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Roger Formiga

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  • em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #65317
    Roger Formiga
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    André, eu vou explicar melhor no próximo post. Foi uma coisa simples, mas fatal: no soquete que se conecta a “caixinha” da ignição eletrônica, dois fios se soltaram e provocaram curto. Como era dentro do soquete eu não percebi isso, somente o eletricista que fez o teste e achou o defeito. []´s

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #65268
    Roger Formiga
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    Seguindo com o relato, agora que sobrou um tempinho para editar mais algumas fotos. No sábado 10 de outubro acordamos cedinho para deixar Diamantina pois o percurso era bem longo, mais de 500 Km, praticamente uma travessia de MG. [attachment=7895] Amanhecendo em Diamantina Planejei a rota o mais reto possível e pegamos estrada. O alto da serra em Diamantina é muito bonito, tem muitas formações rochosas interessantes, parei algumas vezes para curtir a paisagem e fotografar. Ficamos na intenção de voltar qualquer dia para explorar mais a região, muito bonita mesmo. [attachment=7896] [attachment=7897] Descendo a serra, a paisagem muda, fica tudo muito seco e o calor sobe barbaridade. Tinha instalado um termômetro na cabine do X-12. Bem, a temperatura ficou entre 39 e 40 graus o dia todo, sem refresco. Sombra para parar na estrada para um lanche, coisa rara. Lá pelas tantas uma boa sombra de mangueiras, mas muito calor, nem na sombra tinha trégua. Esse dia foi cansativo pelo calor, a paisagem já não é tão bonita, estrada que é um retão só, e realmente nesse dia fez muita falta um ar-condicionado no carro. [attachment=7898] Na BR-040, já “perto” de Brasília. No fim da tarde, exaustos pelo calor, paramos na cidade de Pompéu para descansar e passar a noite. Não daria para chegar no mesmo dia na Canastra. [attachment=7899] O gurgelzinho tem suas vantagens e várias desvantagens. Uma delas é o teto de lona, que deixa passar o calor e o frio. O calor é pior até, pois não tem como resolver. Outra desvantagem é o rendimento na estrada. A velocidade média é sempre baixa. De Diamantina a Pompéu a velocidade média em movimento ficou em 57 Km/h e essa foi das melhores médias. Em trechos com muita serra a média em movimento cai ainda mais como no trecho entre Serro e Diamantina, a média em movimento foi de 42 km/h. Ficamos em Pompéu num hotelzinho de beira de estrada, bem ruinzinho, barato, nem vou deixar referências. O café da manhã foi o pior que já vimos em hotel ou pousada, deu para comer uns pães de queijo apenas e mais nada. Então, domingo 11 de outubro, saímos de Pompéu para o trecho final até a Canastra. Paramos em uma sombra no meio da manhã e fizemos no nosso café da manhã. Um pouco mais adiante, em um lugar que não marquei no GPS, cruzamos com uma carreata de carros de bois. Tinha um bom número deles, não contei, mas eram muitos. [attachment=7900] Aqui um pequeno vídeo dessa carreata. http://stonesoft.com.br/formiga/videos/carreata.flv Chegamos em Piumhi, já na região da Canastra entre o meio e o fim da tarde. Nessas tínhamos perdido o evento do Gurgel Guerreiro. Optamos então em ir direto para São Roque de Minas que era um de nossos objetivos, para conhecer o Parque Nacional. [attachment=7901] Chegamos em São Roque de Minas e fomos procurar o camping. [attachment=7902] Tínhamos a indicação do Camping da Picareta, que consta aqui no guia. Pegamos informação e fomos para lá. Assim que entramos na fazenda onde fica o camping, o X-12 apagou, pane elétrica. Verifique o que pude e sabia, não achei o defeito. Não saía faísca das velas. Um grupo de motociclistas que estava saindo do camping ainda parou para ajudar, tinha um deles que era mecânico, mas não achou o defeito. Como estava perto do camping, fui até lá procurar ajuda, de alguém que pudesse rebocar o carro. Consegui com um campista e fomos fazer o resgate. [attachment=7904] Então, com o X-12 rebocado escolhemos um bom lugar e montamos acampamento. Como era um fim de semana de feriado, tinha bastante gente no camping, mas a área é muito grande, sobrava lugar. Sobre o camping, eu já comentei aqui neste post: http://www.portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6093 No próximo post falarei da Serra da Canastra.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #65144
    Roger Formiga
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    D I A M A N T I N A Quando saimos de Serro, a dona da pousada nos alertou para um problema em Diamantina, a grande infestação de pernilongos. Ao chegarmos ao camping São Pedro, falamos com a proprietária sobre isso e ela disse que realmente estava terrível, que eles estavam tendo que dormir com mosquiteiros nas camas, que toda a cidade estava passando por isso e que não havia uma solução pois um departamento jogava a culpa em outro que jogava para outra esfera do serviço público. [attachment=7849] Bem, como moramos em zona rural, estamos acostumados com pernilongos, acampamos muitas vezes em lugares com borrachudos e pernilongos, achamos que tudo bem. Bem, até que chegou o começo da noite e as nuvens de pernilongos começaram a aparecer. Fechamos o gazebo, mas como ele não tem uma parte de baixo que feche totalmente, ficam passagens. Por um tempo, tranquilo, na tela do lado de fora muitos, muitos mesmo, pernilongos pousados, dentro um ou outro que conseguia entrar. Passando algumas horas, já não era um ou outro mas muitos dentro. Passamos um repelente, eles não picavam mas ficavam em volta do rosto. Nessa noite não deu para ficar do lado de fora da barraca, nem caminhar, nem dentro da tenda. Fomos dormir cedo, pois na barraca não entravam. [attachment=7850] Sexta-feira 9 de outubro, saímos para conhecer o centro histórico de Diamantina. [attachment=7852] Talvez tivéssemos criado muita expectativa em relação a Diamantina ou talvez depois de ter passado por Serro, Ouro Preto, Tiradentes, Diamantina não encantou. [attachment=7853] Já no dia anterior, quando chegamos na cidade, não tivemos aquele impacto, uau! , como foi quando entramos pela primeira vez em Ouro Preto ou em Serro. A região em volta do centro histórico é igual a toda cidade grande, muito trânsito, comércio, periferia, caos. O centro histórico deixa muito a desejar em relação a ocupação, conservação, sinalização. [attachment=7854] Um bom exemplo é a casa de Chica da Silva, grande personagem histórica da cidade. A casa está lá, aberta para visitação, os cômodos vazios, uns quadros e poemas nas paredes e só. Demonstra pobreza, nada a ver com a riqueza que foi a vida de Chica e a cidade da época. [attachment=7851] Casa de Chica da Silva [attachment=7864] Portal da capela que existia no quintal da casa de Chica. Sobrou somente o portal. [attachment=7860] Fonte que fica no quintal da casa de Chica. [attachment=7861] Igreja de N. Sra. do Carmo, fica em frente a casa de Chica e tem uma particularidade: a torre fica nos fundos. Há duas versões para o fato da torre ter sido construída na parte de trás da igreja: esta alteração permitiria que Chica da Silva frequentasse as missas, já que imperava uma lei que proibia os negros de irem “além das torres”, ou a mudança teria sido um pedido da própria Chica, que não queria que o barulho dos sinos chegasse até sua casa. Foi construída pelo contratador João Fernandes de Oliveira marido de Chica e um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil na época. [attachment=7855] Durante nosso passeio por Diamantina, a Esmeralda aproveitou para cortar o cabelo em um dos salões da cidade. Enquanto ela ficou no salão eu fiquei caminhando. Depois ela me disse que o assunto de todo mundo era os pernilongos, que não havia isso antes que todo mundo estava revoltado. [attachment=7856] Apesar de esperar mais do centro histórico de Diamantina, não quero dizer que não vale a pena conhecer, muito pelo contrário, vale sim, mas que comparando com outras cidades, Diamantina precisa melhorar na conservação e utilização desse patrimônio. [attachment=7857] [attachment=7858] [attachment=7859] [attachment=7862] [attachment=7863] No final da tarde voltamos para o camping e resolvemos ir embora no dia seguinte. A região tem muitos outros atrativos, tem um Parque Nacional, cachoeiras, paisagens da Serra dos Cristais. É um lugar que fica para voltarmos e explorar mais, esperando que tenham resolvido o problema dos mosquitos. Então no sábado dia 10 de outubro, desmontamos acampamento e pegamos estrada em direção a Serra da Canastra. Haveria nesse fim de semana um evento que gostaríamos de participar que era o Encontro Nacional Gurgel Guerreiro, que seria na Canastra, evento esse que reuniria dezenas de proprietários de veículos Gurgel do Brasil.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64801
    Roger Formiga
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    Pois é meus caros, tem uns lugares em nosso BR que são muito legais mesmo. Essas cidades pequenas que conservaram a simplicidade das construções e das pessoas são ótimas.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #65027
    Roger Formiga
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    De Serro a Diamantina Serro foi uma bela surpresa. Sabia que era uma cidade colonial antiga, mas não esperava muito. Tinhamos acabado de passar em Conceição que não tinha quase nada preservado. Ficamos hospedados na Pousada Serrana, que fica em frente a rodoviária, bem no centro. Tem preço bom, ótimo atendimento, bom café da manhã, hi-fi, banheiro amplo com água quente, frigobar. Recomendo. [attachment=7780] [attachment=7781] Na quinta-feira dia 8 de outubro, tiramos a manhã para conhecer Serro. Na noite anterior, ainda demos uma volta pela cidade que não é muito grande. [attachment=7772] Pelas fotos a seguir, dá para ter uma idéia da arquitetura colonial e da conservação, que não chega a ser 100% mas é boa. [attachment=7773] [attachment=7774] [attachment=7775] [attachment=7776] [attachment=7777] [attachment=7779] Serro produz um tipo de queijo que é característico do lugar e é famoso na região. Em BH o dono do hostel em que ficamos, nos recomendou muito esse queijo. Realmente é muito bom. É um queijo minas, mais macio que o Canastra, quase um requeijão. Existe uma Cooperativa de produtores que vende esse queijo em um mercado da própria cooperativa que fica em frente a rodoviária. Claro que não deixamos de comprar algumas peças, inclusive a muzzarela deles que também é prima, recomendo bastante. [attachment=7782] Com toda essa fama do queijo, a grande festa do lugar é a festa do queijo que seria no fim de semana seguinte. Como estávamos com o tempo curto, não deu para ficar. Além do queijo, uma característica muito positiva da cidade, é a simpatia do povo. Todo mundo te cumprimenta, bom dia, boa noite. Andamos pela cidade na noite anterior e todos nos cumprimentavam. Durante o dia igual. Numa esquina passamos por um rapaz que falava ao celular, não cumprimentamos, mas ele se afastou do celular e disse – boa noite hein! , claro, respondemos, opa! boa noite ! Moramos numa cidade pequena no interior, aqui nos cumprimentamos no bairro, onde todos se conhecem, mas no centro somente aos conhecidos. Lá em Serro a regra é essa, todos se cumprimentam, muito legal mesmo. [attachment=7778] Meio dia, checkout no hotel e pegamos caminho para Diamantina. Existe um caminho mais curto por estrada de terra, mas mais demorado. Optamos pelo asfalto para não demorar muito, mas deixamos de conhecer um vilarejo que tem no caminho indo por terra que nos disseram valer muito a pena conhecer que é São Gonçalo do Rio das Pedras. Fica a dica para quem for, e para nosso retorno qualquer dia. O caminho pelo asfalto é a BR-259 até Datas e depois a BR-367. [attachment=7808] Essa Br-259 foi a pior estrada em condições de asfalto que pegamos em toda a viagem. Ela está sendo recapeada, mas estava terrível na maior parte do percurso, muito esburacada. [attachment=7809] [attachment=7810] A maior parte do caminho é pelo alto da serra, altitude média de 1.200m , vegetação típica de serrado, muita pedra, visual muito bonito. [attachment=7811] Paramos no caminho para conhecer a cidade de Datas. [attachment=7783] Chegamos em Diamantina por volta das 16 horas e fomos diretamente para o camping. Já tinha feito contato anteriormente, o camping estava funcionando, foi fácil de chegar. Ficamos no camping São Pedro. A avaliação desse camping eu fiz aqui neste post: http://www.portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6083 No próximo post vou falar de Diamantina.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64985
    Roger Formiga
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    Então Francisco, como falou o Alexandre, pega uns fins de semana numa praia legal, camping estruturado e leva ela que vai curtir. A minha companheira ficou um tempo também sem querer acampar, mas depois de uns anos só ficando em pousada ou hotel chegou a conclusão que se tiver camping no lugar é a melhor opção. Quanto aos DKV eu lembro quando era criança tinha muitos, tinha os Willys também. Não sabia desse detalhes dos 3 cilindros independentes. []´s

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64983
    Roger Formiga
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    Quarta-feira dia 7 de outubro. Saímos de Belo Horizonte, sentido Serra do Cipó. No planejamento inicial, iríamos passar uns dois dias no Cipó, mas com o problema no motor, alteramos os planos e apenas iríamos atravessar a Serra, e seguir para Diamantina. A Serra do Cipó é muito interessante. Já tínhamos estado lá há muito tempo atrás, mas ficamos apenas no Parque Nacional, sem efetivamente atravessar a serra. A subida da serra é bastante íngreme, sobe-se o paredão numa estrada cheia de curvas bem acentuadas. A vista é muito bonita, a cor das rochas avermelhadas deixa um contraste muito legal. Infelizmente não tinha acostamento nem onde parar, por isso não tirei fotos do trecho de subida da serra. No alto da serra, tem alguns trechos fora da estrada, onde está visível o caminho antigo, antes do asfalto, em pedra assentada. [attachment=7754] [attachment=7755] Como sempre nos deslocamentos longos, paramos para fazer almoço em um lugar muito bonito, na beira do Rio Santo Antônio, município de Conceição do Mato Dentro. [attachment=7756] [attachment=7757] Atravessamos Conceição e seguimos caminho em direção a Serro. [attachment=7758] Conceição do Mato Dentro é uma cidade pequena mas que conservou muito pouco de suas construções antigas. [attachment=7759] Essa cidade está sofrendo grandes alterações populacionais e ambientais devido a implantação de um grande projeto de mineração pela multinacional Anglo American. Se você pesquisar na web “Conceição do Mato Dentro Mineração” vai encontrar muita informação a respeito. [attachment=7760] A estrada de ligação entre Conceição e Serro está sendo asfaltada pela Anglo American, claro que não é para benefício dos moradores. Em razão dessas obras, perdemos muito tempo no pare e siga, em várias interrupções ao longo do caminho. Alguns trechos em asfalto outros em terra batida outros cascalhados. [attachment=7761] [attachment=7762] Com esse imprevisto de obras na estrada, planejamos parar em Serro para dormir, pois não seria possível chegar em Diamantina no mesmo dia. Quando chegamos em Serro já era noite. A nossa impressão ao entrar em Serro foi: uauuu!!! que legal !!! Uma cidade com o casario colonial bem preservado, ruas em pedra da pavimentação original, ladeiras lembrando Ouro Preto. A primeira impressão foi de amor a primeira vista. Paramos em uma praça, abri o netbook, conexão internet 2G da vivo – péssima, procuramos pousada para a noite. Localizamos uma com preço bom fomos para lá. No próximo post falo mais de Serro.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64881
    Roger Formiga
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    Sim Marcos, ter um carro universal desses tem suas vantagens, qualquer ferro velho tem peça.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64875
    Roger Formiga
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    De Ouro Preto a Belo Horizonte Saímos já escuro, em direção a BH com a intenção de ficar em Sabará. Era sábado 3 de outubro. Rodamos aproximadamente uns 40 km quando TÁ-TÁ-TÁ-TÁ-TÁ-TÁ um barulhão saindo do motor do X-12. No primeiro lugar com um pouco de iluminação parei, era na frente de um bar que estava fechado mas tinha luz acesa na rua. Fui verificar e o que eu temia tinha acontecido: o motor tinha cuspido fora uma das velas. Para quem não sabe, o Gurgel X-12 utiliza a mecânica do Fusca. Motor, câmbio, suspensão, é tudo Fusca. O motor é um 1.600 cc . Quando voltamos para casa no primeiro trecho da viagem, devido a semana de chuva pela frente, aproveitei para fazer manutenção adicional no carro. Troquei o escapamento que tinha furado e resolvi por precaução colocar velas novas. Ao tirar uma das velas ela saiu com pedaço da rosca do cabeçote. A vela nova já não conseguia rosquear até dar aperto. Então apelei para um quebra galho, que é o tucho cônico. Para quem não sabe, esse tucho é uma espécie de porca com uma rosca interna onde se rosqueia a vela, e outra rosca externa que vai entrar no local da vela no cabeçote forçando a fixação. Depois disso fui falar com o meu mecânico e consultei os colegas do Gurgel Guerreiro sobre o risco de viajar nessas condições. Eu já havia feito isso no X-15 quando deu problema semelhante, rodei vários anos sem problemas até que precisei recondicionar o motor. A resposta do mecânico e dos colegas gurgelzeiros, é que risco sempre há, mas que normalmente se coloca o tucho, se der bom aperto, roda muito tempo. Assim saí para viagem com essa preocupação, mas se fosse parar o carro para arrumar isso teria abortado a viagem . Nos trechos que rodei em lugares ermos, sempre vinha essa preocupação, se der zica ferrou. Bem, então a Lei de Murphy se concretizou aí. Por precaução tinha colocado no kit de peças sobressalentes, mais um tucho cônico, 2mm mais longo. Esperei o motor esfriar um pouco, coloquei esse outro tucho, a vela, dei partida, acelerei e ok, funcionou sem problemas, mas, não daria para arriscar e continuar viagem assim. Se o motor cuspisse fora essa vela novamente, só guincho para rebocar. O trajeto a seguir até BH tinha uma boa subida de serra, então optamos por parar na primeira cidade, dormir em algum hotel e no dia seguinte avaliar o que fazer. A primeira cidade era Itabirito. Ficamos no hotel Pousada de Minas. [attachment=7728] No domingo pela manhã levantamos as alternativas: – Abortar a viagem, pegar a Fernão Dias e voltar para casa, andando na maciota, torcendo para não dar mais problema. Fator contra: alto risco de ter que voltar guinchado. – Ficar em Itabirito até segunda, procurar uma oficina e fazer o serviço no motor e conforme o custo, avaliar se continua ou volta. Fator contra: cidade industrial, sem nenhum atrativo para ficar vários dias. – Ir para BH que é uma cidade maior, com vários atrativos de lazer e cultura. Fazer a manutenção e avaliar se continua ou volta. Fator contra: 70 km de deslocamento, tendo que subir uma serra. Bem, optamos pela terceira. Checkout no hotel, e andando bem na manha sem forçar o motor, fomos para BH. Subi a serra em segundinha, quase na marcha lenta. Deu tudo certo. Chegamos em BH fomos procurar hospedagem. A preferência era por um hostel para ter acesso a cozinha. Achamos um e gostamos, nos hospedamos lá. Foi o All Bags Hostel (http://allbagshostel.com.br) super recomendo. [attachment=7733] O resto do domingão foi para fazer almoço e janta e dar uma volta no bairro que é Santa Tereza, um bairro bem tranquilo e gostoso. [attachment=7729] Na segunda (dia 5/outubro) fui procurar oficina. Pergunto aos vizinhos do hostel, pego algumas referências vou ver. Encontro a Mecânica Gastura, do Sr. Gastur. Típica oficina de bairro, conhece bem esse tipo de motor, tem várias kombis, promete o serviço para o dia seguinte até o fim da tarde. Ótimo, o carro fica lá. O resto do dia passamos trabalhando e no fim da tarde um passeio pelo bairro, onde fica o famoso Clube da Esquina (Milton Nascimento, Lô Borges, Márcio Borges). [attachment=7730] Terça dia 6, ficou para conhecer um pouco de BH. Há uns 30 anos tínhamos passado por lá a caminho da Serra do Cipó, mas na ocasião não saimos da rodoviária, então nada deu para conhecer. Fomos para o centro de metrô. Bem, chamam de metrô mas é um trem de subúrbio melhorado, lento, sempre cheio (fora de horário de pico) demora muito de um trem para outro e estações precárias. Alguns governantes enganam descaradamente a população. Não tem comparação com o metrô de S.Paulo, é descabido chamar de metrô. [attachment=7732] No centro, fomos conhecer o Mercado Central, preços muito caros. Queríamos comprar alguns cereais, mas sem chance, preços mais de 5 vezes maior do que pagamos na zona cerealista de S.Paulo. [attachment=7731] Fomos então para a Praça da Liberdade conhecer alguns museus. Gostamos bastante do Memorial Minas Gerais e conhecemos o Museu Mineiro. Andamos bastante pelo centro. O centrão lembra bastante Sampa, região do Brás. A sinalização com nomes das ruas é muito precária. Nos cruzamentos só tem placas em uma única esquina. Alguns cruzamentos não tem placa alguma. O padrão em Sampa é nomes das ruas nas quatro esquinas. Isso atrapalha bastante a locomoção de quem não conhece a cidade. No meio da tarde recebo ligação da oficina dizendo que o carro estava pronto. Vamos para lá, pagamos e dou uma volta, ok, perfeito. Agora, avaliar novamente o que fazer: depois do gasto extra com a manutenção no motor e mais três dias de hospedagem em BH, o tempo e o dinheiro ficaram curtos. Aí aplicamos a Lei de Jacque. Já que, chegamos até aqui e Diamantina está relativamente perto, vamos seguir até Diamantina. Deixamos de ficar uns dias na Serra do Cipó e vamos seguir adiante. Com essa intenção, nos preparamos para no dia seguinte, deixar BH.

    em resposta a: Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015 #64840
    Roger Formiga
    Participante

    Ouro Preto Em primeiro de outubro, saímos de Tiradentes com destino a Ouro Preto. O caminho foi a BR-383 até a BR-040 um pedacinho nela até a saída para Ouro Branco. Paramos em Ouro Branco para fazer compras em um hipermercado que tem logo na entrada, vale a pena os preços são bons. Fomos até o centro conhecer, mas não vale a pena. O “centro histórico” se resume a uma igreja e duas casas. Nada foi preservado. Seguimos pela MG-129 que liga Ouro Branco a Ouro Preto, que é uma estradinha muito legal. Asfalto bom, bem sinalizada, pouco trânsito, proibido a caminhões. Muitas curvas, atravessa a Serra de Ouro Branco onde paramos para curtir o visual no mirante. No caminho tem várias pontes todas em pedra, que estão desativadas e preservadas somente para visita. Mais adiante vem a Serra de Itatiaia, não confundir com a Itatiaia da Mantiqueira que é outro lugar. Essa serra tem uns penhascos impressionantes, belas formações rochosas. Infelizmente não parei para fotografar pois pensava em voltar no dia seguinte com mais calma. [attachment=7698] A nossa intenção era ficar na Chapada no camping do Chará. Fomos até lá mas havia um problema: nada de sinal de celular, nada nada. Naqueles dias precisaríamos de internet para trabalhar. [attachment=7697] [attachment=7696] Então optamos por seguir para Ouro Preto e ficar no CCB. Chegamos em Ouro Preto já estava anoitecendo. Vamos procurar o CCB que conforme o endereço que consta no guia e no site do CCB fica na BR-358 Estrada dos Inconfidentes. Vamos para um lado para outro e nada de achar o CCB. Tento ligar lá, ninguém atende, até que paramos em um bar e perguntando, nos informam que fica na estrada de acesso a Ouro Preto que sai da BR-358. Bem, perdemos tempo nessa busca. Chegamos no camping, pagamos duas diárias e montamos acampamento. A avaliação deste camping já fiz anteriormente e está aqui: http://portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6075 O que foi estranho nessa primeira noite foram os gritos que saiam do presídio que fica bem nos fundos do camping. Eram gritos de pessoas se comunicando, não dava para entender nenhuma palavra e naquela escuridão soava meio tenebroso. [attachment=7699] Sexta, 2 de outubro, fomos conhecer o Parque Estadual do Itacolomi. É um parque muito bem cuidado, onde tem várias trilhas para caminhadas, sendo a principal para o topo da serra até a Pedra do Itacolomi (pedra menino) . [attachment=7705] O marco 001 da Estrada Real fica no parque. Existe também um museu do chá. Na região houve antigamente plantação de chá (o chá preto) e ali estão expostos os equipamentos de beneficiamento e industrialização do chá, bem como fotos e outros detalhes dessa parte da história de Ouro Preto. [attachment=7701] [attachment=7704] Resolvemos fazer a trilha para o Itacolomi. Andamos uns 3km até o primeiro mirante e o tempo estava fechando cada vez mais, com uma trovoada se aproximando. A partir daquele ponto a subida ia ficar mais puxada, e com o risco da chuva e raios, resolvemos voltar. [attachment=7702] [attachment=7703] De volta ao camping, preparamos a janta e passamos mais uma noite com os gritos dos presos . [attachment=7700] [hr] Sábado 3 de outubro, reservamos para passear no centro histórico de Ouro Preto. [attachment=7706] Já conhecíamos bem, da ida em 2013 quando visitamos todas igrejas, museus e outros atrativos. Então nesse dia optamos por passear por lugares onde não tínhamos ido antes. [attachment=7707] É sempre uma grande emoção caminhar por aquelas ladeiras cheias de história, belas construções, vistas muito bonitas. [attachment=7708] Foi um dia bem cansativo, pois o que desce de um lado tem que subir de outro e mais uma subida e outra descida e haja pernas. [attachment=7709] [attachment=7710] [attachment=7711] Estas casas abaixo parecem meio tortas, são mesmo. [attachment=7714] [attachment=7715] Em São João Del Rei tem umas assim também. [attachment=7716] [attachment=7717] [attachment=7718] [attachment=7714] [attachment=7713] [attachment=7712] Voltamos ao camping já no final da tarde e todos os demais campistas tinham-se ido. Quando chegamos na quinta haviam mais alguns campistas eram argentinos, uruguaios totalizando mais três grupos acampados. No sábado pela manhã um deles se foi, os demais enquanto estivemos fora. Já sabíamos por relatos e depois conversando com o Raimundo, o responsável pelo camping, que nas noites de sábado para domingo no bar em frente ao camping haveria um bailão com som muito alto, alto mesmo, que impossibilitava dormir. Mesmo assim tínhamos pensado em ficar nessa noite para sair no domingo pela manhã. Iríamos tentar dormir com protetores de ouvido. Mas quando chegamos e vimos que todos tinham ido embora, já estava anoitecendo, começando a gritaria do presídio, bem, repensamos o que fazer. Nós temos uma norma de evitar a todo custo viajar a noite. A noite não se aproveita a paisagem, a estrada sempre fica mais perigosa, qualquer problema, mesmo um pneu furado é sempre mais complicado resolver. Mas naquela circunstância resolvemos ir embora mesmo. A intenção era pousar em Sabará. Já tinha feito pesquisa anteriormente e Sabará não tem camping. Liguei para algumas pousadas, encontrei uma com bom preço e ficamos de ir para lá. Desmontamos o acampamento rapidinho. Com a prática de várias montagens/desmontagens, nós estávamos gastando uma hora para montar o acampamento e duas para desmontar. Desmontar sempre demora mais, tem que embalar tudo, limpar e colocar no carro de forma bem organizada. Nos despedimos do Raimundo e pegamos estrada a BR-356 sentido BH. Bem, as vezes a Lei de Murphy não falha, e dessa vez iríamos ter certeza disso. Segue em outro post.

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