Pelas Serras e Cidades Históricas de Minas Gerais -Out/Nov 2015
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31 de outubro de 2015 às 16:27 #64265Roger FormigaParticipante
Henrique, na Chapada eu conheci o camping do Chará que tem aqui no guia mas não fiquei lá. Tem um tópico rolando aqui no forum sobre ele. Bruno, obrigado pelos comentários. []´s
4 de novembro de 2015 às 14:40 #52259Roger FormigaParticipanteQuarta-feira, 23 de setembro, amanheceu mais um belo dia de sol. [attachment=7442] Preparamos o café da manhã, o lanche para o dia, desmontamos acampamento, nos despedimos do Sr. Izaque e esposa e saímos com destino a Aiuruoca. [attachment=7449] Quando econtrei o José Pedro (do X-12 verde) em Marmelópolis, ele me recomendou ir para Aiuruoca passando por Alagoa, que seria um caminho muito bonito. Eu já tinha essa intenção, foi mais um reforço. O Sr. Izaque do Camping dos Lírios também confirmou e recomendou ir direto pela estrada de terra sem voltar pelo asfalto. [attachment=7444] Foi o que fizemos. A estrada continuava bem off-road, com muita pedra solta, descidas e subidas bem íngremes, muita curva fechada. [attachment=7445] Atravessamos um trecho da Mantiqueira com vales muito profundos, muito verdes, muito bonitos. [attachment=7439] Este foi um trecho muito legal mesmo, bem off-road, trecho que com chuva deve ficar muito complicado de se fazer. [attachment=7440] Quando chegamos na estrada que liga Itamonte a Alagoa, alguns trechos estavam em obras outros em terra com muita poeira e mais próximo de Alagoa com asfalto. [attachment=7447] [attachment=7448] Paramos em Alagoa para comprar mantimentos. Alagoa é uma cidade bem pequena, conhecida pela produção de queijo parmesão. [attachment=7438] Nas pesquisas sobre campings em Aiuruoca, inclusive no guia MaCamp, encontramos vários campings, um deles, o Morro do Sol, entre Alagoa e Aiuruoca. Como estava no nosso caminho, fomos direto para lá. Chegando no povoado de Campina, onde deveria ter uma placa de indicação do camping, não havia. [attachment=7441] Então fui procurar mais informações encontrei o motorista do ônibus escolar. Perguntei sobre o camping e não conhecia, mas perguntou a outros moradores que disseram não existir mas que era em um caminho ali perto e me indicaram o caminho. Fomos para lá. A estradinha de acesso era subindo a serra. Fomos subindo e essa estrada ficando cada vez mais estreita, esburacada e virando trilha. Bem, pelas indicações que tinha no site do Morro do Sol, o acesso era para 4×4,então até ai normal, vamos subindo. Mas um pouco mais adiante, a trilha foi-se fechando mais, com galhos no meio do caminho, sem qualquer marca de que algum veículo tivesse passado por ali há um bom tempo. Parei num ponto onde estava mais largo e conseguiria manobrar para voltar, pois seria arriscado continuar subindo e chegar em algum lugar sem saída e sem retorno, tendo que voltar de ré. Voltamos para a estrada sentido Aiuruoca. Essa estrada, saindo de Alagoa, é toda em terra,mas é bem larga e a terra bem batida e plana, dá para andar bem rápido. Vários quilômetros a frente, chegamos na estrada para o Vale do Matutu, onde tinha indicação de outro camping, O Panorâmico. Já estava quase noite quando pegamos essa estrada. Ela contorna o Pico do Papagaio, bela formação rochosa da região. [attachment=7446] Quando chegamos no camping, já estava bem escuro. Fomos recebidos pelo proprietário que foi logo se desculpando, que não esperava ninguém para acampar naqueles dias e que só ia cortar a grama para o feriado (12 de outubro). Realmente a grama estava bem alta, quase mato mesmo, mas mesmo assim ao menos para passar a noite quisemos ver a estrutura do camping. Ele vai mostrar os banheiros, não consegue acender as luzes, funcionava outro dia, disse ele. Deu para perceber que é um camping que funciona só em determinadas épocas do ano. Então desistimos de ficar lá. Como já era bem tarde, fomos procurar uma pousada por ali mesmo, que existem várias. Na primeira, fechada e ninguém para atender, na próxima, idem, na terceira também. Até que na quarta pousada que chegamos, apareceu o proprietário dizendo que normalmente atende, mas que naquela noite não poderia nos atender pois havia morrido uma pessoa da comunidade e todos estavam indo para o velório e que talvez por isso mesmo não havia ninguém nas demais. Certo, então perguntei por campings, disse que somente havia O Panorâmico, em Aiuruoca não havia mais nenhum mas que na cidade havia hotel. [attachment=7443] Ok, voltamos então para a estrada seguindo para Aiuruoca. Num ponto onde havia sinal de celular, tentei ligar para os outros campings que tinha na lista: Alquimia, Mateuzinho, Casemiro, ninguém atendia. Chegamos na cidade, vamos ao hotel, lotado. Ops, vamos procurar outro. Rodamos um pouco mais, já saindo da cidade, encontramos a Pousada Pico do Papagaio, bem simples, mas funcionando. Ficamos para dormir. Como nesse dia tínhamos como certo chegar em um camping,não paramos para fazer almoço, apenas lanchamos. Improvisamos então a janta na pousada, com os alimentos comprados em Alagoa, queijo fresco, manteiga, frutas e nosso pão caseiro. Já que falei do nosso pão caseiro, no final vou fazer um post sobre como fazer pão caseiro no camping com forno adaptado numa panela. Rota do dia [attachment=7450] [attachment=7451] (continua…)[hr] Quinta, 24 de setembro. Tomamos o café da manhã na pousada, também um café básico. [attachment=7459] Aproveitei para ligar novamente para os números que tinha de campings: Morro do Sol,número não existe; Mateuzinho, morreu há 12 anos e agora é só pousada; Alquimia não atendeu, só muito depois, procurando na web com mais atenção, descobri que esse camping está em funcionamento. [attachment=7453] Fomos para estrada caminho para Carrancas. A intenção desta vez era pegar o caminho antigo da Estrada Real saindo de Cruzília. [attachment=7456] Quando fomos em 2013, pegamos o caminho antigo saindo de Minduri até a Fazenda Traituba. [attachment=7457] Este trecho do caminho é todo em terra, estrada boa, terra batida, muita poeira, paisagens bonitas. [attachment=7458] Paramos no meio do caminho em uma sombra para fazer o almoço. [attachment=7454] Antes de chegar em Carrancas, pegamos um desvio para conhecer a Estação de Carrancas, vilarejo onde já existiu uma estação de trem. [attachment=7455] Fomos então para Carrancas, para ficar no camping Sossego do Jeca. Antes de sair de Aiuruoca, havia ligado lá para me certificar que o camping estava funcionando. O proprietário garantiu que sim então disse-lhe que estava indo e que deveria chegar no meio da tarde. Ao chegar no camping, decepção. É um terreno pequeno no meio da cidade. O gramado estava mato alto, tinha entulho, trator estacionado e ninguém para atender. Além disso, tem umas coberturas de sombrite para proteção do sol e outras coberturas em palha, que na verdade deixa tudo bem feio. Desistimos desse e fomos procurar outro. Nos informaram do Camping da Ponte. Fomos para lá. Chegamos e não tinha ninguém para atender. Abri o guia MaCamp peguei o n.o do telefone e liguei. Fui atendido pela D. Roseli, que disse que poderíamos ir montando acampamento e que já estaria indo alguém lá nos atender. Realmente em poucos minutos chegou o Sr. Osvaldo, marido da D. Roseli que são os proprietários. Escolhemos um bom lugar e montamos acampamento. Nesse camping os veículos devem ficar numa área de estacionamento, não podem ficar ao lado da barraca na área de camping, então escolhemos um lugar na divisa entre a área do camping e o estacionamento para o carro ficar perto, pois isso facilita demais. A análise desse camping eu já fiz no fórum e está aqui: http://www.portal.macamp.com.br/forum/showthread.php?tid=6073 O restante do dia foi para preparar a janta e curtir a noite. Aqui a rota deste dia: [attachment=7452] No próximo post, vou falar de Carrancas.
4 de novembro de 2015 às 14:47 #52260Marcos PivariMestreUhuuu. Suas postagens são demais……. muito construtivas e ajuda muito o campismo
4 de novembro de 2015 às 15:26 #52263Alexandre RabelloModeradoro mais bacana da trip é ver vcs explorando campings e lugares fora do trivial…que depois desse relato os campistas em geral (óbvio que tem as exceções) comecem olhar Minas com mais carinho…
4 de novembro de 2015 às 15:57 #57441Junior ABCParticipanteQue beleza de relato! Muitos imprevisto que foram resolvidos com muita perseverança! Show dizem que Aiuruoca é muito bonita. Abs Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
4 de novembro de 2015 às 17:09 #64354Paulo RogérioParticipanteRelato sensaciona! Apesar dos perrengues, os lugares são maravilhosos e dá vontade de conhecer essas cidadezinhas! Quando falou do queijo parmesão….hum, deu água na boca! Forte ABraço! Paulo Rogério
4 de novembro de 2015 às 20:29 #64370Roger FormigaParticipantePois é meus caros, Minas tem lugares muito bonitos. Eu sempre procuro caminhos alternativos, sempre tem lugares interessantes. Esse trecho que relatei agora, de Itatiaia para Alagoa e Aiuruoca, tem muito para ser explorado, vários caminhos que se intercomunicam, tudo no meio da Mantiqueira. Aiuruoca só conheci de passagem, o caminho de Alagoa para Aiuruoca, tem a descida da serra com um visual fantástico. Ali tem o parque estadual da Serra do Papagaio. Está na lista para próximos tours. Queijo é que não falta Paulo. O parmesão foi muito bom, mas o melhor queijo de todos, ainda vou falar mais adiante, foi o de Serro, que é um queijo específico daquela região, muito macio e saboroso. Lá também comprei um muzzarela excelente, difícil de encontrar com aquela textura e sabor. Marcos, contatei a Glória da Pousada e Camping Alquimia em Aiuruoca. Ela passou os telefones atuais, você pode corrigir o guia: http://www.pousadaalquimiamg.com.br (35) 3419-0800 (vivo fixo) e 99924-6791 []´s
9 de novembro de 2015 às 23:36 #64610Roger FormigaParticipanteC A R R A N C A S Carrancas nasceu de um pouso da tropa de bandeirantes do Fernão Dias. Local estratégico para acampar, pois havia muita água, caça e abrigo nas pedras para proteção contra o frio. Com isso vieram famílias paulistas para povoarem a região. Este ano foi por volta de 1700. Caso se interesse um pouco pela história, o artigo completo (é bem curto) está aqui: http://filosofiadaexistencia.blogspot.com.br/2008/04/povoamento-do-serto-das-carrancas.html e tem mais informações interessantes sobre a região. Já havíamos ido para Carrancas em 2013 e gostamos muito. Tem muitas cachoeiras, região montanhosa, clima ameno. Para esta viagem, programamos conhecer o que não vimos anteriormente, algumas cachoeiras e os altos da chapada. Na sexta-feira 25 de setembro, passamos o dia no camping. Tivemos os dois dias anteriores de deslocamento. Dia de deslocamento é legal mas cansa, pois a maior parte do tempo fica-se sentado no carro, muito calor, muita poeira. Então aproveitamos o dia para trabalhar. A Esmeralda tinha um site para terminar e eu umas rotinas do módulo de vendas para finalizar, então passamos o dia escrevendo código de programa de computador. No final da tarde fomos conhecer as cachoeiras que ficam na propriedade do camping, muito legais, com uma bela piscina natural. [attachment=7591] [attachment=7592] [attachment=7593] Para o dia seguinte, sabadão, programamos conhecer o lugar mais famoso da região, o Complexo da Zilda. [attachment=7594] Esse complexo é um local onde existem várias cachoeiras, piscinas naturais, escorregadores e atrai bastante gente. Como era sábado de sol tinha bastante turista. Em Carrancas, todas cachoeiras estão em propriedades particulares e cobram uma taxa de visitação. Na Zilda, cobram R$ 3,00 por pessoa por propriedade. Como são dois lugares distintos, paga em cada um. Fomos apenas em um deles onde tem as maiores cachoeiras. [attachment=7598] Tem também uma gruta [attachment=7597] e uma parede de pedra onde existem pinturas rupestres. [attachment=7595] [attachment=7596] Considerando-se que cobram pelo ingresso das pessoas e a visitação é grande, o cuidado com o local é quase inexistente. Proibem que se entre com bebidas mas existe um bar no local onde as pessoas compram cerveja e depois as latas ficam pelo caminho. As trilhas são mal cuidadas. Para ir de uma cachoeira a outra deve-se atravessar o rio. Vão famílias com crianças de colo, atravessando o rio perigosamente sobre as pedras da cachoeira. Concluindo, é um lugar bonito, mas mal cuidado. Depois de conhecer as cachoeiras fomos andar pelo alto da chapada. Um trecho off-road, com subida bem íngreme que leva aos pontos mais altos de Carrancas. No caminho existem cachoeiras que por serem de acesso mais difícil, ficam vazias. [attachment=7599] No domingo, 27 de setembro, último dia que ficaríamos em Carrancas, resolvemos voltar onde tínhamos ido no sábado, no alto da serra, continuar o trajeto e conhecer outras cachoeiras. [attachment=7600] Rodamos bastante, alguns trechos bem off-road, tem travessia de rio na estrada, descidas e subidas bem íngremes com cascalho solto, cachoeiras escondidas, cânion e visual muito bonito. [attachment=7601] [attachment=7602] [attachment=7603] [attachment=7604] Depois fizemos o caminho de volta para o outro lado da serra onde tem um ponto de salto para voo livre e tem o visual do lado do vale do Rio Grande. Aqui nesta foto, o paredão da serra do lado do Rio Grande. [attachment=7605] Esta foi a rota corrida no dia [attachment=7606] Voltamos para o camping, e esta noite seria a do eclipse da lua. A noite não foi muito limpa, tinha já um pouco de nebulosidade, mas deu para ver o eclipse. [hr] Segunda, 28 de setembro, vamos embora de Carrancas para Tiradentes. [attachment=7617] Desta vez, escolhi fazer o caminho antigo, que segue por estrada de terra e tem a travessia de balsa da Represa de Itutinga no Rio Grande. [attachment=7614] É mais demorado do que ir pelo asfalto, mas tem suas compensações. A descida da serra de Carrancas é bem mais bonita, atravessamos alguns vilarejos. O primeiro é Capela do Saco, onde tem a travessia por balsa. [attachment=7609] [attachment=7607] [attachment=7608] Outro é Caquende (Para quem vinha ou para quem ia, um lugar que ficava “cá aquem de” não ficava muito longe deste ponto), conforme uma inscrição numa das placas de identificação da Estrada Real. [attachment=7610] A forma de Caquende, com o campo e a igreja me lembrou muito Trancoso na Bahia. [attachment=7611] A Estrada Real, é totalmente sinalizada com marcos a cada quilômetro, com alguma informação sobre o ponto e as distâncias das próximas localidades. Além dos marcos da Estrada Real, existem os marcos do Caminho Religioso da Estrada Real, de Aparecida do Norte a Ouro Preto. [attachment=7612] [attachment=7616] [attachment=7615] [attachment=7618] E assim, continuando a Estrada Real [attachment=7613] chegamos em Tiradentes. Fomos direto para o Camping Tiradentes, que tínhamos boas referências e gostamos bastante assim que chegamos. No próximo continuo falando de Tiradentes.
10 de novembro de 2015 às 01:10 #64611Andre ConradoParticipanteMaravilha Roger. Estou seguindo cada relato seu. Simplesmente singular e instiga o desejo de conhecermos estas maravilhas que você tem nos apresentado, um presente para os olhos.
10 de novembro de 2015 às 07:18 #64614Marcos PivariMestreFantástico. Esse caminho da balsa parece ter ganhado o dia….. Sigo na expectativa pela continuação aqui.
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