Leve o mundo para a barraca
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Michael Nothenberg >> Antigo Guia de Camping 1975

O radioamador ou operador da chamada “faixa do cidadão” é um campista que nunca estará só. Um aparelho transmissor-receptor, não maior do que uma caixa de sapatos, permite que se leve “o mundo” para a barraca ou trailer. Isso pode também se converter, num momento de grave emergência, num valioso recurso para a busca de socorro ou de instruções. Tanto que a Polícia Militar de São Paulo mantém um canal exclusivo para o contato com os operadores da “faixa do cidadão”. Um acidente numa rodovia; a remoção de um ferido; uma pessoa perdida na mata; incêndios ou enchentes . . . Em qualquer caso o microfone mostrará sua utilidade e importância. E quando nada de ruim estiver acontecendo ele será o meio de união entre duas pessoas — o formador de novas amizades — o lazer — a alegria de viver.

Se o camping permite que você conheça novos lugares cada fim de semana, o radioamadorismo permite que você faça novos amigos todos os dias.

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E se nós pudéssemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo?

Complicado?

Longe disto. Até os exames de habilitação para radioamador — o grande trabalho burocrático — já podem ser contornados graças a um sistema de comunicação por rádio muito fácil e simples: a faixa do cidadão. Depois da compra do equipamento, você precisará de no máximo duas semanas para tratar de toda a documentação e imediatamente poderá começar a operar.

O radioamadorismo deixou de ser uma monótona ocupação de velhos aposentados para se tornar uma maneira dinâmica, simples e deliciosa de se fazer novos amigos. E um incomparável meio para a prestação de úteis e valiosos serviços, principalmente em casos de emergência.

UM CAMPISTA QUE NUNCA ESTARÁ SÓ

Há apenas uma década, praticar o radioamadorismo exigia um alto grau de conhecimento técnico e a

reserva de pelo menos uma dependência da casa só para isto. E não era para menos, pois os equipamentos eram verdadeiros armários que subiam até o teto. Com o advento dos transistores tudo mudou: hoje um equipamento com todos os recursos possíveis e imagináveis tem o tamanho aproximado de uma caixa de sapatos e fornece potência suficiente para se falar comodamente com qualquer lugar do mundo.

Seria quase supérfluo falar sobre a importância de se dispor de um transceptor de rádio (transmissor e receptor conjugados numa só unidade automática) no trailer ou na barraca. Qualquer campista ou viajante com alguma experiência pode imaginar como seria ótimo bater um bom papo com dezenas de amigos num momento de solidão ou enquanto a mulher prepara o almoço (ou vice-versa). Ou, ainda, ter comunicação instantânea com sua casa. E o que não dizer então de uma emergência e a obtenção de auxílio em caso de acidente? Enfim, o campista, por mais distante que esteja da civilização, jamais estará só. A qualquer hora do dia ou da noite ele terá condições de se comunicar direta ou indiretamente com qualquer lugar, desde a cidade mais

próxima até uma remota ilha no Mar da China.

O importante, hoje, não é apenas motivar os campistas a usarem a radiocomunicação, mas também sugerir aos radioamadores que se tornem campistas. O radioamadorismo e o camping combinam tão bem quanto o peixe e a água. Um radioamador que mora na cidade é diariamente assediado por inúmeros problemas que vão desde o ruido gerado por automóveis, passando pela oposição do síndico à instalação de antenas no topo dos edifícios e terminando com as ameaças da vizinha que não consegue assistir sua novela predileta por causa da interferência que o radioamador provoca na sua televisão. Ora, qualquer radioamador se sentirá no Eden se puder se instalar, mesmo provisoriamente, no alto de uma montanha sem limites de espaço para a sua antena e livre de toda e qualquer interferência.

BRASIL, O SEXTO EM NÚMERO DE RADIOAMADORES

Quantos de vocês não terão algum parente afastado ou então algum amigo que seja radioamador? Notem bem, ele é radiomador e não

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