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Pessoal
Sou o feliz proprietário de uma IVECOSA (Iveco Idosa) 1998 / 1998, Daily 4910. Motor Home  montado em 2011.
Proprietários de IVECOS, ao menos desta idade, sabem do freio não muito eficiente delas. Aquece em demasia, apesar de todos os cuidados tomados (não freiar continuamente, freiar com marcha engatada, mesma marcha para descer do que a usada para subir, etc. etc ). Mesmo assim em duas ocasiões fiquei praticamente sem freio. Ela está no limite de peso com 4.900 Kg.
Em uma viagem pelos Andes em 2006, quatro IVECOS apresentaram o problema. Esquentava tanto os freios que o líquido parece que entrava em ebulição e era expulso pela tampa do reservatório. Várias vezes as quatro tiveram que parar para esfriar o sistema. Na época eu tinha um MH Sprinter, que também aquecia, mas bem menos.
Alguém que já enfrentou o problema conseguiu solucionar?
A notícia que tenho é a que instalação de um freio motor, utilizando a borboleta do sistema do Ford Carguinho, acionada por algo elétrico (já que a |IVECO não tem compressor de ar) seria uma saída que iria minimizar o aquecimento ao auxiliar a frenagem.
Será viável a adaptação? O motor aguentaria?
É a pergunta e agradeço sugestões ou notícias.

                               Nós tbm tivemos uma IVECO 4912 com montagem da Vettura que mandei montar “0 KM” em 2001/2002 e comigo aconteceu do freio perder a eficiencia quando descia a serra de São Sebastião (SP). Á medida que ia descendo, o freio ia perdendo a eficiencia e eu, atento ao fato e com muito cuidado, acabei de descer a serra bem devagar usando a redução de marchas para diminuir a velocidade (o famoso “parando na caixa”) e de olho no freio de mão para uma ajuda. Nosso carro era bem pesadinho e estava com 4 pessôas e com muitas tralhas em viagem de férias. Assim que acabei de descer, parei num posto e fui procurar algum mecânico para ver o que estava acontecendo, já imaginando ser alguma coisa grave, complexa e complicada. Como nâo achei mecanico, resolvi fazer um lanche com a familia e descansar um pouquinho pra me refazer do susto e do estress que a situação tinha causado e depois de uns 40 minutos resolvi ir andando bem devagar até um proximo posto a procura de alguem que pudesse me ajudar.  
                               Quando eu retomei o volante e comecei a andar devagar, percebi que o freio já estava com 50% de eficiencia. Aí eu fiquei mais aliviado e de cabeça fria me dei conta conta que o freio tinha sofrido um processo chamado  de fading, ou seja, ele perde a eficiencia por excesso de aquecimento (de fato o fluido de freio ferve dentro do sistema e as pastilhas ficam incandescentes). E era isso mesmo pois a medida que ia andando o freio vinha voltando até que em poucos minutos voltou totalmente ao normal. Após esse fato e conversando com outras pessôas, vim  saber que esse é um grave defeito do Iveco Dayli. E depois disso, a mesma coisa aconteceu com meu cunhado com esse mesmo M Home na serra da Estrada da Graciosa. Eu não sabia que ele passaria por lá e não o preveni.
                                Como sou bastante experiente em veículos medios e pesados (fui empresario do ramo de transportes) tenho algumas considerações sobre o assunto que podem ser uteis :
                                    1) Nesses casos de utilização constante do freio em grandes declives, descer o mais devagar e o mais reduzido possivel e , se puder dar uma parada no meio do trajeto pra esfriar os freios.
                                    2) Trocar o fluido de freio a cada um ou dois anos (os fabricantes recomendam mas, nós automobilistas quase sempre nâo damos importância). E isso é valido tbm pra carros de passeio. Imagina em veiculos mais pesados…
                                    3) Usar o fuido adequado. Pra veículos mais pesados é recomendado usar o fuido DOT 4 ou DOT 5, os quais tem caracteristicas como indice de fuidez e ponto de ebulição, entre outros, mais apropriados para o tipo de veículo/serviço.
                                    4) Evitar de levar muita tralha pesada e desnecesaria no M Home. Tem gente que carrega até bigorna pra, de vez em quando, desentortar prego   (hehehe!!!…) maquina de lavar autos, aspirador de pó, maquina de furar e etc..  em MH pequeno não dá, né não?!?!?!?
                                  Espero ter colaborado e me coloco ás ordens.

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Celso, qualquer veículo com sistema de freios totalmente hidraulico, está sujeito ao “fading”.
Em descida de serra deve ser utilizado com moderação, e, utilize para descer, a mesma marcha que utilizaria para subir.

Apenas para ilustrar o comentario do Edgard
 
Fading acontece em freios a tambor também desde que tenham linha hidraulica, porém os freios a tambor demoram mais para retornar após o efeito, já que o freio a tambor não refrigera tão rápido como um freio a disco.
 
Com relação a todos os freios estarem sujeitos ao efeito de fading, depende do projeto e dimensionamento deles perante ao uso ao qual serão aplicados.
Se forem subdimensionados, apresentarão este inconveniente logo cedo.
 
A função do freio é converter energia cinética (de movimento) em energia térmica.
Logo, um bom sistema de freios é aquele que é capaz de dissipar maior quantidade de calor em função do tempo.  Se o sistema não for capaz de dissipar este calor, a capacidade de frenagem é reduzida ou haverá superaquecimento, deformação de materiais (discos principalmente). Quem nunca teve discos empenados depois de descer uma serra usando severamente os freios?
 
A capacidade de absorção de energia do sistema de freio deve ser igual ou superior a energia cinética numa situação de frenagem com peso máximo permitido ao veículo, considerando-se toda a faixa de desgaste dos conjuntos de freio (desde um freio novo até o máximo desgaste permitido para uso). Se os freios não estão suportando, talvez a capacidade de carga tenha sido ultrapassada ou os freios foram mal projetados.
Não é raro veículos receberem upgrade de potencia, de capacidade de carga ou outras alterações e os freios serem esquecidos.
 
Se forem bem projetados, dificilmente apresentarão este efeito indesejado.
 
Os aviões de passageiros usam freios a disco e não podem apresentar fading em nenhuma circunstância.

 

 

 

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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