CAMPISMO: Desconhecimento e Preconceito
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Prefeitura de Belo Horizonte deseja criar CAMPING próximo à Pampulha.
A notícia que enche os olhos de qualquer campista pelo título ao mesmo tempo desanima a classe quando lida. Assim se configura a matéria divulgada pelo Jornal “O TEMPO” que traz não só o comunicado geral, quanto o desconhecimento, falta de filosofia campista e preconceito por parte dos profissionais da área de TURISMO.

Primeiramente sim… a intenção do camping é principalmente pelo advento da Copa do Mundo, assim como o local escolhido por ser próximo ao Estádio Mineirão. Mais destoante do tema é o principal motivo: Alternativa barata aos hotéis caros.

O Campismo como ESTILO DE VIDA e forma de turismo de alto grau de contato com a natureza ainda sofre do mais profundo preconceito daqueles que pensam que a atividade é para pobres que não possuem dinheiro para se hospedar em hotéis. Pobre daqueles que assim pensam e que preferem dormir fora de casa em colchões de outrem e em ambientes energeticamente “usados” de forma de alta rotatividade. Quem prefere não cumprimentar seu “vizinho” e fazer de conta que não existe perante alguma dificuldade aparente ou mesmo ter que se planejar meses antes para suas férias ou passeios para fazer reservas antecipadas

Bem…voltando à notícia, a prefeitura de Belo Horizonte fala em “camping padrão internacional”. Sabe-se lá o que isto significa, anuncia a alternativa às casas de aluguel beirando os 15 mil dólares por pessoa X Mês ou ainda aos hotéis a partir de R$ 1000,00 por dia.

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Só a notícia da possibilidade do camping que provavelmente não sairá do papel já “assusta” associações de bairro que acusam possíveis problemas de transito, segurança e limpeza, já deixando clara a grande forma de preconceito para com o campismo, já que o próprio estádio mineiro da copa do mundo que se situa no mesmo bairro já não seria um motivo para todos os quesitos abordados.

Para fechar com chave de ouro, o sindicato de hotéis, restaurantes, bares e similares faz questão de afirmar que público de hotel e públiico de camping são “diferentes” e ainda reafirma que o retórico camping traria “impactos”.

A matéria infeliz desfecha o artigo afirmando as seguintes palavras: “não estamos habituados com este tipo de hospedagem.”

Aos campistas resta o rechaço e a indignação para com o tratamento de uma forma de turismo que respeita a natureza, impacta menos o meio e que preza pela cidadania. Não fossem estes quesitos, tal setor do turismo não seria tão forte e presente em países da Europa e América do Norte.

Marcos Pivari


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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

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