós. E mesmo que conseguíssemos fazer algum parecelamento milagroso para chegar a esse valor, não conseguiriamos sentar e rodar em um equipamento de meio milhão e esquecer disso, o que acabaria com a diversão. Sem abandonar a idéia por completo, nos voltamos para os usados. Quase que surpreendentemente, tivemos dificuldade de achar um Santo Inácio usado para vender, o que comprova a impressão inicial: esse é um dos melhores motorhomes fabricados no Brasil, e seus donos não o vendem, ou vendem relativamente rápido. Fizemos então duas frentes de contato: o Victor da Santo Inácio gentilmente nos colocou em contato com o Roger que é o único proprietário de um Santo Inácio na nossa cidade, e paralelamente encontramos um destes motorhomes a venda na cidade de (ironicamente) Não Me Toque no Rio Grande do Sul. Liguei para o Dirlei, proprietário do veículo a venda, e obtive mais detalhes do equipamento. O veículo é um Santo Inácio 8.5 de 2011, bastante completo, porém com um sofá na sala ao invés da mesa de quatro lugares que vira cama: [attachment=5209] [attachment=5210] Pelas fotos percebe-se que a sala móvel é do modelo antigo, pois nas novas a geladeira sai junto. Não era o ideal, mas longe de ser um fator decisivo. A sala certamente também poderia ser adaptada para a mesa de quatro lugares, e pensamos em entrar em contato com o Victor para ver quanto sairia para fazer o serviço. Porém, antes disso precisavamos conversar sobre o valor. Os 360 mil solicitados ainda estavam muito fora da nossa realidade. Conversando com o Dirlei, ele fez um desconto para pagameto a vista, e nos deixou a vontade para fazer uma proposta. Porém, não quisemos fazer a proposta. Ficaria muito longe do valor solicitado, e poderia ser ofensíva (apesar de que propostas nunca devem ser consideradas ofensívas, mas acontece). Ainda assim, queriamos conhecer esse grande representante do campismo brasileiro, e na semana seguinte fomos visitar o Roger. Fomos muito bem recebidos, com direito a um tour completo por dentro e por fora do equipamento. O modelo dele era exatamente o que tinhamos visto como o ideal, e ainda por cima possuia uma série de opcionais instalados por conta, como o Rodo Ar e um reforço na suspensão (este último já está sendo feito na fábrica com os modelos novos, segundo ele). Outra curiosidade é que o modelo dele, apesar de ter alguns anos, possuia já o sistema de slide-out que leva a geladeira junto. E não foi por acaso: foi o Roger mesmo que insistiu que a fábrica modificasse o sistema dessa forma, e eles gostaram da idéia e acabaram tornando o sistema como o padrão para novos veículos! Boa idéia de fato. Bom, na despedida fiz uma piada: “muito bonito o teu motorhome, quanto queres por ele?”, com ar de graça. A resposta foi inesperada. Pois não é que o motorhome estava mesmo a venda, e nós não sabiamos? Ele apresentou todo o equipamento como se estivesse a venda, e nós recebemos as informações como se estivessemos visitando um amigo. Infelizmente para nós, o valor era similar ao do Dirlei, e ficamos na mesma situação: evitamos qualquer proposta. Isso para a tristeza de minha esposa, que se apaixonou pelo equipamento. Realmente é lindo e muito bem acabado. Por curiosidade perguntei o motivo da venda, e a resposta era quase que óbvia depois de toda a conversa: para comprar um Santo Inácio novo. :-) Não tirei nenhuma foto do motorhome porque não sabia que ele estava a venda, mas tirei de um lindo forno a lenha disponível no salão do edifício onde ele se encontrava, que fiquei admirado: [attachment=5211] Falando em edifício, uma questão que me chamou bastante a atenção durante o estudo dos Santo Inácio é a altura desses equipamentos. A fábrica recomenda um vão livre de 3 metros e 70, e ao contrário do intuitivo, o ponto mais alto não é a cama sobre a cabine, mas sim o ar condicionado de teto que fica no centro do veículo. Durante todas essas conversas estava em minha mente a preocupação de onde hospedar o gigante, caso fizessemos negócio. Daí pra frente também começei a medir a altura de todos os demais veículos e dos possíveis locais de estadia. Fato divertido para fechar essa parte da história: outra empresa fabricante de motorhomes novos que estudei foi a Vettura, localizada em São Leopoldo, RS. Os estudos não foram muito longe porque mesmo veículos usados são oferecidos lá por preços bastante elevados e sem justificativa aparente. Para se ter uma idéia, há um trailer Turiscar Eldorado 95 sendo oferecido por 69 mil reais no site deles, valor de mercado geralmente atribuido aos trailers grandes em bom estado. O fato curioso é que esse trailer está descrito como oferecendo acomodação para 8 pessoas: 4 dentro, e 4 fora! Pensei em escrevê-los sugeririndo que aumentassem a descrição para 14 pessoas, 4 dentro, e 10 fora. [attachment=5212] Continua em breve…

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