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Em plena véspera de carnaval, feriado dos mais ricos para o turismo e também o campismo do Brasil, o CAMPING DO RIO VERMELHO DE FLORIANÓPOLIS foi ocupado por quilombolas. Trata-se de integrantes do Quilombo Vidal Martins que iniciaram a semana tomando a área do camping que já vinha fechada já que o processo de licitação de gestão vinha emperrada. A área sede do parque estadual é gerida pelo IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina) tendo sido anteriormente pelo CCB (camping clube do brasil), CIDASC e FATMA. Os quilombolas questionam na justiça a área. Segundo eles, teriam sido expulsos dali na década de 1960. (Foto da capa: Jeruse Romão)

No processo de licitação sofreu um imbróglio exatamente com relação aos quilombolas. O IMA abriu processo licitatório, mas se meteu em um rolo que envolve uma associação quilombola do bairro do Rio Vermelho que teria tido prometida a administração do parque. Na novela entrou o Ministério Público Estadual entrou com ação civil pública questionando o instituto na avaliação baixa da proposta da associação. Houve mais uma associação participante que acabou sendo vencedora. Enquanto o imbróglio persiste o IMA declara que o camping permanecerá fechado.

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O Órgão IMA declara que já entrou com processo de reintegração de posse e que as instalações do Camping foram arrombadas pelos ocupantes.

Enquanto o tempo passa, os campistas do Brasil seguem perdendo uma das melhores áreas de camping que o país já teve.

O Camping do Rio Vermelho existe há décadas, tendo sido nos anos 1970 gerenciado pelo Camping Clube do Brasil. Até final dos anos 2000 era administrado dela CIDASC e extremamente bem frequentado por famílias campistas de diversos lugares do Brasil. Nos últimos anos, após ter passado o poder do Parque Estadual à FATMA (hoje IMA) passou por diversos fechamentos e tendo como destaque a administração da CEPAGRO que não só gerenciou o camping passando a funcionar o ano todo, como também desenvolvendo programas de sustentabilidade e educação ambiental para estudantes, comunidade e até mesmo aos campistas.

A área com acesso privado à praia por uma trilha em meio à mata contava com restaurante, bons banheiros, áreas de lava-pratos e roupas, quiosques de apoio, campo de futebol, área para barracas e RV’s, cozinha coletiva, churrasqueiras e chegou até mesmo a possuir lounge wifi, viveiro de mudas, reciclagem de lixo e horta orgânica comunitária. Aos campistas de alma resta a torcida para que o velho camping do Rio Vermelho volte à ativa.

 

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Marcos Pivari
CEO e Editor do MaCamp | Campista de alma de nascimento e fomentador da prática e da filosofia. Arquiteto por formação e pesquisador do campismo brasileiro por paixão. Jornalista por função e registro, é fundador do Portal MaCamp Campismo e sonha em ajudar a desenvolver no país a prática de camping nômade e de caravanismo explorando com consciência o incrível POTENCIAL natural e climático brasileiro. "O campismo naturaliza o ser humano e ajuda a integrá-lo com a natureza."

1 COMENTÁRIO

  1. Triste isso, um dos melhores e mais acessíveis camping que já frequentei por vários anos, mas infelizmente esse é o retrato do país, inchado publicamente, briga de egos, burocracia, incompetência e quem paga é o povo.

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